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sexta-feira, 24 de outubro de 2008

O Som das Estrelas


Via Láctea
"Ora (direis) ouvir estrelas!
Certo Perdeste o senso!
"E eu vos direi , no entanto,
Que, para ouvi-las, muita vez desperto
E abro as janelas, pálido de espanto...
E conversamos toda a noite, enquanto
A Via-Láctea, como um pálio aberto,
Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,
Inda as procuro pelo céu deserto.
Direis agora: "Tresloucado amigo!
Que conversas com elas?
Que sentido
Tem o que dizem,
quando estão contigo?"
E eu vos direi :
"Amai para entendê-las!"
"Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e de entender estrelas."
- Olavo Bilac -

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Usinas Hidroelétricas podem ser Postos de Hidrogênio

Como vimos na matéria abaixo, os carros movidos a Hidrogênio já sairam das prancheta e são uma realidade. O problema é criar postos de abastecimento de Hidrogênio para que estes veículos possam ser produzidos em maior escala. As Usinas Hidroelétricas, normalmente à noite, depois do horário de pico, tem um aumento da Potência Reativa na sua Geração, e uma diminuição da Potência Ativa, devido a diminuição da demanda e a resistência oferecida nas linhas de transmissão. Recapitulando o Triângulo de Potência, este pode ser decomposto vetorialmente em Potencia Ativa (eixo x) medida em KVA, Potência Reativa (eixo y) medida em KVAR e Potência Total (a hipotenusa deste triângulo retângulo) medida em KW. Consideramos que a Potência Reativa está em atraso vetorialmente num ângulo de 90º em relação à Potência Ativa, portanto o ideal para as concessionárias é que o Coseno (phi) seja o maior possivel, ou o mais próximo da unidade, atualmente pratica-se valores próximos a 0,92. Porém de madrugada, quando a Potência Ativa cai, as Usinas Hidroelétricas tem uma disponibilidade de Potência Reativa que poderá ser utilizada, no local da geração para produzir Hidrogênio pelo processo convencional da Eletroquímica. Assim, a geração do Hidrogênio poderá ser ampliada e servir como um combustível alternativo aos combustíveis fósseis de forma competitiva. Estes veículos poderiam servir às próprias concessionárias de energia de forma experimental até que venham a se popularizar. A armazenagem do Hidrogênio exige cuidados especiais devido a sua explosividade, porém é uma tecnologia muito bem dominada pela empresa White Martins (divisão Praxair), que acredito ser o único fornecedor e produtor deste gás, que tem diversar aplicações na indústria de margarinas hidrogenadas, fábricas de vidro entre outras aplicações diversificadas.

Carros Ecológicos


A fabricante japonesa de automóveis Honda começou a produzir nesta segunda-feira os primeiros carros movidos a hidrogênio para serem vendidos no mercado americano em julho, e a partir de setembro no Japão.
O carro de tamanho médio para quatro pessoas, chamado FCX Clarity, é movido a hidrogênio e eletricidade, emitindo apenas vapor d’água. Segundo a Honda, veículo oferece três vezes mais eficiência em termos de combustível do que um carro convencional, movido a gasolina. A Honda planeja produzir cerca de 200 unidades nos próximos três anos, que serão vendidas em contratos de lease por três anos, a um valor de US$ 600 por mês, que inclui seguro e manutenção. Uma das maiores dificuldades para o uso em larga escala dos carros movidos a hidrogênio é a falta de postos de abastecimento. A empresa já havia produzido dez gerações de carros movidos a células de energia, e têm veículos experimentais em uso em todo o mundo. O Carro começará a ser vendido no sul da Califórnia, no mês que vem (Novembro de 2008).

Japoneses inventam carro movido a água

O carro é movido a energia gerada a partir da água. A empresa japonesa Genepax apresentou na quinta-feira um protótipo de um carro movido a água. A água é colocada no tanque e um gerador transforma o hidrogênio que retira da água em energia. Segundo a empresa, com um litro de água, o veículo consegue andar a 80 km/h por uma hora. A Genepax agora espera firmar um acordo com alguma montadora japonesa para começar a fabricar o carro. (Modelo azul na foto à direita) Fonte BBC News 13 de julho de 2008.

domingo, 19 de outubro de 2008

Jamaica investiga roubo de centenas toneladas de areia de praia

Uma boa praia é vista como um bem valioso para um hotel na Jamaica. A polícia da Jamaica está investigando o roubo de centenas de toneladas de areia de uma ilha na costa norte da ilha. Em julho, descobriu-se que foi removida areia diante de um resort em fase de planejamento na praia de Coral Spring. O volume era suficiente para encher um caminhão 500 vezes. Segundo detetives, entre os suspeitos estão funcionários do setor de turismo, porque uma boa praia é vista como um bem valioso para hotéis na ilha caribenha. Mas como não houve prisões até o momento, a polícia está sendo alvo de críticas e há quem fale em acobertamento.
'Investigação complexa'
A praia em Coral Springs tinha 400 metros de areia branca. Ela deveria formar parte de um complexo hoteleiro bilionário. O roubo, contudo, fez com que os empreiteiros congelassem o projeto.
Retirada ilegal de areia é um problema na Jamaica. Tradicionalmente, as pessoas constróem suas próprias casas e há uma grande demanda por material de construção. Mas o grande volume e o tipo de areia levado da praia em Coral Springs levantou suspeita sobre a própria indústria hoteleira. O desaparecimento da areia foi considerado tão importante que o primeiro-ministro da Jamaica, Bruce Golding, também se interessou pelo caso e ordenou um relatório sobre como a areia foi roubada, transportada e, supostamente, vendida.
Três meses se passaram e ainda não apareceram culpados. O Partido Nacional do Povo, o principal da oposição, sugeriu que algumas pessoas acham, agora, que houve um acobertamento. Mas o vice-comissário da polícia jamaicana, Mark Shields, insistiu que esta "é uma investigação muito complexa porque envolve muitos aspectos". Ele disse que precisam ser descobertos os receptadores da areia roubada, caminhões de transporte, organizadores da operação, e admitiu que há suspeita de que pode haver um conluio entre alguns policiais e os ladrões. Estão sendo realizados testes de perícia em amostras de outras praias da costa para verificar se alguma delas tem areia do mesmo tipo que a roubada.
Nick Davis De Ocho Rios (Jamaica) para a BBC News
Comentários sobre as areias roubadas da Jamaica
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Há exatamente três meses em 18 de Junho de 2008 , postei neste blog sobre Ecologia Urbana, os cuidados que se devem ter quanto ao uso das areias brancas das praias. A questão parece menor, mas não é. O que houve na Jamaica foi um grave crime ambiental que merece ser investigado e reparado de forma correta. Se a enorme quantidade de areia roubada foi para fins de engorda de alguma praia nas localidades, deverá retornar ao se local originário. Se foi roubada para fins de construção civil, pior ainda, não é adequada para estes fins.
O local que foi escavado para a retirada das areias, estará sujeito à dinâmica das marés, e ficará sujeito às erosões e avanço do mar em locais que eram inacessíveis, inclusive podendo ameaçar construções civis nas proximidades. Estes tipos de crime ambiental não podem ser vistos de forma superficial e inconseqüente. Deve ser investigado e reparado, pois as prais da Jamaica são parte do seu patrimônio natural e não há preço que pague uma agressão deste tipo. A deterioração das praias desta maneira inconseqüente poderá ter sérias conseqüencias para a economia, para o turismo, e para a qualidade das construções civis no curto prazo. Esperamos que as autoridades da jamaica sejam rigorosas nas investigações e nas correções que o caso merece.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Combate à poluição atmosférica exige soluções criativas

'Rodízio de automóveis pode piorar poluição atmosférica'
O rodízio de automóveis para diminuir a poluição do ar nas grandes cidades pode ter o efeito contrário ao desejado, especialmente quando aplicado em centros urbanos da América Latina. A opinião é do cientista chileno Luis Cifuentes, professor do Departamento de Engenharia Industrial e de Sistemas da Pontifícia Universidade Católica do Chile e especialista no combate à poluição atmosférica.Mas ele afirma que isso não significa que é impossível encontrar soluções baratas para o problema da poluição atmosférica nas metrópoles latino-americanas.Segundo Cifuentes, um exemplo que já vem dando certo em alguns países é a promoção do uso do gás natural como combustível.Em um balanço geral, ele afirma que a situação vem melhorando no que diz respeito à qualidade do ar nas grandes cidades latino-americanas. “Mas isso está ocorrendo mais lentamente do que esperávamos”, afirma o cientista chileno.

Rodízio

De acordo com Cifuentes, estudos mostram que o rodízio de automóveis acaba incentivando as pessoas a comprar mais carros, para poder usá-los em dias diferentes e não ter que procurar alternativas de transporte.Ele diz que a situação é mais complicada na América Latina porque os carros novos costumam ser caros nessa região.O fato de que os veículos acabam tendo uma maior vida útil porque muitas pessoas não têm dinheiro para trocá-los significa um empecilho a mais para o combate à poluição atmosférica. Ainda mais se os carros comprados para "burlar" o rodízio também forem de mais idade."Os carros são usados por mais tempo, e, quando ficam mais velhos, naturalmente poluem mais. É uma situação diferente da observada na Europa e nos Estados Unidos", afirma. "Por isso é necessário buscar alternativas diferentes para a América Latina."Outra idéia sugerida com freqüência por ambientalistas é incentivar o uso de bicicletas como meio de transporte. Mas a medida também é vista com ceticismo pelo cientista chileno."Esse sistema funciona bem em cidades como Copenhague, na Dinamarca, que são pequenas", diz ele. "Nas megacidades, como as que temos na América Latina, as pessoas têm que viajar grandes distâncias, e a idéia tende a não atrair muita gente."Soluções variadasSegundo ele, há várias formas de combater a poluição do ar – algumas mais caras, outras mais baratas, e elas devem ser analisadas pelos governantes na hora de planejar o combate ao problema.Entre as soluções baratas estaria, por exemplo, promover o maior uso do gás natural como combustível.
Poluição aumenta casos de problemas respiratórios

Em Santiago, antigamente as padarias queimavam lenha em seus fornos", diz Cifuentes."Mas os padeiros trocaram a lenha pelo gás natural e perceberam que ficava ainda mais barato. Depois as indústrias seguiram o mesmo caminho." Já as medidas mais caras incluem a renovação da frota de veículos e a melhoria e ampliação do sistema de transporte público.Cifuentes diz que os governantes dos países em desenvolvimento precisam saber equilibrar a necessidade de lutar contra problemas mais urgentes, como a fome e o analfabetismo, e enfrentar desafios como o da poluição, que pode ter efeitos danosos a longo prazo."

A contaminação gera custos na área da saúde.

Na região de Santiago, por exemplo, de 0,4% a 2% do PIB local é gasto no tratamento de pessoas que desenvolvem problemas por causa da qualidade do ar", explica.MelhoriaApesar dos problemas, Cifuentes – que já realizou estudos em Santiago, em São Paulo e na Cidade do México, entre outras cidades – acredita que a poluição do ar nas grandes cidades latino-americanas está diminuindo."Em todas as cidades houve reduções, mas isso vem ocorrendo mais lentamente do que esperávamos.”, diz ele.“Em São Paulo e na cidade do México, por exemplo, as maiores diminuições na emissão de gases poluentes ocorreu nos anos 1980."Santiago, São Paulo e a Cidade do México aderiram a uma iniciativa pelo ar limpo em cidades da América Latina, que conta com o apoio do Banco Mundial e que prevê a implementação de metas de redução na emissão de poluentes.A Cidade do México, em especial, é reconhecidamente uma das mais poluídas do mundo. Segundo dados do Banco Mundial, cinco milhões de toneladas de poluentes são despejadas na atmosfera todo ano na capital mexicana. Cifuentes acredita, porém, que está chegando o momento de os governantes tomarem decisões mais difíceis, investindo mais dinheiro para reduzir o problema, porque as soluções mais em conta têm um efeito limitado.Neste sentido, a capital chilena, que conseguiu alguns avanços, pode ser vista como um exemplo por outras cidades da região."Um dos problemas em Santiago é que as medidas mais baratas e fáceis para reduzir a emissão de poluentes já foram tomadas. Agora é preciso implantar as medidas mais caras."Luis Cifuentes afirma ainda que, para que qualquer projeto para diminuir a poluição de ar nas grandes cidades tenha sucesso, é imprescindível que a população lhe dê apoio. "A participação dos cidadãos é fundamental", diz ele. Fonte BBC News 09 Setembro de 2002

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Britânicos usam esgoto como fertilizante

Fertilizantes de origem humana custam 20% do produto convencional.

Fazendeiros britânicos estão optando em cada vez maior número pelo uso de dejetos humanos para fertilizar suas plantações. O custo do fertilizante convencional - que está ligado ao preço do petróleo - disparou no último ano. Mas muitos proprietários de terras estão adquirindo o material humano de companhias de tratamento de esgoto que não têm mais autorização para despejá-lo no mar. A empresa Severn Trent Water, que fornece esgoto para a agricultura, disse que nem consegue atender à demanda. Jonathan Barrett, que tem 4,5 mil acres com plantações em Norfolk, no nordeste da Inglaterra, disse que fertilizantes humanos custam apenas 20% do preço do produto convencional.
Mau cheiro
Mas Barrett admite que recebe alguns vizinhos reclamam do mau cheiro de sua fazenda. "Nós estamos fazendo um esforço para misturá-lo bem ao solo", afirma. "Se nós recebemos reclamações, nós voltamos aqui e trabalhamos para que ele (o fertilizante humano) se incorpore um pouco mais ao solo." Dejetos humanos podem ser usados na agricultura, mas não na plantação de vegetais que servirão para saladas, de frutas e aqueles cuja raíz é consumida. Tony Martindale, gerente de reciclagem da estação de tratamento Seven Trent Water, que fornece 600 mil toneladas de dejetos a fazendeiros todos os anos, diz que houve um aumento de 25% da demanda em relação a anos anteriores. Todos os esforços estão sendo feitos para que não haja risco para a saúde humana, disse Martindale, insistindo que 99% dos microorganismos nocivos são mortos no processo de tratamento. O esgoto vendido também é testado em laboratórios para garantir que eles não contenham metais pesados e não foram registrados casos de pessoas afetadas pelo produto, acrescentou Martindale. - E o mau cheiro? O gerente da Seven Trent Water diz que a empresa está se esforçando para minimizar o problema. "Nós sempre levamos em conta a direção do vento", afirma.

Fonte Anna Hill da BBC News