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sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Combate à poluição atmosférica exige soluções criativas

'Rodízio de automóveis pode piorar poluição atmosférica'
O rodízio de automóveis para diminuir a poluição do ar nas grandes cidades pode ter o efeito contrário ao desejado, especialmente quando aplicado em centros urbanos da América Latina. A opinião é do cientista chileno Luis Cifuentes, professor do Departamento de Engenharia Industrial e de Sistemas da Pontifícia Universidade Católica do Chile e especialista no combate à poluição atmosférica.Mas ele afirma que isso não significa que é impossível encontrar soluções baratas para o problema da poluição atmosférica nas metrópoles latino-americanas.Segundo Cifuentes, um exemplo que já vem dando certo em alguns países é a promoção do uso do gás natural como combustível.Em um balanço geral, ele afirma que a situação vem melhorando no que diz respeito à qualidade do ar nas grandes cidades latino-americanas. “Mas isso está ocorrendo mais lentamente do que esperávamos”, afirma o cientista chileno.

Rodízio

De acordo com Cifuentes, estudos mostram que o rodízio de automóveis acaba incentivando as pessoas a comprar mais carros, para poder usá-los em dias diferentes e não ter que procurar alternativas de transporte.Ele diz que a situação é mais complicada na América Latina porque os carros novos costumam ser caros nessa região.O fato de que os veículos acabam tendo uma maior vida útil porque muitas pessoas não têm dinheiro para trocá-los significa um empecilho a mais para o combate à poluição atmosférica. Ainda mais se os carros comprados para "burlar" o rodízio também forem de mais idade."Os carros são usados por mais tempo, e, quando ficam mais velhos, naturalmente poluem mais. É uma situação diferente da observada na Europa e nos Estados Unidos", afirma. "Por isso é necessário buscar alternativas diferentes para a América Latina."Outra idéia sugerida com freqüência por ambientalistas é incentivar o uso de bicicletas como meio de transporte. Mas a medida também é vista com ceticismo pelo cientista chileno."Esse sistema funciona bem em cidades como Copenhague, na Dinamarca, que são pequenas", diz ele. "Nas megacidades, como as que temos na América Latina, as pessoas têm que viajar grandes distâncias, e a idéia tende a não atrair muita gente."Soluções variadasSegundo ele, há várias formas de combater a poluição do ar – algumas mais caras, outras mais baratas, e elas devem ser analisadas pelos governantes na hora de planejar o combate ao problema.Entre as soluções baratas estaria, por exemplo, promover o maior uso do gás natural como combustível.
Poluição aumenta casos de problemas respiratórios

Em Santiago, antigamente as padarias queimavam lenha em seus fornos", diz Cifuentes."Mas os padeiros trocaram a lenha pelo gás natural e perceberam que ficava ainda mais barato. Depois as indústrias seguiram o mesmo caminho." Já as medidas mais caras incluem a renovação da frota de veículos e a melhoria e ampliação do sistema de transporte público.Cifuentes diz que os governantes dos países em desenvolvimento precisam saber equilibrar a necessidade de lutar contra problemas mais urgentes, como a fome e o analfabetismo, e enfrentar desafios como o da poluição, que pode ter efeitos danosos a longo prazo."

A contaminação gera custos na área da saúde.

Na região de Santiago, por exemplo, de 0,4% a 2% do PIB local é gasto no tratamento de pessoas que desenvolvem problemas por causa da qualidade do ar", explica.MelhoriaApesar dos problemas, Cifuentes – que já realizou estudos em Santiago, em São Paulo e na Cidade do México, entre outras cidades – acredita que a poluição do ar nas grandes cidades latino-americanas está diminuindo."Em todas as cidades houve reduções, mas isso vem ocorrendo mais lentamente do que esperávamos.”, diz ele.“Em São Paulo e na cidade do México, por exemplo, as maiores diminuições na emissão de gases poluentes ocorreu nos anos 1980."Santiago, São Paulo e a Cidade do México aderiram a uma iniciativa pelo ar limpo em cidades da América Latina, que conta com o apoio do Banco Mundial e que prevê a implementação de metas de redução na emissão de poluentes.A Cidade do México, em especial, é reconhecidamente uma das mais poluídas do mundo. Segundo dados do Banco Mundial, cinco milhões de toneladas de poluentes são despejadas na atmosfera todo ano na capital mexicana. Cifuentes acredita, porém, que está chegando o momento de os governantes tomarem decisões mais difíceis, investindo mais dinheiro para reduzir o problema, porque as soluções mais em conta têm um efeito limitado.Neste sentido, a capital chilena, que conseguiu alguns avanços, pode ser vista como um exemplo por outras cidades da região."Um dos problemas em Santiago é que as medidas mais baratas e fáceis para reduzir a emissão de poluentes já foram tomadas. Agora é preciso implantar as medidas mais caras."Luis Cifuentes afirma ainda que, para que qualquer projeto para diminuir a poluição de ar nas grandes cidades tenha sucesso, é imprescindível que a população lhe dê apoio. "A participação dos cidadãos é fundamental", diz ele. Fonte BBC News 09 Setembro de 2002

Um comentário:

isa ontra a poluição disse...

eu acho que muitas pessoas pensam assim quero dar um futuro ao meu filho com, riquesas?mais do que adianta termos dinheiro se não temos um pais q funcione direito odinheironão vale nada se o país naum está bem do que adianta o governo gastar nossos dinheiro em coisas bonias boniteza pra mim ?não é nada eu quero um futuro quefuncione direito
tenho 13 anos muitas adolecentes da kinha idade estaria preocupadas com a roupa cabelo etc, mais eu eu to preocupada com meu país meu mundom so Deus tem direito de acabar com o mundo não nós

salvem o planeta