quinta-feira, 24 de janeiro de 2008
Células Fotovoltáicas de Filmes Finos "Alto crescimento do mercado"
Mercado de Filmes Solares Finos
As células solares já são conhecidas como um meio de gerar eletricidade. Eles captam a energia do sol e converter esta diretamente na energia elétrica. O mercado de Fimes Solares Fotovoltaicos Finos está se desenvolvendo num ritmo muito rápido, com taxas de crescimento na faixa de 30% por ano e não há sinais que isso poderá mudar, com tendência em seguida, para uma escassez. Durante muitos anos as Células Fotovoltáicas têm sido uma indústria de futuras promessas, mas, nos recentes avanços esta indústria tem se mostrado promissora de grande maneira. O primeiro forte crescimento da células fotovoltaica finas foi no Japão, com a ajuda de um claro programa de subvenção. Assim, em pouco tempo o Japão tornou-se o maior mercado para as Fotovoltáicas, porém na Alemanha, com a introdução do subsídio há alguns anos atrás, o programa na Alemanha ultrapassou o Japão e é agora o maior mercado de células fotovoltáicas mundial. Tanto o Japão, quanto a Alemanha, entendem que fazer a fotovoltáica ser competitiva, com outras fontes de energia, os custos de produção deverão abaixar. No entanto, para obter baixo custo de produção, deverá haver uma pausa, o setor quer, através da tecnologia na produção, que os volumes produzidos têm que subir. Ao ajudar a estabelecer a indústria, com subsídios, estes países têm sido capazes de criar volumes suficiente para ajudar a indústria a chegar a uma massa crítica. Agora, muitos outros países estão seguindo este modelo e estão estabelecendo sistemas fotovoltáicos com apoio amigável nas novas instalações. Esses países incluem França, Espanha, Itália, o E.U.A., Coréia do Sul, China e vários outros na criação de um mercado mundial de geração energia fotovoltaica . Há vários fatores que favorecem a maior expansão do mercado : 1) Nível dos preços do petróleo e fornecimentos de longo prazo limitado. 2) Instabilidades no Oriente Médio. 3) Instabilidades recentes no fornecimentos de gás da Rússia 4) Efeito Estufa e o protocolo de Quioto O sol é uma fonte de energia praticamente inesgotável, e a energia solar que atinge a superfície da Terra é tão grande que apenas um 1/6000 seria suficiente para abastecer toda a energia necessária atualmente consumida. Em termos práticos, uma área de 700 km por 700 km no deserto do Sahara coberta com Células Solares com eficiência de 10% seria suficiente para cobrir o consumo de energia do mundo inteiro. Comparado com outras fontes de energia, A Eletricidade Solar Fotovoltaica tem várias vantagens muito bem distintas: 1) A Energia é grátis 2) Sem peças móveis (ao contrário de turbinas eólicas) 3) Sem ruído 4) Fornece electricidade na forma de Corrente Direta (DC) 5) Pode ser integrado no interior dos edifícios. 6) Muito pouca manutenção. 7) Processos muito limpos de produção e de baixos riscos ambientais Cerca de 93% das células solares produzidos atualmente são feitos de Silício cristalino ou waffers multi-silício cristalino, similares as bolachas waffers. O enorme crescimento na indústria fotovoltaica levou a escassez na base material, o chamado "grau solar poli-silício". Infelizmente, por várias razões, o silício indústria não tenha investido bastante na capacidade expansão e atualmente os preços para a base material ter ido para cima. De acordo com o Financial Times, "os preços para polysilicon de uma média de US$ 30 a kg, em 2003, para cerca de US$ 72 este ano, com algumas empresas desesperadas o suficiente para pagar mais de US$ 300 por alguns toneladas no mercado spot. Os fornecimentos são de curta duração, limitando o crescimento, devido à escassez diretos de preços mais elevados, em vez de baixar os preços para os módulos solares. Embora a indústria do silício agora está começando a investir, em parte baseada para enfrentar os contratos oferecidos pelos fabricantes de células solares, mas, não é de se esperar que este problema seja resolvido no curto prazo. Também a longo prazo, a disponibilidade de material barato base continuar a ser um desafio. A alternativa para as células solares clássicas são os chamados " Filmes de Células Solares Finas". Estas células só precisará ter em torno de 1/300 da espessura de um célula solar clássica e promete ter um processo de produção muito mais simples, levando a muito mais baixos custos de produção. Embora estes tipos de células solares tiveram, por um longo tempo, o seu sucesso foi limitado por duas razões. Em primeiro lugar, foram substancialmente de mais baixas eficiências, em comparação com as células baseadas nas bolachas, em segundo lugar, não houve uma real produção dos equipamentos disponíveis. A eficiência das células de filmes finos foram melhoradas de forma constante e eles agora podem competir com as células de tipos mais clássica. Um ponto muito importante é que as células de película fina, nas aplicações reais do dia-a-dia, freqüentemente mostraram melhores resultados em comparação com as células clássicas, devido às perdas inferiores a temperaturas altas e melhor eficiência sob condições de baixa intensidade de luz. O clássico padrão eficiência medição utilizados para células solares é um valor típico de 1000 W/m2 irradiação com o espectro AMI 1,5 e a 25ºC graus Celsius de temperatura operacional. No mundo real, tais condições raramente ou nunca ocorrem e a temperaturas operacional são tipicamente entre 60ºC a 80ºC graus Celsius. A célula clássica produz células solares substancialmente de menor energia a estas temperaturas, superiores a 25ºC graus Celsius. Além disso, durante o dia nublado e baixos níveis irradiação, as células de filme finas, têm relativamente melhor desempenho, fato melhorado devido a resposta na curva espectral . Há já bastante provas de que as Células de Filme Finas possam competir em igualdade de condições com as clássicos células, de forma global de energia a partir de um ponto de vista da capacidade geradora. A segunda limitação foi a falta de disponibilidade de equipamentos para uma boa produção. No entanto, ao longo dos últimos dois anos, foi comprovada produção equipamentos de qualidade nos planos das novas indústrias, então, começou a se tornar disponível para a indústria solar, assim, resolvendo esta questão. É de se esperar que as Células Solares de Filmes Finos seja a maior oportunidade de crescimento para o mercado. Será apenas uma questão de tempo até que o público em geral começará a entender isso. É preciso enfatizar que a reciclagem de micro-processadores, obtidos de placas-mães de computadores fora de uso será uma importante fonte de silício de alta pureza, dentro dos conceitos da Economia Cíclica.
terça-feira, 22 de janeiro de 2008
Geração de Lixo e a Energia Solar
Mas para o outros metais que foram dispersos na natureza pelas gerações anteriores não há solução fora da reciclagem de metais, isto serve para o aço, alumínio, zinco, ouro, prata, platina e todos os outros metais que não forem recuperados. É preciso enfatizar que uma chapa de aço, quando recém laminada possui Alta Utilidade e Baixa Entropia, porém quando perdida, no meio ambiente na forma de um velho Ford T, ou um obsoleto trator Caterpillar, um D7 sucateado, a chapa possui Baixa Utilidade e Alta Entropia. Isto justifica a extração secundária do Ferro com nítidas vantagens ambientais e energéticas.
Este extermínio é aplicado aos lobos , coelhos, ervas, insetos, micróbios, etc. Mas a luta do homem com outras espécies por comida (em última análise por energia solar) tem um aspecto um tanto quanto moderado. E, curiosamente, é um destes apectos que tem algo de longe para se chegar nas consequências da compulsão por fornecimentos a mais instrutiva refutação do credo comum que para cada inovação tecnológica constitue uma mudança na direção certa como uma preocupação na economia de recursos. Este caso pertence a economia obtida com as modernas técnicas agrícolas. Justus Von Liebig observou que a "civilização é a economia do poder".
segunda-feira, 21 de janeiro de 2008
A Sabedoria do Faraó Akhenaton
Hoje em dia, 3357 anos e mais alguns dias após Akhenaton, chegamos a conclusão que o Faraó Akhenaton estava certo, muito certo... O Sol é a única fonte segura de energia porque ela chega na Terra na forma de fluxo contínuo, enquanto que as outras formas de energia estão estocadas, e não estão disponíveis no local aonde estão sendo consumidas, por isso se utilizam gasodutos, óleodutos, navios petroleiros, automóveis, trens, navios, aviões e motocicletas entre outros meios de transporte. Quando se gasta mais energia para se ir buscar, ou se obter uma determinada quantidade de energia, acaba-se gerando uma crise ou até mesmo uma guerra. Algo similar à uma pessoa que gasta mais em vale transporte e vale alimentação do que o seu salário mensal, isto é, esta pessoa tem um modus vivendi deficitário insustentável, portanto as leis da economia jamais enganarão as leis da física. O Faraó Akhenaton, cujo símbolo da sua dinastia é um "olho" bem aberto (sic), só analisando o que estamos fazendo com as fontes de energia disponíveis...
A importância da Energia Solar
sexta-feira, 11 de janeiro de 2008
Quem tem telhado de vidro...
Não joga pedra no do vizinho ... e paga pouca Energia Elétrica ! Sim, a Arquitetura tem uma importante missão em melhorar os design das construções. Isso se refere não somente às contruções residenciais mais finas, mais requintadas, que se utilizam de poços de luz, e domos de iluminação zenital. Mas, o eco-design deverá chegar às construções populares. Para isto, as milhares de garrafas não retornáveis que acabam nos lixões, poderiam ser utilizadas para se fabricar telhas de vidro. As telhas de vidro são plenamente possíveis de serem fabricadas com a imensa quantidade de vasilhames de vidro que chegam nos lixões, e que exigirão da natureza milhares de anos para serem biodegradados, o tempo de vida para a biodegradação do vidro largado na natureza é algo incalculável, pois a sua Entropia é muito elevada, e, a única forma de baixar este estado Entrópico elevado é dando-lhe uma nova utilidade, através da Reciclagem, no caso, a fabricação de telhas de vidro para coberturas de casas populares. É importante enfatizar que nos lixões existe os flamers onde milhões de metros cúbicos de gás metano são queimados diáriamente, com a única finalidade de aumentar o efeito estufa e que poderiam ser utilizados na fusão do vidro reciclado para novas aplicações de fundo social, tais como as telhas de vidro, ou mesmo, outras peças em projetos de cunho social . As embalagens de vidro, há algumas décadas atrás eram retornáveis, e com o barateamento das matérias primas e melhoria na eficiência dos processos, acabaram sendo descartáveis. Por outro lado, os catadores de lixo, desprezam o vidro devido o baixo valor pago na reciclagem. Uma vez que as empresas fabricantes de vidro não se apresentam com seus novos projetos ambientais, caberá ao governo tomar a frente destes empreendimentos e colocar maior valor agregado no vidro que não está sendo reciclado. Recentemente na revista americana Business Week, apresentou uma matéria de fundo, onde apresentou várias sugestões de aproveitamento da Energia Solar, e , uma das idéias mais simples, é deixar o Sol entrar nas moradias através de Eco-Design das residências visando o máximo aproveitamento da luz Solar. Quando ao vidro, existe uma imensa quantidade que está sendo desperdiçada, sem novos projetos de reutilização através da reciclagem. As aplicações do vidro são imensas, porém é necessário quantificar os standards de energia para a sua reciclagem. A descoberta do vidro é incerta. Antigas lendas contam que o vidro foi descoberto casualmente por navegadores fenícios há cerca de 4000 anos, ao acenderem fogueiras na praia. No solo estavam duas matérias-primas básicas, a areia e o calcário proveniente das conchas marinhas, que se transformaram em vidro pela ação do calor. Porém, bem antes dos fenícios no século 27 A.C. os egípcios já conheciam as técnicas rudimentares de produção do vidros. Objetos encontrados em escavações arqueológicas, comprovam que o vidro é fabricado pelo homem desde tempos remotos. Hoje, no início do século 21 , o vidro esta presente com todos os aspectos da vida moderna na forma de lâmpadas, vidraças, vidros de automóveis, óculos, microscópios, telescópios, cinescópios utensílios domésticos e outros incontáveis artigos. As matérias primas do vidro são as mesmas de 5000 anos atrás. O que mudou foi a tecnologia de produção e a necessidade de reciclagem dos materiais industrializados. Processos automatizados, plenamente informatizados, possibilitam obter produtos perfeitos e plenamente adequados ao uso que se destinam, e naturalmente empregando cada dia menos funcionários. Por outro lado, a reciclagem é uma forma de absorver a mão de obra que esta sendo dispensada nas fábricas. A reciclagem também gera empregos qualificados nas áreas de Pesquisa & Desenvolvimento de novos processos e novos materiais.
Uma das formas mais comuns de uso do vidro são as embalagens, empregadas para acondicionar alimentos, bebidas, medicamentos, perfumes e outros produtos. A imensa diversidade de tamanhos, formas e cores, confere sua inigualável versatilidade. O vidro é o único material que mantém simultaneamente três importantes atributos que o diferenciam dos demais materiais de embalagens, principalmente no que diz respeito à preservação ambiental. "O Vidro é Retornável "Aproximadamente um terço das embalagens produzidas anualmente no Brasil é constituída de recipientes retornáveis, como garrafas de cerveja e refrigerantes. Estas embalagem são reaproveitadas em seu uso específico dezenas de vezes, são lavadas em altas temperaturas com detergentes para sua adequada assepsia. A retornabilidade do vidro para o mesmo fim - várias vezes - é o seu primeiro atributo que o diferenciam da maioria dos materiais de embalagem. Os ambientalistas reconhecem esta característica positiva dos produtos em embalagem retornável, dando preferência em relação aos que tem embalagens descartáveis que só aumentam a carga do lixo urbano, tais como as embalagens plásticas tipo PET, por exemplo. O Vidro é Reutilizável
Além das embalagens retornáveis, outra parte dos recipientes de vidro é reutilizável de maneira diferente daquela para as quais foi fabricado. Essas embalagens são utilizadas para guardar alimentos, água ou pequenos objetos como botões, parafusos e outros. Como utensílio doméstico, quem não tem em casa copos de vidro originalmente usados para acondicionar requeijão, geléias, ou algum derivado de tomate? A possibilidade de reutilização, para fins diversos, é outro atributo que valoriza a embalagem de vidro e a qualifica como amiga da natureza e colabora para o sustento de famílias que vivem da fabricação de doces em calda e geléias no interior do Brasil, utilizando frascos de vidro para acondicionar seus doces artesanais. O Vidro é 100% Reciclável
As embalagens de vidro usadas não devem ser caracterizadas como lixo, pois o conceito genérico de "lixo" tende a confundir as pessoas. O vidro constitui uma das mais nobres matérias-primas que se tem notícia. Num ciclo completo, os recipientes saem das vidrarias, vão para as indústrias de alimentos, bebidas, perfumes, remédios, seguem para a rede de distribuição, onde o consumidor os compra. Depois de usados são descartados. Quando isto é feito de forma consciente e organizada, em coletas seletivas, acabam voltando para as vidrarias, onde são reaproveitados: reduzidos a cacos, lavados e totalmente livres de impurezas, eles são adicionados à mistura de matérias primas e transformados em garrafas, potes e frascos inteiramente novos.
É isso o que se chama reciclagem do vidro, ela se processa sem perda de volume nem das propriedades do material: um recipiente de vidro reciclado preserva suas qualidades , é inerte (não deixa sabor nos alimentos) e tão puro quanto um fabricado com matérias primas virgens. Ao contrário de outros materiais, as embalagens fabricadas com cacos de vidro não sofrem restrições de uso por parte dos organismos sanitários. Nelas podem ser acondicionados novamente alimentos, bebidas e medicamentos, num ciclo contínuo. Nesta abordagem da Economia Cíclica, pode-se afirmar que o vidro é 100% reciclável. A reciclagem total é o terceiro atributo que ajuda a entender porque a embalagem de vidro se harmoniza perfeitamente com a natureza, possibilitando novas possibilidades de geração de emprego e renda.
quarta-feira, 9 de janeiro de 2008
" China vai proibir distribuição de sacolas plásticas "
Com a decisão, o governo espera ver consumidores chineses retomarem o antigo e ecológico hábito de ir às compras com suas próprias bolsas de pano e cestos de vime. "Os sacos plásticos finos se tornaram uma das principais fontes de poluição, pois arrebentam facilmente e são descartados sem cuidado", diz um comunicado do governo. A China consome cerca de 3 bilhões de sacolas plásticas por dia, informou o jornal estatal China Daily nesta quarta-feira.
O governo chinês também espera que a nova medida ajude a economizar uma boa quantidade de petróleo, matéria prima utilizada na fabricação do plástico. Segundo o jornal, a cada ano 37 milhões de barris de petróleo são refinados para a produção de embalagens plásticas no país. As medidas fazem parte de uma campanha maior que inclui outras iniciativas, como a possível aplicação de tributos para desestimular a produção e venda de sacos plásticos.
As autoridades também pretendem estabelecer um mecanismo para monitorar a proibição da distribuição gratuita e criar incentivos para que os catadores de lixo resgatem mais sacolas plásticas para reciclagem.
Em novembro do ano passado, uma rede de supermercados no território de Hong Kong fracassou ao tentar implementar voluntariamente uma restrição semelhante. As lojas passaram a cobrar vinte centavos de dólares de Hong Kong (cerca de R$ 0,04) pelos sacos plásticos. Mas em poucos dias a rede teve de voltar a distribuir gratuitamente os saquinhos depois que consumidores irados acusaram o supermercado de utilizar a proteção ao meio ambiente como desculpa para embolsar mais dinheiro. "Atualmente o governo de Hong Kong estuda a criação de um tributo de cinqüenta centavos (R$ 0,11) sobre a unidade da sacola plástica. Informou a repórter Marina Wentzel, de Hong Kong para a BBC Brasil em 9 de Janeiro de 2008."
Enquanto que, no Brasil, a matéria sequer é discutida no Congresso, nos meios de comunicação, nem pelo Ministério do Meio Ambiente nem pelas Organizações Não Governamentais ...
sexta-feira, 4 de janeiro de 2008
A DOENÇA DAS CIDADES
Na urgência, parentes atarantados arrastam seus doentes de porta em porta, na tentativa deconseguir uma internação. Muitas destas doenças estão relacionadas à baixa qualidade das águas e devido a falta de saneamento básico em nossas cidades.O problema, na verdade, é que ao invés de políticas de saúde, temos políticas de doença. Embora seja indispensável assegurar tratamento aos que necessitam, a saúde pública necessita antes de tudo, do trabalho preventivo que não se esgota em campanhas de vacinação, mas depende da qualidade de vida no meio urbano, depende da Ecologia Urbana.
O reaparecimento de endemias, erradicadas em outros países desde o século passado como a dengue, cólera , toxoplasmose e leptospirose demonstra o quanto nossas cidades estão doentes.
Milhares de famílias vivem em favelas, construções minúsculas amontoadas em becos com poucos metros de largura. Na maioria desses locais é impossível instalar redes de infra-estrutura por isso mesmo, os moradores armazenam água em recipientes improvisados enquanto as crianças brincam em meio ao esgoto corrente a céu aberto. As moradias são pouco arejadas e freqüentemente com paredes úmidas.
Nestas condições não há como evitar o aumento de verminoses, artrites , doenças pulmonares, dermatoses, e outros males que, agravados pela desnutrição crônica, engrossando filas nos ambulatórios, postos de saúde do SUS e hospitais. Os governantes há muito esqueceram da importância do Urbanismo e do Saneamento para a saúde pública, relegando medidas elementares de combate às doenças.
Proliferam os loteamentos irregulares e as favelas, que vão sendo"oficializados" pelo próprio poder público, incapaz de oferecer melhores alternativas para habitação. Ao mesmo tempo, interesses econômicos se sobrepõem ao planejamento urbano, afetando até os que usufruem melhor renda. É o caso da verticalização e o adensamento excessivo das edificações, com ambientes mal ventilados aonde é rara a presença de um raio de sol, contribuindo para o aumento das doenças respiratórias e dos problemas alérgicos. A saúde depende da geração de empregos e da distribuição da renda, mas a prevenção de doenças começa necessariamente pelo Saneamento e pelas condições das habitações. Infelizmente a maioria dos municípios, que têm responsabilidade direta pelas cidades, pouco tem feito para garantir o ordenamento urbano para assegurar parâmetros mínimos de salubridade ambiental. Normas para o parcelamento de uso e ocupação dos solos, como larguras mínimas de vias ou exigências de afastamentos entre as edificações não são obedecidas. E , muitos municípios, sequer investiram num Plano Diretor de desenvolvimento urbano.
Estas normas de Urbanismo existem para permitir a implantação das redes de saneamento básico e a coleta regular do lixo, para impor limites ao adensamento urbano e assegurar a necessária ventilação e a insolação dos ambientes. A fiscalização das prefeituras deve proibir a construção de barracos próximos das encostas sujeitas ao desabamento, caso contrário, assistiremos a repetição das tragédias urbanas em cada estação das chuvas de verão.
Todos os anos, podemos avaliar o quanto é grave este aumento de lixo nas grandes cidades causando transbordos de rios, esgotos entupidos, trânsito caótico e desmoronamentos de encostas além das pessoas desabrigadas.
O "tratamento das cidades", além de capacidade técnica, não depende somentede recursos financeiros, senão de vontade política e aplicação da legislação adequada. Para acabar com as filas de doentes, é preciso haver Médicos em uma ponta mas, na outra devem estar os Engenheiros e os Arquitetos. Por isso, ao invésde reivindicar mais verbas para alimentar a indústria da doença, é tempo de exigir vida urbana com qualidade.