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terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Ensaio sobre a Paz

WHAT A WONDERFUL WORLD...
Louis Armstrong , George Weiss & Bob Thiele

I see trees of green, red roses too
I see them bloom for me and you
And I think to myself, what a wonderful world
I see skies of blue and clouds of white
The bright blessed day, the dark sacred night
And I think to myself, what a wonderful world
The colours of the rainbow, so pretty in the sky
Are also on the faces of people going by
I see friends shakin' hands, sayin' "How do you do?"
They're really saying "I love you"
I hear babies cryin', I watch them grow
They'll learn much more than I'll ever know
And I think to myself, what a wonderful world
Yes, I think to myself, what a wonderful world
Oh yeah ...

Amigos, vou contar uma história sobre a paz para voces. Era verão de 1978, estava iniciando os meus estudos em Química, quando assiti o "Acordo de Camp David" pela TV, que já era à cores. Estou muito bem lembrado, Menahen Begin e Anwar El Sadat, num aperto de mãos que parecia ter durado séculos. Nunca vi um aperto de mão tão demorado como aquele, parece que tinham colado as mãos. Tudo anunciava uma paz sólida e duradoura. Fiquei emocionado quando ao fundo tocava a música "What a wonderful world" na voz grave de Louis Armstrong, tudo muito bem orquestrado. O encontro foi organizado no governo do Jimmy Carter, um homem pacífico e afável, capaz de tolerar uma invasão da embaixada dos EUA no Irã por longos 444 dias ininterruptos, enfrentou a longa crise sem apelar para nenhum tipo de ignorância, nenhum artefato atômico. Todavia este evento enfrequeceu muito o seu governo e lhe custou a sua reeleição. Nesta época iniciou o regime teocrático do Imã Aiatolah Ahmad Khomeini, homem severo e de grande autoridade moral no Irã. Tempos de paz e de grande influência do poder feminino num mundo polarizado. Tudo o que acontecia na casa branca tinha que ter a anuência da Rosallyn Carter, que era consultada para os mais diversificados assuntos. Rosallyn também consultava a comunidade da Igreja Baptista e, é claro, estava presente na solenidade ao lado do marido e da sua encantadora filha "Amy". Todavia, eram tempos difíceis, para o Xá Reza Pahalev, que tinha sido apeado do poder pelos Imãs e para sua bela espôsa Farah Dibah; não sabiam o que fazer sem as mordomias da antiga Pérsia. Pouco tempo depois, o Xá Reza veio a falecer e todos indagavam, enquanto rezavam - O que Farah a Diba ?
Eu tinha apenas vinte anos, e achava que aquele acordo de paz entre Judeus e Palestinos seria para valer mesmo, tão solenemente celebrado em Camp Davis, seria um marco em quatro mil anos de conflitos que iniciaram com a saída de Moisés pelo deserto do Sinai no Egito, fuga que demorou quarenta anos, depois disso teve a guerra dos 100 dias, dos 7 dias, de 1967 as guerras púnicas, sempre houve muitas guerras. Logo depois, John Lennon pedia uma chance à paz com "Give the peace a chance", e morreu em 8 de Dezembro de 1980 com 5 tiros na frente do seu apartamento no edifício Dakota em Nova York, o criminoso foi um admirador seu, um tal de Mark Chapman que veio do Hawaii. John Lennon não leu a biografia de Napoleão Buonaparte, este, sempre pedia Divina proteção dos amigos, porque dos inimigos ele mesmo sabia cuidar bem. Desde então, quantas lutas, quantas guerras, quantas intifadas, com homens bomba, mulheres bomba, crianças bomba, mísseis Qassam e Katyiusha contra os fighters F16, um poder descomunal do exército israelence contra um pequeno grupo o Hamas que usa bases civis para lançar seus mísseis, transformando uma guerra numa carnificina de civils, na grande maioria mulheres e crianças. Ontem, 12 de Janeiro de 2009, observei as fotografias da guerra lá na Rua XV de Novembro, na Boca Maldita de Curitiba, terríveis, fotografias muito chocantes, uma guerra que parece não ter fim. Imagens muito feias que nunca apareceram na grande mídia, mostrando a quantas andam os horrores na faixa de Gaza. O governo Brasileiro prontamente enviou medicamentos, água, víveres, caixas de mantimentos, através da Jordânia, mas o que me deixa perplexo é a morosidade das ações das Nações Unidas, a ONU e a indiferença dos EUA e das nações do Mundo Árabe. É preciso ter compaixão com aqueles que sofrem com uma guerra que nem sabem porque existe. Yes, I think to myself, what a wonderful world, Oh yeah ...

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