Pesquisar este blog

terça-feira, 1 de junho de 2010

De Profundis...

O Grande Chimborazo
Finalmente, o mês de maio acabou com alguns abalos sísmicos, de menor monta pelo interior da Bahia, troca de escaramuças com navios afundados entre as Coréias e na Faixa de Gaza. Fatos que não chegam a uma centena de mortos, coisa normal no belicoso século 21, iniciado com o atentado nas Torres gêmeas do WTC em NY, em 11/09/01.
O Vulcão Islandês, de nome impronunciável, cessou suas flatulentas atividades vulcânicas, aparentemente devolvendo paz e tranqüilidade nos aeroportos europeus. Por outro lado na Guatemala, país que possui 288 vulcões, sendo 8 deles ativos. O Vulcão Pacaya do Sul entrou em forte atividade, matou um repórter fotográfico, uma golfada de lava incandescente o fulminou, aproximou-se em demasia da cratera. Nestas reportagens, certa distância e uma boa teleobjetiva têm o seu valor.
No Equador, terra de muitos vulcões, o Mama Tangurahua entrou em repentina atividade vulcânica expelindo toneladas de pó piroclástico e lavas muito quentes das profundezas. Enquanto que o Papa, ou Taita Chimborazo, continua lá calado, há mais de 10.000 anos, ainda bem. Vulcão muito bonito que já inspirou um poema de Simão Bolívar em 1823, O Delírio do Chimborazo. Muitas cinzas pretas pelo chão, estudantes sem aulas e um forte odor de enxofre nas cercanias. A vantagem desta mudança de latitude, é que os nomes destes vulcões são pronunciáveis tais quais se escrevem, e costumam fertilizar o solo das cercanias após suas emanações.
No mar, o órgão BEA da França continua suas buscas nas profundezas abissais das caixas pretas, (que na realidade são laranjas) do voo da Air France AF447, onde 228 passageiros, pilotos e tripulantes sumiram. Os passageiros morreram há um ano e nada de neres de indenizações, nem informações precisas sobre o fatídico vôo. Uma empresa que está deixando a desejar em seus serviços, um fiasco. É de fundamental importância para a Tecnologia Aeroespacial, especialmente para a aviônica, saber exatamente quais foram as causas da queda do Airbus A330-20.
A Air France, uma empresa que já teve até Concord voando acima da barreira do som... Pois é, sequer apresenta um relatório conclusivo das causas do acidente. Uns culpam a sonda Pitot que falhou, outros afirmam que as mudanças climáticas. A feroz turbulência está abatendo aviões entre a Costa Brasileira e Dacar na Costa da África, e naquelas circunstâncias foram fatais. Fato muito estranho, a França detém tecnologias bastante avançadas em submarinos e na aviação, capaz de perscrutar o assoalho dos oceanos, até achar uma aliança de algum passageiro se preciso for, segundo seus vendedores de tecnologias avançadas.
Um caso sem solução à vista e as indenizações dos parentes das vítimas estão sendo tratadas com morosidade, haja vista que as coisas estão andando a passo de cágado. É muita falta de consideração com os familiares dos passageiros e com seus atuais passageiros.
Por outro lado, a British Petroleum continua procurando uma rolha suficientemente grossa e reforçada para tamponar o poço que continua lançando petróleo de forma incessante e intensa nas profundezas da costa da Louisiana e Flórida. Grave problema ambiental, sem solução à vista, tamanha pressão e quantidade de petróleo que está poluindo o meio ambiente da América. Este caso chega ser aflitivo devido à falta de empenho e ação do EPA e outras empresas para ajudarem achar uma solução, visando estancar o poço problemático da BP. A Petrobrás a Pemex, e Exxon, são empresas detentoras de alta tecnologia de perfuração em águas profundas, logo deveriam somar esforços e não ficarem assistindo a crise de longe, com ouvidos moucos.
A Petrobrás já teve problemas com a plataforma P32, que afundou em 2002, poderia dar uma opinião neste assunto, ou ao menos fazer uma reunião de CIPA em conjunto com o pessoal da BP, mas nada a declarar. Falta de atitude, uma vez que as atividades do Pré Sal está na berlinda e no mesmo nível de riscos de possíveis acidentes desta monta e de igual profundidade.
Como vimos, acidentes oriundos das profundezas terrestres têm sido bastante intensos. Vale a pena ver de novo “Viagem ao Centro da Terra”, de Júlio Verne para decifrar alguma nova solução nesta problemática relação do homem, ansioso por mais progresso e o meio ambiente, já bastante agredido.

Nenhum comentário: