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quinta-feira, 8 de abril de 2010

Chove chuva ... Chove sem parar ...

Pois eu vou fazer uma prece,
Prá Deus, nosso Senhor,
Prá chuva parar de molhar
o meu divino amor...
Que é muito lindo, é mais que
o infinito, é puro e belo,
inocente como a flôr.
Por favor, chuva ruim,
não molhe mais,
o meu amor assim...
É muito bonita e realista esta música do Jorge Ben Jor. Chove bastante no Rio, Istambul, em Mumbai, nos Estados Unidos, na França, no mundo inteiro há o recrudescimento do clima, não da forma de Aquecimento Global, normal e linear como se imaginava, mas na intensificação dos fenômenos naturais, chuvas, ciclones, tornados, terremotos, maremotos, tsunamis, verões tórridos, nevascas e borrascas entre outros fenômenos.

A fotografia acima não é do Rio de Janeiro, é uma vista aérea de L'Aiguillon-sur-Mer, na França, créditos da Agência REUTERS e de REGIS DUVIGNAU, foto tirada em 1 de Março, onde a população está a discutir indenizações de forma aguerrida com o Governo Local, a matéria completa poderá ser lida no Jornal Le Monde de hoje, 8 de Abril de 2010. Relatório do aguaceiro Xynthia: cerca de 1400 casas e mansões, que foram inundadas e destruídas. Por que será que está chovendo tanto assim no mundo inteiro ? A resposta desta questão me faz lembrar uma passagem no livro de Gaston Bachelard ‘La Poétique De L’Espace’ onde sita as memórias de Alexandre Dumas, no Capítulo 1 - A Casa. Do Porão ao Sótão, o Sentido da Cabana (ou o sentido das Favelas?), quando a mãe perguntava-lhe porque estava tanto a chorar...

-E, por que é que Dumas está chorando ?
-Dumas está chorando porque Dumas tem lágrimas, respondia o menino de seis anos...
O amigo leitor podera arguir os porquês de tanta chuva, e o governo poderá responder que irá instalar mais radares meterorológicos para melhores previsões climáticas, como se a previsão servisse de paliativo para a correção do problema, que é muito mais complexo do que se possa imaginar. Digamos assim, que são faturas chegando da Hipotéca da Revolução Industrial.
- E por que é que chove tanto ?
- Chove muito porque há muita água na nuvens, na troposfera...
Parece óbvio, mas não é. A resposta está na segunda equação da Termodinâmica, a Entropia S=k.Ln.(w), onde "k" é a constante de Boltzmann e este “w” entre parêntesis é o parâmetro de desordem de um sistema e cresce em escala logarítimica, é um parâmetro da Teoria do Caos, a estabilização energética de um dado sistema fechado adiabático e poucas coisas podem ser feitas para evitar o efeito do que já foi transformado em energia degradada, em calor, e está se estabilizando de várias formas. O que poderá ser feito, além da prece, com muita Fé, na Santíssima Trindade?



Primeiro, acreditar na Matemática, na Física e na Química, que não deixa de ser uma Trindade se não Santíssima, é inseparável também. Se continuarmos a construir casas, favelas, barracos em terrenos de solos friáveis, com ângulos superiores à 30º Graus, grandes chances de deslizamentos e catástrofes, com as chuvas que virão no próximo verão, ou mesmo nas outras estações, e virão em profusão, as populações precisam ser removidas.

Segundo, estruturar um Ministério das Emergências, muito bem aparelhado, com corpos de bombeiros, da defesa civil, bem treinados com os agentes da ANVISA, trabalhando conjuntamente com as Forças Armadas, com treinamentos intensos sobre procedimentos em casos emergênciais e logística. Acreditar que o homem está muito aquém de poder controlar o clima.

- O homem propõem uma Copa em 2016 e Deus dispõem...

Terceiro, ler as Sagradas Escrituras, a Biblia, o Al Corão, o Bhagavad Gítá, o Talmude, a Doutrina de Buda. Ler mais poesias, ouvir mais músicas, segundo Confúcio, somente as pessoas que leem mais poesias adquirem uma linguagem mais refinada e uma melhor sensibilidade para o mundo.

P.S. Publicações das crônicas em outros jornais, tratar com o autor deste Blog pelo e-mail ubiratan57@gmail.com

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