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sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Poema Rupestre

Se um dia os Arqueólogos de um futuro distante,
nas complexas escavações do Século XXI, achariam
tantos registros, hieróglifos, kanjis, infinitos símbolos ASCII...
Exaustivas pesquisas sobre o Ser e o Nada...
Tentativas vãs em decifrar os enigmas de Sartre.
Nos CD´s for Windows, abririam infinitas janelas, mas...
Jamais encontrariam a porta de saída.
Seriam devorados pela Esfinge da Mídia Digital.
Levariam o tempo de outra civilização para decifrá-los.
Mas se encontrarem uma partitura, com um poema,
dentro de uma garrafa, em caracteres góticos.
O que significaria aquela estranha simbologia?
- Nada... absolutamente nada!
Apenas uma canção de amor, que fala aos corações,
que toca nossas vidas cansadas de maus tratos.
Que mensagens teriam para contar?
Ou será que era somente para cantar?
A Arte é o nosso verdadeiro retrato.
Mesmo depois que tudo desaparecer
Sobrará a Arte como prova final da nossa existência,
da nossa alma simples e pura.
Somente a Arte sobreviverá ao tempo.
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Ernesto Ubiratan Marchiori

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