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sexta-feira, 21 de março de 2008

Poesia Concreta

Monumentos de cimento são os arranha-céus,
verticalizaram as cidades, é a modernidade!
Para mim são tormentos, motivos de ansiedade.
De cimento é o cinzento dos edifícios.
Parede que nos envolve, fazendo-nos
embrulho do Sistema Financeiro da Habitação.
É Julho, estão chegando as eleições.
Nos barracos das cidades, promessas de
Saúde, Salário, Casa e Educação...
Cantam Mantras sem solução, e muito
Cimento...Cimento...Cimento...
O que a modernidade mais valoriza,
depois do pó branco, é o pó cinzento!
Campanhas pela paz, pelo retrovisor
caminhões andam a 120 km/h.
Quanta velocidade é a modernidade!
É um mar de gente, carros e caminhões.
Muitos sons, desassossego.
Modernidade urbe et orbi
Para os Trabalhadores braçais:
Tosses e bronquites terminais!
Nos ônibus, trens e rodovias:
Mortes e muitas radiografias!
Vidas que em segundos,
servem de aperitivo,
ao futuro destes mundos,
sem razões e sem motivo.
E no protesto calado,
Essa manada de gente,
Todos escravos dos relógios,
e dos pedágios escandalosos.
De onde vêm, quem pergunta?
Pra onde vão, quem se importa?
É tanta pessoa junta,
É muita consciência morta!