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quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Firmitas, Utilitas et Vetustas

Hoje, 28 de Janeiro de 2009, a Lua Vazia indica que devemos gastar um pouco de Latim, se preciso for. Foi com muito pesar que soube do desabamento da Igreja do Renascimento em Cristo no Cambuci em São Paulo na semana passada. Foram nove vítimas fatais além de quatro pessoas bastante feridas, ainda em estado de risco nos hospitais, além dos vários danos materiais. Farei algumas modestas reflexões sobre o assunto que espero ser de alguma valia, afinal, para qual serventia escrevemos ? Para que tomem alguma providência ! Já dizia o imortal Carlos Heitor Cony, grande escritor, um mestre nas crônicas, são magníficas. Suas crônicas vão sendo apuradas como aquele doce de leite, feito no tacho, lá em Minas Gerais, até chegar à um ponto de pasta de dar água na boca. Pois é, um dia chegarei lá, um dia. De certa forma, escrever é uma necessidade de ter um registro na linha do tempo, para as coisas não passarem batidas, desapercebidas, apesar que um registro escrito que não seja lido e levado a alguma ação, ou reação, a mudança de atitudes, não servirá para nada, absolutamente nada de neres. Mas, por outro lado, vamos analisar os fatos de forma isenta, e com alguma dose de sensatez. Mas vamos em frente, que atrás vem gente. Vale a pena relembrar as sábias palavras de Vitrúvio, o grande Arquiteto de Augusto César, que antes de Cristo já disse: "As coisas para permanecerem devem ser dotadas de "Firmitas, Utilitas e Vetustas", isto é , firmeza, utilidade e beleza. Devido a complexidade do assunto, este deverá ser "integrado por partes". No item "Vetustas ou Beleza" a nossa Arquitetura é generosa, bela e formosa Temos grandes projetos de inusitada beleza e originalidade que não ficam em nada a dever à outros países. Seria cansativo enumerar os vários projetos de rara beleza da Arquitetura Brasileira. Eu, particularmente, muito aprecio a Catedral Metropolitana de Brasília, O Museu Oscar Niemeyer de Curitiba e o Museu de Arte Contemporânea em Niterói, Rio de Janeiro, este último, uma das pérolas do grande acêrvo de Oscar Niemeyer. No item "Utilitas", em termos de utilidade, a nossa arquitetura é elitista, tem que se popularizar mais, temos um enorme déficit habitacional, com assentamentos irregulares, invasões, não temos uma política habitacional, e os loteamentos clandestinos, vão sendo "oficializados" através das circunstâncias de instalação de água, esgotos e energia elétrica. O índice de favelização é muito alto e as casas populares são de qualidade muito baixa. Não sei como este assunto é tratado nos países do Leste Europeu, porque a grande mídia nada informa a este respeito, ou mesmo, "desinforma". Mas no ítem "Firmitas" a firmeza das nossas obras, os nossos indicadores são péssimos. A Igreja do Renascimento em Cristo, teve o seu teto desabado devido ao fato das tesouras, as estruturas de sustentação não suportaram o pêso próprio e veio tudo abaixo. Observou-se nas primeiras verificações do perito que as as tesouras e as terças inicialmente de madeira, estavam apodrecidas e com muitos cupins, umidade, grande peso extra foi adicionado pelos reforços em aço e pela fixação de ar condicionado a posteriori do projeto inicial. Então, nesta empreitada, o cálculo estrutural inicial foi para o espaço sideral, faltou manutenção e substituição da estrutura de madeira por uma nova em AÇO. Um fato que deve ser bem considerado, é como todos os prédios de Moscou, as pontes os viadutos os edifícios são bem feitos, tudo muito sólido, observo muito bem isto nos filmes, um padrão de engenharia realmente bom. Aqui no Brasil, as nossas edificações ficam devendo no item "Firmitas" são muitas marquises que sempre estão caindo nas cabeças dos transeunte, tetos que desabam, edifícios que caem sem nenhum terremoto. É necessário mudar muitas coisas para melhorar o padrão de engenharia civil que anda muito precário. Em primeiro lugar, o CREA, o conselho regional de engenharia precisa ser um órgão de poderes mais executivos do que cartoriais, não somente um cobrador de RT's (Responsabilidade Técnica) e de anuidades. O CREA precisa ser o braço direito do Governador e do Prefeito nas ações de fiscalização e embargos de obras que não oferecem segurança pública. Segundo, existe uma cultura generalizada em bypassar o trabalho do engenheiro civil, pessoas que não são habilitadas fazendo projetos de engenharia que são uma temeridade. Terceiro, são os projetos ruins, mal elaborados, cheio de opções que aumentam o risco em detrimento da segurança. São projetos que economizam no cimento, colocam areia de baixa qualidade, as vezes até da praia, britas ruins de calcário de baixa resistência mecânica ao invés de brita de granito, mão de obra mal treinada ou totalmente iletrada. Então, a Economia, que deveria ser a base da prosperidade, se torna a base da Porcaria. Todos estes itens vão se somando, e embora Deus seja brasileiro, se o cálculo estrutural falhar, o teto vem abaixo na cabeça dos fiéis. Como já sabem, a Física, tem leis muito rigorosas, onde não há perdão. Assim sendo, um país que pretende sediar uma "Copa do Mundo", que se propõem a empreitadas tão audaciosas como esta, deverá ter um sistema de verificação das arquibancadas dos estádios à altura do seleto público que virá nos visitar. É bom saber, como estão nossos estádios em termos de segurança de arquibancadas, de estruturas de concreto, dos banheiros, das vias de acesso, estacionamentos, segurança, higiene etc. Estamos aplicando o lema de Vitrúvio o "Firmitas, Utilitas et Vetustas" ? Não sei se devo economizar o meu Latim, e deixar isso para lá, mas é bom lembrar que cavalo não desce escadas.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Aquecimento Global pode ser irreversível, diz estudo

Mesmo sem emissões, temperaturas seriam altas por mil anos. Uma equipe de cientistas especializados em meio ambiente nos Estados Unidos fez um alerta de que muitos dos efeitos das mudanças climáticas podem ser irreversíveis. Em artigo publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences, os cientistas afirmam que as temperaturas na Terra podem se manter altas por até mil anos, mesmo se as emissões de gás carbônico (CO2) fossem eliminadas hoje. Segundo os pesquisadores, se o nível de CO2 na atmosfera continuar a subir, vai chover menos em áreas que já são secas no sul da Europa, na América do Norte e em partes da Ásia e da Austrália. Eles também afirmam que, atualmente, os oceanos estão desacelerando o aquecimento global ao absorver calor, mas que em algum momento vão liberar este calor de volta à atmosfera.
Mudanças nos EUA A divulgação das conclusões dos ambientalistas coincide com o pedido feito pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, para que a Agência Americana de Proteção Ambiental reveja as regras de emissão de gás carbônico por veículos de passageiros. Vários Estados americanos, liderados pela Califórnia, querem introduzir leis para obrigar as montadoras a melhorar drasticamente a eficiência do uso de combustíveis. A medida encontrou oposição de vários setores, que argumentam que essa decisão poderia derrubar a demanda por novos carros neste período de recessão. Os cientistas envolvidos na nova pesquisa dizem que políticos precisam agir imediatamente para contrabalançar os danos já provocados ao meio ambiente.

sábado, 24 de janeiro de 2009

Aquecimento Global - Futuro

Futuro
Este mapa parte do princípio de que a atual tendência de emissões vai continuar, com crescimento econômico moderado e poucas medidas para reduzir os gases do efeito estufa. Ele prevê maior aumento de temperatura nas regiões polares do norte da Terra, Índia, África e partes da América do Sul. O mapa foi feito pelo Centro Hadley, da Grã-Bretanha.

Aquecimento Global - Emissões de CO2

Emissões de CO2
A maioria dos cientistas mais ortodoxos acredita que o aumento da emissão de gases que provocam o efeito estufa - particularmente dióxido de carbono - contribuem para o aquecimento do planeta. Este gráfico mostra como níveis de dióxido de carbono aumentaram com a industrialização no mundo.

Aquecimento Global - Camada Polar

Camada Polar
De acordo com o IPCC, a espessura da camada de gelo do Pólo Norte sofreu uma redução de 40% nas últimas décadas no verão e no outono. A cobertura gelada da terra diminuiu em 10% desde a década de 60, e as geleiras sofreram uma retração.

Aquecimento Global - Nível dos Mares

Nível do mar
Acredita-se que o aumento das temperaturas provoque uma elevação do nível do mar na medida em que o derretimento das calotas polares leve a um aumento do volume de água dos oceanos. O IPCC diz que o nível do mar aumentou entre 10 e 20 centímetros no mundo todo durante o século 20. O painel prevê uma elevação entre 9 e 88 centímetros até 2100.

Aquecimento Global - Histórico

Histórico
Cientistas dizem que as temperaturas globais médias têm variado menos de 1ºC desde o começo da civilização. Apesar disso, elas flutuaram muito antes dessa época. O IPCC prevê um aumento global de temperatura entre 1,4ºC e 5,8ºC até o ano 2100.

Aquecimento Global - Introdução

Introdução
A temperatura da Terra sofreu um aumento de cerca de 0,6ºC no século passado. A década de 90 foi a mais quente desde que os registros começaram a ser feitos, diz o Painel Internacional sobre Mudança Climática (IPCC, em inglês).

Confira os principais pontos do relatório da ONU sobre o clima

Painel da ONU sugere mudanças nos sistemas de transporte. Cientistas de todo o mundo divulgaram nesta sexta-feira em Bangcoc, na Tailândia, a terceira parte do relatório de 2007 do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC, em inglês), da ONU. O texto faz diferentes projeções sobre o impacto que as emissões de gases nocivos terão no meio ambiente e estima os custos econômicos das medidas ambientais na economia global. Leia também: Amenizar efeito estufa custa 3% do PIB mundial, diz relatório
Confira abaixo alguns dos principais pontos desta parte do relatório.
EMISSÕES
- A emissão de gases nocivos ao meio ambiente aumentou 70% entre 1970 e 2004, chegando a 49 bilhões de toneladas por ano de dióxido de carbono
- Entre 1990 e 2004, o aumento foi de 28%.
- A oferta de energia aumentou 145% entre 1970 e 2004.
- A eficiência energética não acompanhou o aumento da renda mundial e da população do planeta.
- Emissões podem aumentar entre 25% e 90% até 2030, em comparação com os níveis de 2000.
- Entre 66% e 75% deste aumento deve acontecer em países em desenvolvimento. A emissão per capita, no entanto, deve se manter abaixo do nível dos países ricos.
- Em 2004, países industrializados representavam 20% da população global e 46% das emissões.
CUSTOS
- Quanto maiores e mais rápidos forem os cortes nas emissões, maiores serão os custos.
- Mas as medidas podem ser relativamente modestas e as tecnologias existentes podem ser usadas. O custo de se agir agora ainda pode ser menor do que o custo caso não haja ação do homem.
- O IPCC trabalha com diferentes cenários:
Estabilizar as emissões em 445-535 partes por milhão (ppm) de dióxido de carbono limitaria o aquecimento global a 2º/2,8ºC. O impacto disso na economia mundial seria de até 3% do PIB mundial até 2030. No mesmo período, o impacto no crescimento projetado da economia seria de 0,12%.
Estabilizar as emissões em 535-590 ppm limitaria o aquecimento global a 2,8º/3,2ºC, com redução de 0,1% do crescimento do PIB mundial até 2030.
Entre 590-710 ppm, o aquecimento global seria de 3,2º/4ºC, com redução de 0,06% do crescimento do PIB até 2030.
OPÇÕES
- O relatório propõe repassar o "preço do carbono" aos consumidores e produtores, ou seja, que os preços na economia levem em conta o dano ambiental causado pela queima de combustíveis, para estimular a eficiência energética.
- Outras possibilidades são novas leis, impostos e mercados de troca de permissões de emissão de carbono. Acordos voluntários entre governo e indústria são "atraente politicamente", mas "não têm atingido resultados satisfatórios de redução de emissões".
- Taxar as emissões de carbono seria eficiente no setor energético. Um preço de US$ 20 a US$ 50 por tonelada de dióxido de carbono transformaria o setor energético, aumentando a participação das fontes renováveis na matriz energética para 35% até 2030 (quase o dobro da fatia registrada em 2005).
- Fontes de energia renováveis como eólica, solar e geotérmica deveriam ser estimuladas, com subsídios, tarifas preferenciais e compra obrigatória.
- Mais eficiência energética, com mudança nos padrões de construção, economia obrigatória de combustíveis, mistura de biocombustíveis e investimento em melhores serviços de transporte público.
- Medidas de seqüestro de carbono "têm potencial para dar uma importante contribuição" na mitigação das emissões até 2030.
- Energia nuclear, que representou 16% da matriz energética mundial em 2005, pode chegar a 18% até 2030, com o aumento do preço do dióxido de carbono de até US$ 50 por tonelada, "mas questões de segurança, proliferação de armas e lixo continuam sendo preocupantes".
Fonte BBC News 4 de Maio de 2007

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

" Uso ilegal de Fósforo Branco em Gaza "

JERUSALÉM, 21 Jan 2009 (AFP) - O Exército de Israel iniciou uma investigação interna para determinar se os soldados do país dispararam armas com fósforo branco em zonas habitadas durante a ofensiva na Faixa de Gaza, o que representaria o uso ilegal desta substância química, informa o jornal Haaretz. O jornal indica que a investigação está centrada em 20 obuses usados em Beit Lahiya, norte da Faixa, que teriam sido disparados por uma brigada de paraquedistas da reserva. O coronel da reserva Shai Alkalai coordena a investigação, segundo o jornal, enquanto um porta-voz do Exército declarou à AFP que não existe nenhuma "investigação oficial". O Haaretz afirma que o Exército utilizou dois tipos de obuses de fósforo como bombas de fumaça. O direito internacional não proíbe totalmente o uso de fósforo branco, mas veta a substância contra zonas habitadas por civis. A organização Anistia Internacional (AI) afirma que Israel pode ter cometido crimes de guerra, ao indicar que o uso da substância química em zonas civis era "claro e inegável". Os voluntários da AI que visitaram o território palestino "encontraram provas inquestionáveis do uso de fósforo branco em zonas residenciais densamente povoadas na cidade de Gaza e no norte da Faixa", afirmou a organização. Fontes médicas de Gaza informaram que dezenas de pessoas estavam sendo tratadas por queimaduras provocadas por fósforo branco durante a ofensiva de 22 dias de Israel contra o grupo radical Hamas, que matou mais de 1.300 palestinos, mais da metade civis. Israel insiste que todas as armas utilizadas na campanha são autorizadas pelo direito internacional. O fósforo branco é um agente químco tóxico e a exposição a esta substância pode ser fatal. Ele pode provocar graves queimaduras e danificar o fígado, o coração e os rins.
Dispersado com fogo de artilharia, a substância arde com o contato com o oxigênio, criando uma cortina de fumaça para que as tropas possam se movimentar sem ser percebidas.

Da France Presse ms/fp

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

" Israel está operando na zona cinzenta do direito internacional "


O choro de Ahmad Samouni foi desolador. Da cama de um hospital na Faixa de Gaza, o rapaz de 16 anos rompeu em lágrimas quando ele disse a um entrevistador de televisão como vários membros da sua família tinham sido mortos em um ataque israelense. "Meu irmão estava sangrando muito e bem na frente dos meus olhos, ele morreu. Meu outro irmão Ismail, ele também sangrou até a morte. Minha mãe e meu irmão mais novo, eles sumiram. Quatro irmãos e minha mãe, morta. Que Deus lhes dê a paz... " O sofrimento do clã Samouni se destaca mesmo em meio à carnificina dos perdulários da guerra de Israel na Faixa de Gaza. Segundo os sobreviventes, cerca de 100 membros do clã tinham sido recolhidos por soldados israelenses em um edifício no bairro Zeitun em 4 janeiro. No dia seguinte, ele foi atingido por mísseis israelenses tipo conchas ou, matando cerca de 30. Pior, as forças israelitas são acusados de impedir os paramédicos palestinianos de ajudar os sobreviventes durante dois dias. "Este é um incidente chocante. Os militares israelitas devem ter tido conhecimento da situação, mas não ajudaram os feridos ", disse o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), não costuma ser dado a linguagem emotiva ou as queixas ao público sobre violações dos direitos humanitários. Navi Pillay, do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, foi mais longe. Os assassinatos mostraram "o que poderia constituir elementos de crimes de guerra", disse ela. As respostas que Israel tem do seu exército, pesquisou as notas, e não encontrou nenhum registro do incidente em Zeitun. É alegado que é segmentação do Hamas apenas, e promete melhorar a "cooperação e a coordenação" com o CICV. Mas Israel é vago sobre se irá realizar um novo inquérito, e tende a ser cauteloso fora do inquérito. Ele recusou-se a cooperar, por exemplo, com um inquérito da ONU em um outro bombardeio, incidente que matou 19 civis na Faixa de Gaza em 2006. Esta concluiu que "há uma possibilidade de que os bombardeamentos ... constituía "um crime de guerra". Outro contencioso incidente nesta guerra foi o assassinato de mais de 40 pessoas presentes em 6 janeiro perto de uma escola da ONU, que foi temporariamente habitação refugiados. Aqui, o exército israelense disse que seus soldados foram atacados por morteiros disparados "a partir de dentro da escola" e responderam com fogo em massa. Mas na ONU, tenazmente Hamas nega que combatentes estavam na escola. Existe também a alegada utilização do Fósforo branco em bombas tipo conchas: permitidos como uma cortina de fumaça, mas não sobre áreas civis. Mais de 1.000 palestinos foram mortos, entre eles mais de 400 mulheres e crianças, em quase três semanas de combates. Mas Hugo Slim, autor de "matar civis", um livro sobre o sofrimento de civis na guerra, argumenta que, embora para todos os civis a morte é uma tragédia ", mas nem todos os civis acham que a morte é um crime". Crimes de guerra tipicamente envolvem deliberada brutalidade ou imprudência. As modernas leis de conflitos não procuram a proibição de guerra, ou até mesmo eliminar o assassinato de civis, mas apenas tentar parar os mais notórios abusos e para limitar os prejuízos para a população civil, tanto quanto possível. Notas Curtas argumentando que Israel está deliberadamente massacrando palestinos (em caso afirmativo, muito mais provavelmente teriam sido morto e para Israel os folhetos de advertência seriam supérfluo), a julgar os crimes depende dos fatos de incidentes específicos e subjetivos conceitos jurídicos. Israel está discriminando entre civis e combatentes? Os ganhos são proporcionais às suas ações militares? E é bom tomar cuidado para poupar civis lotados na Faixa de Gaza? O manual do governo britânico sobre as leis de guerra admite que, por exemplo, o princípio da proporcionalidade "nem sempre é fácil", até porque a tentativa de reduzir o perigo para os civis podem aumentar o risco para a própria forças. Além disso, se o inimigo coloca em risco por civis deliberadamente colocando alvos militares perto deles, "este é um factor a ter em conta em favor dos atacantes". Israel faz justamente este tipo de argumentos. Sua tática agressiva, Israel diz, são justificadas pela necessidade de proteger as forças israelitas, e a culpa o Hamas pelos civis mortos por foguetes se escondendo outras armas em mesquitas. De acordo com funcionários israelitas, altos líderes do Hamas estão escondidos em um bunker sob o sobrecarregado Hospital Shifa (que, no entanto, não foi atacado). As leis da guerra têm as suas raízes, em parte, no início se preocupam com o impacto da tecnologia militar, como o bombardeamento aéreo de gases venenos. Mas o direito internacional tem achado mais fácil lidar com as baixas tecnologias dos assassinatos em massa de perto, como no genocídio ruandês de 1994, do que com os direitos e as injustiças no estilo Western das campanhas aéreas. Os civis são repetidamente atingido por aeronaves da OTAN no Afeganistão, mas há somente lamentos, não há tribunais marciais. Em outras palavras, a tecnologia militar forçou a barra para o que é considerado "aceitável" em uma guerra. O céu acima Gaza são contínuamente vigiados pelos zumbidos dos aviões caça. O comando Israelense de controle de sistemas aéreos são indubitavelmente tão sofisticados tanto quanto as forças norte americanas, usando grandes mapas digitalizados fornecido aos comandantes, em que as estruturas são individualmente numeradas e claramente identificada, caso não estejam a ser atacada, eles ainda têm "indicador" gráficos para estimar a área que será afectado por uma explosão. Acidentes acontecem, em 5 janeiro três soldados israelenses foram mortos por um dos seus próprios tanques. Mas, sem mais dados, é difícil acreditar que os israelenses não sabiam sobre a presença de civis em Zeitun e na escola da ONU.



Fonte The Economist edição impressa - AFP


- But is it a crime ? Em, 15 de Janeiro de 2009

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Conflitos sobre a água entre Israel e Gaza













Na guerra do momento - Israel em Gaza -, por que a mídia não fala sobre a água - um dos itens mais importantes dos conflitos no Oriente Médio? Embora Israel tenha sérios problemas com recursos hídricos, detém o controle dos suprimentos de água, tanto seus como da Palestina. Além de restringir o uso d'água, luta pela expansão do seu território para obter mais acesso e controle deste recurso natural."Para além das manchetes do conflito do Oriente Médio, há uma batalha pelo controle dos limitados recursos hídricos na região. Embora a disputa entre Israel e seus vizinhos se concentre no modelo terra por paz, 'há uma realidade histórica de guerras pela água' - tensões sobre as fontes do Rio Jordão, localizadas nas Colinas de Golã, precederam a Guerra dos Seis Dias". Raymond Dwek - The Guardian, [24/NOV/2002] **A nossa sobrevivência na Terra está ameaçada. Sem alimento, o ser humano resiste até 40 dias; sem água, morre em 3 dias. Somos água! Mas, enquanto a população se multiplica e a poluição recrudesce, as fontes de água desaparecem.Na guerra do momento - Israel em Gaza -, por que a mídia não fala sobre a água - um dos itens mais importantes dos conflitos no Oriente Médio?Oriente Médio... uma região aonde água vale mais do que petróleo... E sempre nos passam a idéia de que lá as guerras ocorrem pela conquista das reservas de petróleo.E a conquista das reservas de água? Em 1997, o então vice-diretor geral da UNESCO, Adnan Badran, no seminário "Águas transfronteiriças: fonte de paz e guerra" (que centrou os debates nas águas do Mar Aral, do rio Jordão, do Nilo...) disse que "a água substituirá o petróleo como principal fonte de conflitos no mundo".Embora Israel tenha sérios problemas com recursos hídricos, detém o controle dos suprimentos de água, tanto seus como da Palestina.Além de restringir o uso d'água, luta pela expansão do seu território para obter mais acesso e controle deste recurso natural. Ali, ele é o "dono" das:- águas superficiais: bacia do rio Jordão (incluindo o alto Jordão e seus tributários), o mar da Galiléia, o rio Yarmuk e o baixo Jordão;- águas subterrâneas: 2 grandes sistemas de aqüíferos: o aqüífero da Montanha (totalmente sob o solo da Cisjordânia, com uma pequena porção sob o Estado de Israel), aqüífero de Basin e o aqüífero Costeiro que se estende por quase toda faixa litorânea israelense até Gaza.Tais águas são 'transfronteiriças', recursos naturais compartilhados. Segundo recente inventário da UNESCO, 96% das reservas de água doce mundiais estão em aqüíferos subterrâneos, compartilhados por pelo menos dois países.Há regras internacionais para o uso dessas águas. Algumas destas obrigam Israel a fornecer água potável aos palestinos.Mas Israel não compartilha a água; afinal, tais regras internacionais não prevêem mecanismos de coação ou coerção; é letra morta. O Tribunal Internacional de Justiça, até hoje, condenou apenas um caso relacionado com águas internacionais.A estratégia de Israel é outra. Em 1990, o jornal Jerusalém Post publicou que "é difícil conceber qualquer solução política consistente com a sobrevivência de Israel que não envolva o completo e contínuo controle israelense da água e do sistema de esgotos, e da infra-estrutura associada, incluindo a distribuição, a rede de estradas, essencial para sua operação, manutenção e acessibilidade" (1). Palavras do ministro da agricultura israelense sobre a necessidade de Israel controlar o uso dos recursos hídricos da Cisjordânia através da ocupação daquele território.O Acordo de Paz de Oslo de 1993, por exemplo, estipulou que os palestinos deveriam ter mais controle e acesso à água da região.Nessa época, segundo o professor da Hebrew University, Haim Gvirtzman, dos 600 milhões de metros cúbicos de água retirados anualmente de fontes na Judéia e Samaria, os israelenses usavam quase 500 milhões, satisfazendo cerca de um terço de suas necessidades hídricas. Para ele, isso gerou um 'direito adquirido sobre a água'. Questionado sobre o acesso palestino à água, o professor respondeu:"Israel deve somente se preocupar com um padrão mínimo de vida palestino, nada mais, o que significa suprimento de água para eles só para as necessidades urbanas. Isso chega a cerca de cinqüenta/cem milhões de metros cúbicos por ano. Israel é capaz de suportar essa perda. Portanto, não deveríamos permitir que os palestinos desenvolvessem qualquer atividade agrícola, porque tal desenvolvimento virá em prejuízo de Israel. Certamente, nunca permitiremos aos palestinos suprir as necessidades hídricas da Faixa de Gaza por meio do aqüífero montanhoso. Se purificar a água do mar é uma solução realista, então deixemos que o façam para as necessidades dos residentes da Faixa de Gaza".E na Guerra pela Água vale tudo: os israelenses bombardeiam tanques d'água, grandes ou pequenos (muitas vezes construídos nos telhados das casas), confiscam as bombas d'água, destroem poços, proíbem que explorem novos poços e novas fontes d'água (a Cisjordânia, em 2003, contava com cerca de 250 fontes ilegais e a Faixa de Gaza, com mais de 2 mil). Israel irriga 50% das terras cultivadas, mas a agricultura na Palestina exige prévia autorização.Então, furto de água das adutoras de Israel é comum naquela região.A regra do jogo é esta: enquanto o palestino não tem acesso à água para beber, o israelense acostumou-se ao seu uso irrestrito.Sendo assim, dá pra imaginar uma outra forma de divisão ou de uso compartilhado desses recursos hídricos para os próximos anos? Dá pra imaginar a sobrevivência de qualquer estado e, nesse caso, da Palestina sem o controle efetivo do acesso e da distribuição dos recursos hídricos que necessita?Botar a mão na água é coisa antiga. Britânicos e franceses no Oriente Médio definiram as fronteiras (em especial da Palestina) de olho nas águas da bacia do rio Jordão.Desde 1948, Israel prioriza projetos, inclusive bélicos, para garantir o controle de água na região. Dentre estes:- a construção do Aqueduto Nacional (National Water Carrier);- em 1967, anexou os territórios palestinos de Gaza e Cisjordânia e tomou da Síria as Colinas do Golã, ricos em fontes de água, para controlar os afluentes do Rio Jordão. Sobre esta guerra, Ariel Sharon falou que a idéia surgiu em 1964, quando Israel decidiu controlar o suprimento d'água;- em 2002, a construção o 'muro de segurança' viabilizou o controle israelense da quase totalidade do aqüífero de Basin, um dos três maiores da Cisjordânia, que fornece 362 milhões de metros cúbicos de água por ano. Segundo Noam Chomsky, "o Muro já abarcou algumas das terras mais férteis do lado oriental. E, o que é crucial, estende o controle de Israel sobre recursos hídrico críticos, dos quais Israel e seus assentados podem apropriar-se como bem entenderem..." (2). Antes do muro, ele já fornecia metade da água para os assentamentos israelenses. Com a destruição de 996 quilômetros de tubulação de água, agora falta água para beber à população palestina do entorno do muro;- antes de devolver (simbolicamente) a Faixa de Gaza, Israel destruiu os recursos hídricos da região. E, até hoje, não há infra-estrutura hídrica nas regiões palestinas.Quantos falam a respeito disso?Em 2003, na 3ª Conferência Mundial sobre Água, em Kyoto, Mikhail Gorbachev bateu na tecla dos conflitos mundiais pela água: contabilizou, na época, 21 conflitos armados que objetivavam apropriação de mais fontes de água; destes, 18 ocorreram em Israel.Gestão conjunta, consumo igualitário de água, ética e consenso na água - palavras bonitas no papel, nas mesas de negociação, na mídia. Na prática, é utopia.O que a ONU e os donos do planeta estão esperando para exigir que Israel cumpra as regras internacionais sobre águas mesmo que estas contidas em convenções, acordos, declarações (e outras abobrinhas)? Quem vai ter coragem de criar regras claras e objetivas para punir a violação dos direitos dos povos e nações à sua soberania sobre seus recursos e riquezas naturais?


FONTE : Ana Echevenguá, advogada ambientalista, coordenadora do programa Eco&Ação, presidente da ong Ambiental Acqua Bios e da Academia Livre das Águas, e-mail:ana@ecoeacao.com.br, website: http://www.ecoeacao.com.br

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Ensaio sobre a Paz

WHAT A WONDERFUL WORLD...
Louis Armstrong , George Weiss & Bob Thiele

I see trees of green, red roses too
I see them bloom for me and you
And I think to myself, what a wonderful world
I see skies of blue and clouds of white
The bright blessed day, the dark sacred night
And I think to myself, what a wonderful world
The colours of the rainbow, so pretty in the sky
Are also on the faces of people going by
I see friends shakin' hands, sayin' "How do you do?"
They're really saying "I love you"
I hear babies cryin', I watch them grow
They'll learn much more than I'll ever know
And I think to myself, what a wonderful world
Yes, I think to myself, what a wonderful world
Oh yeah ...

Amigos, vou contar uma história sobre a paz para voces. Era verão de 1978, estava iniciando os meus estudos em Química, quando assiti o "Acordo de Camp David" pela TV, que já era à cores. Estou muito bem lembrado, Menahen Begin e Anwar El Sadat, num aperto de mãos que parecia ter durado séculos. Nunca vi um aperto de mão tão demorado como aquele, parece que tinham colado as mãos. Tudo anunciava uma paz sólida e duradoura. Fiquei emocionado quando ao fundo tocava a música "What a wonderful world" na voz grave de Louis Armstrong, tudo muito bem orquestrado. O encontro foi organizado no governo do Jimmy Carter, um homem pacífico e afável, capaz de tolerar uma invasão da embaixada dos EUA no Irã por longos 444 dias ininterruptos, enfrentou a longa crise sem apelar para nenhum tipo de ignorância, nenhum artefato atômico. Todavia este evento enfrequeceu muito o seu governo e lhe custou a sua reeleição. Nesta época iniciou o regime teocrático do Imã Aiatolah Ahmad Khomeini, homem severo e de grande autoridade moral no Irã. Tempos de paz e de grande influência do poder feminino num mundo polarizado. Tudo o que acontecia na casa branca tinha que ter a anuência da Rosallyn Carter, que era consultada para os mais diversificados assuntos. Rosallyn também consultava a comunidade da Igreja Baptista e, é claro, estava presente na solenidade ao lado do marido e da sua encantadora filha "Amy". Todavia, eram tempos difíceis, para o Xá Reza Pahalev, que tinha sido apeado do poder pelos Imãs e para sua bela espôsa Farah Dibah; não sabiam o que fazer sem as mordomias da antiga Pérsia. Pouco tempo depois, o Xá Reza veio a falecer e todos indagavam, enquanto rezavam - O que Farah a Diba ?
Eu tinha apenas vinte anos, e achava que aquele acordo de paz entre Judeus e Palestinos seria para valer mesmo, tão solenemente celebrado em Camp Davis, seria um marco em quatro mil anos de conflitos que iniciaram com a saída de Moisés pelo deserto do Sinai no Egito, fuga que demorou quarenta anos, depois disso teve a guerra dos 100 dias, dos 7 dias, de 1967 as guerras púnicas, sempre houve muitas guerras. Logo depois, John Lennon pedia uma chance à paz com "Give the peace a chance", e morreu em 8 de Dezembro de 1980 com 5 tiros na frente do seu apartamento no edifício Dakota em Nova York, o criminoso foi um admirador seu, um tal de Mark Chapman que veio do Hawaii. John Lennon não leu a biografia de Napoleão Buonaparte, este, sempre pedia Divina proteção dos amigos, porque dos inimigos ele mesmo sabia cuidar bem. Desde então, quantas lutas, quantas guerras, quantas intifadas, com homens bomba, mulheres bomba, crianças bomba, mísseis Qassam e Katyiusha contra os fighters F16, um poder descomunal do exército israelence contra um pequeno grupo o Hamas que usa bases civis para lançar seus mísseis, transformando uma guerra numa carnificina de civils, na grande maioria mulheres e crianças. Ontem, 12 de Janeiro de 2009, observei as fotografias da guerra lá na Rua XV de Novembro, na Boca Maldita de Curitiba, terríveis, fotografias muito chocantes, uma guerra que parece não ter fim. Imagens muito feias que nunca apareceram na grande mídia, mostrando a quantas andam os horrores na faixa de Gaza. O governo Brasileiro prontamente enviou medicamentos, água, víveres, caixas de mantimentos, através da Jordânia, mas o que me deixa perplexo é a morosidade das ações das Nações Unidas, a ONU e a indiferença dos EUA e das nações do Mundo Árabe. É preciso ter compaixão com aqueles que sofrem com uma guerra que nem sabem porque existe. Yes, I think to myself, what a wonderful world, Oh yeah ...

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Origens das Mudanças Climáticas





Hoje, 10 de Janeiro de 2009, Lua Cheia, apresentarei aqui, ao estimado leitor, algumas modestas reflexões sobre as alterações climáticas, suas origens e desdobramentos em nosso cotidiano. Mas, afinal de contas, quais lições devemos tirar destes fatos no encerramento fatídico do annus horribilis de 2008? Um ano que as perdas humanas em catástrofes ambientais chegaram a 225 mil pessoas. O homem mediano acredita num mundo ordenado, com energias estalilizadas, onde predomina a "Ordem e o Progresso", com desenvolvimento sustentável e sem as consequências (sem o trema) da daninha poluição. Uma idéia agradável, muito atraente, porém nada realística e muito fantasiosa. A história geológica da Terra é longa e muito acidentada em seus 4,65 bilhões de anos. A geodinâmica externa é um assunto fascinante, porém repleto de acidentes ambientais muito mais graves do que os ocorridos no vale do Rio Itajaí em Santa Catarina. Citarei alguns exemplos ilustrativos, os primeiros registros confiáveis de terremotos em Portugal são de 26/01/1531 com 30.000 mortos, e na China são de 23/01/1556 ocorridos em Shensi com 830.000 mortos, foi a maior mortalidade da história, devido a causas naturais. Na história natural da Terra, houve emanações vulcânicas, extremamente tóxicas, houve terremotos e maremotos, tsunamis, enchentes, meteoros e cometas causadores de cataclismos entre outras milhares de tragédias registradas. Mas, ficarei por aqui para não se alongar no enfadonho e pernicioso assunto. Todavia, algumas considerações deverão ser feitas quanto à ação do homem sobre o meio ambiente, chamaremo-as de "ações antrópicas" causadoras de mudanças ambientais como o aquecimento global, a elevação do nível dos mares, e o aumento das precipitações, que tendem a se intensificar cada vez mais, pois não estamos agindo de forma suficiente em direção da solução destes problemas, muito pelo contrário, estamos caminhando em alta velocidade a favor da Entropia, causadora das tragédias urbanas como as que presenciamos. Em primeiro lugar, as pessoas precisam enxergar os automóveis como uma "máquina térmica" e não como uma máquina que oferece somente "quantidade de movimento" na forma de "energia cinética" aos seus usuários. Em termos energéticos o rendimento mecânico líquido de um altomóvel não passa de 32%, nos melhores modelos 35%, a fração restante é em grande parte transformada em perdas térmicas, além do atrito, som, e eventualmente, em repentinas deformações mecânicas. Em termos de princípios físicos um moderno Rolls Royce é muito similar aos primeiros Ford T, os seus pistões levam pancadas de uma expansão resultante de uma explosão, que fazem girar o eixo do virabrequim ou a árvore da manivela, algo que em princípio, permanece. São os Motores à explosão.
Mudaram os acessórios, mas a eficiência mecânica, até piorou, um modelo V8 gastam muito mais por kilómetro rodado do que os primeiros Ford T, por incrível que isso possa parecer. Por isso, sou adepto dos automóveis movidos a baterias solares, são os mais eficientes em termos energéticos. Mas, voltemos a geocronologia, até o ano de 1700 a energia atmosférica estava estabilizada no planeta Terra, com eventuais emanações vulcânicas, mangues e pântanos que tem a sua emanação natural de CO2, porém com o advento das máquinas a vapor, das turbinas e das grandes fábricas e do Automóvel a coisa mudou de figura drásticamente; em apenas três séculos, que não é nada comparado com os 4,65 bilhões de anos de estabilização energética natural. Observe que, enquanto os vulcões produzem cerca de 110 milhões de toneladas de CO2 por ano, as atividades industriais adicionam à atmosfera em tôrno de 10 bilhões de toneladas por ano. As atividades antrópicas são as que envolvem as grandes queimadas das florestas e dos cerrados, as geradas pelos automóveis, caminhões, ônibus, trens, motocicletas, aviões, navios, fábricas de aço, petroquímicas, fábricas de cimento, entre muitas outras. Só para se ter uma idéia dos volumes que envolvem estas emanações de CO2, para se produzir 1,0 kg (um kilograma, escrito com "k") de cimento fabricado, temos como emanações, como "by-product" de 0,700 kg (setecentos gramas) de CO2, que envolve a descarbonatação das misturas cruas, secas e moídas (chamada de "farinha"). Este valor é o somatório da descabonatação do calcário com a fração da queima do coque, além da liberação de uma enorme quantidade de água na forma de emanações de vapores de água. São muito grande as emanações antrópicas, principalmente as liberadas pelos automóveis, caminhões, trens a óleo diesel e o querosene de aviação. Para se ter uma sensibilidade do números envolvidos, a quantidade de calor desenvolvida no carburador (ou na injeção eletrônica) de um automóvel, por litro de gasolina queimado, supondo que a gasolina seja apenas n-octano, C8H18, com massa específica de 0,7g/ml é de 7440kcal/l (kilocaloria por litro) , e a massa de água, na forma de gelo, que teóricamente, poderia ser fundida com este calor liberado é de 89,28kg. Portanto o derretimento do gelo das calotas polares, seguramente é uma realidade de causas antrópicas. Este calor liberado, ao lado da enorme quantidade de vapor que é o sub-produto dos hidrocarbonetos queimados certamente elevarão o nível dos mares e causarão grandes temporais e tsunamis com maior frequência do que foram observados antes da Revolução Industrial. Os mares subirão os níveis devido à maiores precipitação de chuvas, maior quantidade de calor gerada pelos veículos automotores, indústrias, trens, aviões, etc. Este vapor de água, que se acumulam nas nuvens, mais precisamente na altura da camada de mistura, onde todos estes fenômenos de precipitações e acúmulo da poluição ocorrem, no ponto que chamamos de "inversão térmica", onde a curva adiabática sêca se encontra com a curva adiabática úmida... Na altura da camada de mistura ocorre um grande acúmulo de vapor de água, e quando saturados, as precipitações na forma de chuvas, temporais e raios em profusão. Sim , raios , muitos raios. Tem mais. Lideramos o mundo em matéria de raios. Os números são do governo, 75 pessoas já morreram fulminados por raio em 2008. O Instituto Nacional de Pesquisa Espacial, o INPE organização acima de qualquer suspeita, afirma que até agora o recorde estava com o ano de 2007, quando 47 morreram de raio. Importante é salientar o fato científico, também divulgado pelo instituto em questão, de que o Brasil recebe, sofre ou acolhe uma média de 50 milhões de raios por ano. Agora, em 2009, na Bahia, quatro já morreram fulminados de raio. Lideramos o mundo em matéria de raios, portanto, devemos evitar a expressão "Raios que o partam", pois existe uma probabilidade relativamente alta de isto vir a ocorrer. Raios, trovoadas, temporais e chuvaradas são fenomenos que vieram para ficar , com as mudanças climáticas. Podem observar a frequência destes no nosso Brasil varonil.
Também tem o efeito estufa causado pelo CO2 entre outros gases como o Metano, o NOx, entre outros, que aquecerão a água com a reflexão de ondas devido o efeito do "albedo", além do fato que a água aquecida tem uma expansão volumétrica natural maior do que a água fria. O efeito de expansão tridimensional volumétrica precisará ser levado em conta, porque é bastante significativo para ser desprezado, porque este será somado com a grande quantidade de água gerada como subproduto de todas as combustão, causando aumento significativo das precipitações pluviométricas, devido ao equilibrio termodinâmico e a Lei da Gravitação Universal elaborada por Isaac Newton, esta água estava nas profundezas abissais na forma de Hidrocarbonetos, coque, carvão, madeiras, os átomos de Hidrogênio foram Oxidados e mudaram sua composição e estado fisico-químico. Como sabemos, toda queima de petróleo, gas natural, madeiras, carvão, coque, cerrados, gera principalmente CO2 e H2O, e outros gases como o SO2, que deverão buscar naturalmente, através das Leis da Física, a sua estabilização termodinâmica onde a Energia Livre, ou a Energia de Gibbs seja mínima, ou seja o Delta "Eg". - Mas tudo isto faz parte do mundo da Físico- Química e chama-se de "Entropia", aquilo que está em transformação, porque o estado natural de tudo é o Caos. Estudar a "Teoria do Caos" é importante para minimizar a Entropia, o homem luta com a natureza, e se esforça ao máximo em busca de uma Entropia Negativa, para conter o Caos Natural. Isto parece um assunto do ramo da ficção científica, mas não é, vou dar um exemplo simples para ilustrar o fato, como isso ocorre nas enchentes de Santa Catarina...

Acidentes Ambientais em Santa Catarina

Tempus Fugit ...Houve muita chuva em dezembro de 2008 em SC, o que fez o Rio Itajaí sair do seu leito normal, da sua cota normal, próximo do nível do mar até a cota 18,1 metros. Todavia, há poucos anos atrás já esteve na cota 11,0m em relação ao nível do mar, em outra enchente, parece que o rio está subindo anualmente. Resultado disso : "Entropia máxima", transforma tudo num caos, casas desabadas, falta de água, de luz, gás, de comida, crianças desaparecidas nas enchentes, perdas humanas, bens materiais e espirituais preciosos sendo perdidos, muita sujeira, lama e doenças endêmicas. A população, sensibilizada, quer ajudar, o espírito da fraternidade cristão está presente. Enviam centenas caminhões de doação, porém tudo misturado, gerando mais Entropia e o Caos... Nesta hora é preciso que o Exército, as Forças Armadas, junto da Defesa Civil terem voz de comando, voz ativa, para ensinar os fundamentos da Logística, ciência que os Militares dominam muito bem no que tange ao planejamento e a realização de projetos de salvamentos, desenvolvimento de tendas de campanha, obtenção e armazenamento de alimentos, transportes, telecomunicação em frequência reservada, distribuição das doações, reparação das linhas de abastecimento de gás, manutenção das tubulações e rede de distribuição de água energia elétrica em parceria com as concessionárias, evacuação das pessoas dos locais atingidos, alocação de materiais médicos para fins operativos ou administração de vacinas, recrutamento de voluntários, incorporação com outras unidades para evitar os saques e desvios, comuns nestas circunstâncias, instrução e adestramento de procedimentos, designação de médicos e enfermeiros, transporte dos desabrigados, visando o bem-estar dos sobreviventes e evacuação dos mortos, a hospitalização dos feridos e o desligamento de pessoal das áreas de risco; construção de restaurantes, cantinas e banheiros comunitários, solicitar reparação das rede hidráulicas e elétricas, manutenção e operação de instalações e acessórios destinados ao abastecimeto de gás, ajudar a instalação elétrica de emergência com grupo de geradores, construir pontes flutuantes de emergência, estabelecer contratos ou prestação de serviços com outras entidades para agilizar as operações. Isso tudo que foi escrito são itens que fazem parte da ciência militar chamada de "Logística" e deverá ser melhor estudado daqui para frente. Na prática houve uma série de caminhões que levaram as doações, todas muito misturadas, algo bastante complexo de ser separado no meio da água, da lama, à noite e no frio, com as pessoas molhadas e doentes. Sendo que nos princípios da Logística, deveria haver uma triagem prévia das doações em Caminhão de água potável, Caminhão dos produtos de Higiene (Papel Higiênico, Fraldas, Sabonetes, Toalhas, Pastas, Escovas, Detergentes, Modess, etc.), Caminhão das Roupas de Adulto, Caminhão de Roupas de Crianças, Caminhão de Víveres, Caminhão dos Grupo Geradores de Energia. São lições que deverão ser estudadas, pois estes tipos de "Acidentes Ambientais" podem se tornar bastante frequentes, uma vez que são diretamente proporcionais às "Alterações Climáticas". Na realidade faltou prevenção nas enchentes de Santa Catarina. É dever do Estado proteger o cidadão, é responsabilidade do Estado que sejam desocupadas as áreas favoráveis a processos geológicos perigosos, pois eventos como esse podem ocorrer em diferentes regiões do país a qualquer momento, e precisamos desta capacitação em ações de Logística. É fundamental que sejam feitos levantamentos georeferenciados da região atingida, pois o Rio Itajaí já transbordou 11 metros da sua cota normal e agora 18 metros. Temos que mapear os municípios de riscos ambientais do Brasil e transformar as fotografias georeferenciadas, e os mapas escaneados em vetores.
É de grande importância que os serviços de Aerofotogrametria e Fotointerpretação sejam realizados o mais rapidamente possível e suas análises de risco sejam discutidas com a população ribeirinha. Não adianta reconstruir a cidade sem observar os riscos topográficos, que deverá obedecer as Leis de Uso e Ocupação do Solo. Temos que tirar lições dos erros, das negligências, das omissões que são observadas nestes casos. Finalizando este ensaio sobre os Acidentes Ambientais, recomendando a todos andarem com fé, porque a fé não costuma falhar, mas também é bom estudar a física, a logística, os fundamentos da geotecnia e colocá-los para trabalharem a nosso favor, uma vez que suas leis jamais poderão ser revogadas.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Academia de ginástica recicla energia dos clientes


A geração de novos empregos, fora da economia linear, deverá, necessariamente quebrar velhos paradigmas. Uma academia de ginástica nos Estados Unidos instalou nas rodas da bicicletas, geradores que reciclam a energia gerada pelos clientes enquanto eles se exercitam. The Green Microgym, em Portland, no Estado americano de Oregon, conectou um gerador às rodas das bicicletas que converte a energia cinética em energia elétrica. É claro que inicialmente é um sistema mais caro de ser instalado do que os sistemas convencionais, todavia , após instalado, tem as suas vantagens garantinas ao longo prazo. A energia elétrica gerada, alimenta esteiras e equipamentos diversos de ginástica, ela é armazenada num bateria, e alimenta a televisão, as esteiras e até um liquidificador que faz as nutritivas vitaminas para os usuários tomarem após a malhação. A pequena academia já conta com painéis de energia solar, e está preocupada com a economia de energia. Esta academia está atraindo uma clientela preocupada com a ecologia. São pessoas que apreciam a idéia de reciclagem energéticas, e se interessaram em frequentar a academia para verificar o funcionamento dos equipamentos. O dono da academia, George Comally, disse que a tecnologia para o reaproveitamento da energia humana existe, mas ainda não compensa finaceiramente. Este é um desafio para empresas fabricantes de equipamentos, que deverão aplicar milhares de dólares para modificar os seus equipamentos e se adequarem aos novos tempos.
Fonte BBC News em 2 de Janeiro de 2009.