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segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Gripes Suinas e Resfriados Porcinos

Senadores, não tenham medo; não fujam... disse William Shakespeare em Júlio César.
Bem sei que muitos de vocês temem a gripe suina e outros tantos estão com os dedos sujos. Usem álcool gel em suas mãos para se previnirem desta gripe ou mesmo o álcool etilico normal, apesar que este deverá ser utilizado com cuidado neste caloroso charivari que vivemos. E, assim, com muita astúcia, como iniciaram o seu mandato, Júlio César dizia que, para ser um verdadeiro 'César' o pretendente político deveria ter quatro qualidades fundamentais: coragem, sabedoria, temperança, senso de justiça, mas nada adiantaria as quatro se não tivessem a coragem. Todavia devemos temperar os ânimos para terminá-lo com sucesso, basta de tanto tumulto.
Senadores rubros em ira, roxos em iradas réplicas e coléricas tréplicas, feroz senadores acesos em cóleras. Cuidados devem ser tomados não só com a gripe suína mas com os AVC's, os ataques cardiacos. Adrenalina demais não faz bem para suas semi-entupidas artérias, como já sabem, a biofísica não perdoa - mata mesmo -, e morrer pela pátria desta forma é uma morte vã. Poderão sair deste zimbório em uma viatura muito escura, uma negra van, como as asas da graúna. Lembrem-se da Canção do Tamoio, chega de tanto tique tique nervoso.
Senadores, não tenham medo; não fujam, voltem, hoje é segunda feira e está acabando os estoques de álcool gel.
Também poderá ser usado os detergentes para lavar as mãos, na falta destes álcoois. Os fenóis, os cresóis e a creolina pearson, a coisa pública já está demais da conta. Mas, tenho observado que a gripe suina trouxe melhorias nos hábitos de higiene da população de modo geral. Todos estão mais cuidadosos e lavando a mão com detergente, estes cada dia mais aguados.
Taí, uma boa matéria que deveria ser legislada, a qualidade dos nossos detergentes. Antigamente, nos tempos da UDN e do PDS havia o poderoso detergente "ODD", não sei se foi cassado, mas este detergente de qualidade "ímpar" de acôrdo com o nome, acabou sendo extinto das prateleiras dos supermercados. Vieram outros, mas não se cuidou da qualidade destes, deveria haver um índice de qualidade para se verificar um relação da qualidade e preço. A viscosidade do detergente poderia ser atestada pelo INMETRO que gasta o seu precioso tempo retirando extintores de incêndio com apenas um ano de uso, poderiam ficar uns cinco, e o seu tempo usado em outras atividades mais criativas, quando eu digo que o Estado Brasileiro foi estabelecido de forma Cartorial, eu não me refiro somente aos Cartórios de fato, me refiro aos milhares de Cartórios tipo INMETRO.
Com o ODD colocava-se algumas gotinhas na esponja, e já dava para se lavar uma louça inteira, um vasto mundo de generosa espuma se formava. Hoje em dia, é preciso jatear detergente sem cerimônia, nem parcimônia, é muita água para mesquinhos mililitros do Linear Alquilbenzeno Sulfonato de Sódio. Os detergentes deverão ser Biodegradáveis, naturalmente, todavia a sem-vergonhice já está demais nesta viscosa área da química orgânica. Vamos colocar a porcentagem (%) do princípio ativo, a densidade, a viscosidade em centipoise, saybolt , ou o tempo em segundos aferidos. Mas o mercado de detergentes está sem nenhuma regulamentação nem vergonha. Detergentes vagabundos, concorrem com os de boa qualidade sem problemas de uma forma vil.
E, não adianta lavar as mãos neste assunto, tal e qual Pôncio Pillatos. Devem lavar os pés também, utilizar um antimicótico se for o caso, um nitrato de miconazol, um banho completo com um sabonete Eucalol, assim caminha a humanidade, segundo James Dean. Eu ando de ônibus em Curitiba, e a coisa que mais detesto são aqueles resfriados porcinos que o sujeito dá um espirro que parece um tornado de alta potência e chega aquela brisa nas orelhas, aquele spray nos cabelos tipo um laquê ou um gumex ... Ninguém merece isto... Ninguém merece uma coisa desta.
E a quem vamos reclamar um assunto porcino deste? Impossível ! Não adianta reclamar nem para o Bispo Metropolitano nem para o C-Q-C. O sujeito deve utilizar um sublime lenço de tecido ou de papel ao menos, ou então abrir a janela e espirrar lá para fora, tendo como testemunha dos seus infinitos perdigotos, somente o Sol ou a Lua e as Estrelas.
 

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