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sexta-feira, 7 de maio de 2010

Tu és pó e ao pó tornarás ...

Emanações do vulcão Eyjafjallajoekull, lá na Islândia
Vulcão extinto na Barra de São João, no município de Cassimiro de Abreu no Rio

Está lá na Biblia, livro do Gênesis 3:18, e o pó também está nas cinzas do vulcão Eyjafjallajoekull, lá na Islândia. Este vulcão, de nome complicadíssimo, se pronuncia assim:`eiafijälajoucal´. No mes passado, as erupções se intensificaram no vulcão localizado sob a geleira, na Islândia, e os distúrbios causados pela fumaça ao tráfego aéreo em diversos países da Europa, impactando conexões em todo o mundo, e podem durar mais alguns dias, dependendo de como a coluna de cinzas vulcânicas evoluir, ou se estabilizar, informou o Eurocontrol, órgão europeu encarregado da segurança aérea. Atualmente muitos aeroportos da Espanha entre outros da Europa estão fechados devido às cinzas atingirem 9,1 mil metros de altura.
O interessante deste fenômeno das emanações vulcânicas da Islândia, algo bem natural, é o raciocínio de um diretor da IATA, o órgão internacional que controla a aviação civil em todo o mundo, considerou as medidas de segurança em cancelar os vôos como um desastre da aviação civil, tamanho os prejuízos de U$6 bilhões, ora pois... A vida preservada dos passageiros, tripulação e pilotos, por absolutas medidas de segurança, é considerada um ‘prejuízo’ na aviação civil. Para mim, é um estranho raciocínio, muito estranho, uma vez que nenhum avião tenha caido, devido estas cinzas vulcânicas, não há nenhum prejuízo...

Em um dos incidentes mais dramáticos já registrados, em 1982, um Boeing 747 da British Airways com 263 passageiros a bordo ficou com as turbinas travadas durante vários minutos depois de atravessar uma nuvem de cinzas na Indonésia. Ao perder altitude e sair da nuvem, o material derretido se condensou e se soltou, e os motores voltaram a funcionar. Tripulantes e passageiros depois relataram que o avião também ficou cercado de faíscas --por causa do fenômeno conhecido como Fogo de Santelmo--, faíscas de eletricidade estáticas, que as janelas foram atingidas pelo que parecia ser areia e que um forte cheiro de enxofre (!) invadiu a cabine, forçando-os a respirar com máscaras de oxigênio. Com as vidraças quebradas, os pilotos foram obrigados a aterrissar apenas por instrumentos em Jacarta. Em 1989, uma aeronave da KLM sofreu problemas semelhantes ao atravessar uma nuvem de cinzas vulcânicas no Alasca.

Muitas pessoas pensam que aquelas flatulentas emanações do Vulcão ‘E’ são equivalentes a queimadas de palhas secas. Não, aquilo ali é pó de pedra com vidro vulcânico, obsidiana, finamente moído, junto de gases anidridos sulfúricos, entre outros venenos. Aqui no Brasil, temos a sorte de não haver nenhum vulcão em atividade, nossos vulcões estão extintos há milhões de anos, talvez bem antes da grande extinção dos dinossauros, segundo alguns geólogos muito antes dos 65,5 milhões de anos, os nossos vulcões já estavam totalmente apagados, mas podemos observar alguns cones vulcânicos em nosso vasto território, são imagens somente visíveis com o auxílio de satélite, no caso o Landsat.
Os nativos sequer podem perceber que estão nas proximidades de um edifício vulcânico, como mostra a imagem de um vulcão extinto na Barra de São João, no município de Cassimiro de Abreu no Estado do Rio de Janeiro. O Morro de São João é um extinto vulcão, sem nenhuma possibilidade de erupção, e as verdejantes matas, que encobrem este antiqüíssimo cone vulcânico, somente nos garante, uma vez mais, que aqui é a terra onde canta a sabiá.

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