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sexta-feira, 26 de junho de 2009

Cigarros: Sublimes ou Malditos ?

John Wayne estava num set de fimagem lá no Arizona, na terra de Marlboro, subindo uma serra deveras íngreme, ele e o seu cavalo baio muito cansados. Abre o bolço da sua camisa xadrez de cowboy e tira um cigarro Marlboro, dá uma profunda tragada, daquelas que faz o teor da nicotina chegar até o dedão do pé...
- Um suspiro profundo... Arrgghhh... e caí do cavalo baio, que tudo observa atônito. John Wayne, pede para o seu cavalo chamar os para-médicos da equipe de filmagem, que chegam rapidamente, tomam o pulso, respiração artificial, massagem cardíaca para reanimar o desanimado e semi acordado John Wayne. Que balbucia, e babando as suas últimas palavras, o seu derradeiro desejo: - Please me one fag, gimme one fag, the last one cigarette... please now... O cavalo providencia e acende o isqueiro, numa profunda tragada John Wayne, tomba desfalecido, abandonando o set de filmagem da terra de Marlboro para sempre.
MORAL DA HISTÓRIA " Se o seu vício atrapalha o seu trabalho, pare de trabalhar..."
A história acima é uma lenda, imitando Guimarães Rosa, diria que uma mentira é a do que mente e a outra é do escutador. Fumei muitos anos, era muito gostoso, mas terrivelmente difícil de deixar de fumar, que vício malígno. Nos anos 70 eu vi o saudoso Ministro Mario Henrique Simonsen fumar Minister e tomava em algumas talagadas uma meia garrafa de wiskey Logan. Era um Keinysiano convicto, um homem profundamente erudito, engenheiro civil, economista, físico, gostava de música clássica, entrava nos domínios da tese de doutoramento em Sorbonne de Nicholas Georgescu Regen sobre Entropy and Economic Process. Não sei se era eu que me impressionava demais com palavras nos meus vinte anos ou o Ministro que era o rei das cocadas, mas o banqueiro impressionava quando defendia o Estado do Bem Estar Social, o Well Faire State , gostava do tal do Keines. Entre uma tragada e uma talagada ia derivando sobre a função do Estado. Talvez este Ministro, que também era banqueiro, nem fosse tão convincente assim, mas jamais vou esquecer das suas articuladas entrevistas e palestras, perto dos que o sucederam... Os sucessores - vae victis -, acho melhor pular este capítulo, é melhor deixar para lá.

O tempo passou, o tempo voou, e nem a Caderneta Bamerindus continuou numa boa, foi comprado pelo Banco HSBC e o homem do chapéu Panamá, que não se conformava em perder o seu Banco, o Bamerindus, não conseguiu entrar numa linha mole de créditos podres na época que o FhC salvou bancos e tamboretes como o Banco Marka e o Banco Fonte-Sindan, num dos capítulos dos mais obscuros do capitalismo da Terra Brasilis, num ad nauseam prende e solta o Salvattore Cacciola, o banqueiro dos habeas corpus. Mas, quando o Ministro Simonsen falava o pessoal abaixava as orelhas e o escutava respeitosamente, depois disso muitos ministros o sucederam, mas nenhum com a sua maestria, sapiência e erudição. O tempo foi severo com Mario Henrique Simonsen, morreu de câncer com poucos 57 anos, morreu jovem. Banqueiro é uma raça execrável, é bem verdade, se existe inferno como descrevia Dante Alighieri na Divina Comédia, tem Banqueiro queimando no sétimo nivel da ganância e da avareza, mas confesso que gostava do tal do Simonsen.
Pouco tempo depois, com 66 anos meu pai morreu de enfisema pulmonar. Tinha uma tosse terrível e incurável que parecia desejar ansiosamente expelir a alma aflita, eram duas carteiras de Continental por dia. E em seguida meu ex-sogro morreu de câncer no pulmão com 57 anos, três carteiras de cigarros Plaza por dia, fumou até o fim. Antes da radioterapia, fugia para umas tragadas escondidas no banheiro do hospital. Acompanhei bem de perto estes processos de extinção, foram muito deprimentes, degradantes. Nesta época é que deixei de fumar, tinha uns 30 e poucos anos. Mas, gostaria de enfatizar que foi extremamente difícil deixar o maldito vício. Foram muitas tentativas frustradas, muita ansiedade, muito sobrepeso. Fumar é um habito realmente nojento.

Houve avanços na área de combate ao tabagismo com o Ministro José Serra, sem dúvidas. A coleção de fotografias que são gravadas nos maços, tem um impacto visual bastante significativo, são fotos com mensagens impactantes "de facto", que fazem lembrar todos os males causados pelos cigarros. Mas, uma coisa que acho que poderia funcionar, seria elevar o preço do cigarro. No Brasil, os cigarros são muito baratos, extremamente baratos, pouco mais de US$ 1,00 (apenas um dólar) por maço, é muito pouco. Talvez um valor de uns R$ 10,00 (Dez Reais) poderia ser um auxiliar financeiro para os que estão em dúvidas sobre largar o famigerado vício.

Nas últimas semanas, tivemos 228 baixas no trágico voo do Airbus A330 da Air France, mais o Michael Jackson e a Farrah Fawcett Major. Acho que a mídia foi tendenciosa com os últimos célebres falecidos. O Michael Jackson teve ampla cobertura enquanto a divina Farrah Fawcett Major só um canto de página e poucas linhas nos obtuários, ela era uma Pantera nos anos 70.
O outro, que era negro puro sangue, foi ficando branco como se tomasse banhos diários com água sanitária alvejante Q-Boa. Também não sei se eles fumavam ou não, mas foram 230 baixas significativas no mes. Entre todos estes mortos, não há feridos, eu estou vivo, mas sinceramente sinto muito por todos, meus sentimentos.

sábado, 13 de junho de 2009

O que a indústria aeroespacial espera não ter causado o acidente do Airbus do voo AF447

Parecer da New Scientist, em 08 junho de 2009 por Paul Marks.
Pelas mesmas notícias, visite o comentário e análise, em 'Aviação Temas e Guias'
A causa da destruição do Airbus do voo da Air France AF447 sobre o Atlântico em 31 de Maio de 2009, permanece um mistério. Mas, de todas as possibilidades, para uma indústria da aviação, a provavelmente mais preocupante, é uma falha estrutural no projeto de componentes de fibra de carbono. Se a aeronave não foi capaz de lidar com as tensões causadas por condições climáticas feroz ao largo da costa do Brasil, a indústria poderá ser obrigada a repensar o seu grande plano para substituir aviões fabricados com os metais leves (como alumínio e titânio), pelos fabricados a partir de materiais sintéticos os Compósitos de Carbono.
Fabricantes de Aeronaves, foram gradualmente introduzindo peças feitas de plástico reforçado de fibra de carbono (CFRP) ao longo das últimas duas décadas. Em poucas semanas, a primeira aeronave com fuselagem pressurizada e projetada com CFRP , o novo Boeing 787, fará seu vôo inaugural. O segundo, o Airbus A350, seguirá em 2012. A passagem para a CFRP é a maior mudança nos modelos das aeronaves desde a introdução das aeronaves pressurizadas, todas em alumínio, na década de 50. O CFRD é muito mais leve do que o alumínio, para os aviões poderem transportar mais passageiros e carga, com a mesma quantidade de combustível, com cortes nas faturas de combustível e nas emissões de carbono. Mas foram levantadas questões sobre a sua segurança em comparação com os de Alumínio. Alta tensão As aeronaves são projetadas para lidar com 1,5 vezes na força máxima, são sempre esperaradas forças maiores para se experimentar, incluindo a acelerações vertical de até 2,5g. Mas as estimativas das forças que uma aeronave poderiam experimentar poderia estar sendo subestimada.
Em 2003, os US National Transportation Safety Board tem estudado turbulência que danificam aviões e avisou que "aviões podem estar suportando forças superiores a concepção e certificação de cargas com mais frequência do que as anteriormente conhecidas". Houve caso de um avião que já tinha experimentado a força de 4,3g. David Maass, um especialista em aviação com materiais da Flightware de Guilford, Connecticut, diz não ter ainda sido feitas chamadas para aviões, metais ou compostos, que deverão ser mais forte. "Mas podemos sempre aprender novos fatos que poderíamos chamar antes de pressupostos em causa", acrescenta. Incidentes anteriores As caixa pretas do voo AF447 com gravadores têm ainda de ser recuperadas, tornando difícil de trabalhar as causas da queda. Mas dados meteorológicos indicam que o Airbus A330 - que teve uma de fibra de carbono do tailfin, a barbatana do leme e flaps - voaram em uma tempestade ao largo Brasil, encontrando updrafts feroz que se deslocavam a 160 quilómetros por hora. Alguns têm especulado que massa de gelo no ar bloquearam os sensores de velocidade, as sondas Pitot e podem ter enganado o computador da aeronave, estavam voando demasiado lento ou demasiado rápido. Outra possibilidade é que a força brutal da tempestade quebrou o avião. Outra possibilidade é falha estrutural, implicados em vários incidentes anteriores envolvendo aviões com componentes de fibra de carbono.
Em 2001, um Airbus A300 ao sair de Nova York bateu numa forte turbulência na esteira de um jato anteriormente decolado. Para tentar controlar o avião, no pânico, repetidamente o piloto moveu o leme de um lado para o outro, criando forças enormes que bateram no alto da barbatana caudal de fibras de carbono . O avião caiu, matando 265 pessoas. Em 2005, passageiros de um Airbus A310 teve uma sorte de escapar quando o piloto conseguiu aterrar, apesar do leme da aeronave de fibra de carbono ter se rompido no meio do voo. A posterior investigação encontrou indícios de que testes podem passar peças compostas de carbono neste padrão de segurança interna, apesar de ter falhas. Novos materiais em Aviões com compostos de carbono, como parte do que pode ter sido fabricado o Airbus do voo AF447 estão voando por mais de uma década. Mas a próxima geração de todas as aeronaves de fibra carbono ainda não foram testadas quanto ao stress e rachaduras até a casa dos milhões de horas de voo necessárias para provar que são tão duras e seguras como as suas antecessoras de alumínio.
Se o acidente do voo AF447, envolveu outra falha de uma parte de compósito de carbono, isso aumentará a pressão para rever as regulamentações de segurança. E com uma série de grandes e caros aviões de fibra de carbono, que já estão prontos para voar, deverão ser reprojetados, isso é uma coisa que as indústrias aeroespaciais espera que não seja necessário.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

A Poluição Eletromagnética

A Poluição Eletromagnética (PEM) torna a vida cada vez menos suportável para citadinos das grandes cidades do mundo. Em Moscou, durante muitos anos, há informação, de que um grupo de amigos dos velhos tempos, (todos antigos moradores de Moscou), tinham o hábito - cada vez que se encontravam- de se queixarem mutuamente que em Moscou se sentiam muito pior do que em outros locais. Comentavam que em nenhum outro lugar tinham estes sintomas, até mesmo a uma centena de quilómetros de Moscou sentia a pressão arterial voltar ao normal, declara Svetlana, 50 anos a Lyudmila Alexandrova. Mas logo que estava em casa, todos os seus males crônicos pareciam despertar. Todas as pessoas na empresa, facilmente aceitavam o convite para compartilhar a sua própria triste história. Então eles vão parar de discutir sobre as causas. Se é uma coisa de Karma de um lado e todas as coisas Esotéricos e outros disparate de outro, apenas uma coisa que é realmente deixada de lado : "A ecologia"
No entanto, em termos de poluição plena do ar em Moscou, não é pior do que em outros lugares. Mas, há algo que também deve ser o culpado. Ultimamente as pessoas têm estado cada vez mais preocupadas com a poluição eletromagnética. Os meios de comunicação social têm sido rápidamente pressionado para trazer esta teoria das usinas. Por força da Mãe Natureza e do nosso capricho, nós, seres humanos, estamos com medo só das coisas que se pode sentir, ver, ouvir e não das poluições invisíveis como as radiações. Todo o resto, para nós, simplesmente não existem. Basta recordar as aldeias babushkas que após vários anos da catástrofe de Chernobil estariam escondidas em zonas de exclusão ao redor da Usina Nuclear no prosseguimento do incrivelmente grande cogumelo de radiação que se formou. O mesmo é verdade da poluição eletromagnética diária. A maioria simplesmente não presta atenção para isso - até o próprio dia em que são encaminhadas para um hospital com algum diagnóstico letal. Tal qual uma linha de alta tensão, uma linha passante ao lado de sua casa. Ou uma operadora de celulares, dona de antena nas proximidades do telhado de um edifício vizinho, com alta potência de emissão. Um poderoso transformador no porão de um edifício ou ao lado de um apartamento do edifício. Um apartamento urbano é construído para uso doméstico com capacidade de uso de eletrodomésticos e eletro-eletrônicos. Além das conversas infinitas com os celulares. O espectro eletromagnético é muito amplo, somado as ondas de rádio, TV, micro-ondas, ondas das mais diversas fontes. Horas são gastas em frente dos monitores dos computador, apesar que os monitores de tela fria tipo LCD são menos perigosos.

Mas, estes não são exatamente o que se chama de um ambiente saudável em termos eletromagnéticos. Especialistas dizem que essas são apenas algumas das muitas maneiras pelas quais nós vamos encurtar nossa existência terrena. Em uma grande cidade alguma deverão ainda acrescentar na superfície o trem elétrico alimentado por energia de transporte, e nas capitais, como Moscou - o equipamento smart (que não é muito familiar para os leigos), mas protege escritórios governamentais de escuta, e assim por diante.
Numa palavra, há um milhão de motivos para o problema da pressão arterial alta, juntamente com os problemas quotidianos ordinário. O termo "poluição eletromagnética do ambiente global" PEM foi oficialmente instituído pela Organização Mundial da Saúde em 1995. A OMS, em seguida, colocou o problema na lista de prioridades desejadas pela humanidade. O sistema nervoso humano é extremamente vulneráveis aos efeitos da PEM. Seus distúrbios funcionais desencadeiam disfunções em outros sistemas do corpo humano, incluindo o sistema endócrino e processos metabólicos e reprodutivos. O organismo está sensível a múltiplos riscos para o PEM é particularmente elevado. Em tal situação ocorre há o efeito acumulativo. Reações seguiram como resultado de uma combinação de fatores que nenhum dos quais é incapaz de causar muito dano, se tomadas isoladamente. Escorregamento de terrenos são efeitos observados em caso de exposição prolongada e continuadas para a PEM. A Radiação eletromagnética altera os delicados domínios da energia ao redor do corpo humano e cria vários tipos de perturbações nervosas.
Nossas casas estão a ser preenchidas cada vez mais com eletrodomésticos, mas o pior dano, de acordo com especialistas, é feito por televisores comuns, CPU de computadores, antena parabólica, telefones móveis e fornos micro-ondas. Segundo o Centro de Segurança Eletromagnética da Rússia diz o diário Komsomolskaya Pravda, a maioria dos Moscovitas suportam uma alta radiação eletromagnética ambiental. O centro de especialistas estão certos de que a poluição elétrica seja tão perigosa do que o smog das planícies urbanas. A alteração do campo eletromagnético é o promotor de todas as doenças, explica o diretor do Centro de Radiação Eletromagnética, Oleg Grigoriev. Ele interage com o campo eletromagnético do corpo humano e o suprime em algum sentido. Coloque um celular perto de um determinado rádio e haverá ruídos. Um grupo de ondas eletromagnéticas interfere com as outras ondas. O mesmo acontece quando colocamos fones móveis nos ouvidos. Radiação eletromagnética provoca problemas cardíacos e doenças oncológicas, abala o sistema nervoso e pode até desencadear doenças psíquicas. Mas na maioria das vezes poluição eletromagnética faz o corpo mais fraco, destrói a imunidade natural e agrava as doenças crônicas.
Moscou está saturada com gadgets tecnológicos, em maior medida do que em qualquer outra cidade da Rússia diz Grigoriev. Nosso metrô é um dos maiores do mundo. E a força do campo eletromagnético, há 1.000 vezes em que o ambiente natural. Aliás, cada usuário médio do metrô de Moscou (de 8 a 9 milhões de usuários por dia) gasta 42 minutos por dia nos subterrâneos. E durante todo esse tempo, os passageiros estão expostos a um forte campo eletromagnético. Além disso, Moscou tem uma das mais longas redes do país rede de bondes e trólleis, em rotas de 1.400 km. Em tais veículos movidos com motor elétricos o campo electromagnético é de 600 à 800 vezes mais forte do que o background encontrado na natureza.
- Se você dirige? Então você deve estar ciente de que existe a fiação elétrica em todos os lugares ao redor, mais o computador de bordo, o aquecimento do banco e o ar condicionado. Há eletricidade em todas as partes e a força do campo eletromagnético é de 500 a 700 vezes à de base de uma fonte natural. Próximo aos celulares, existe um telefone móvel por moscovita em média. Trata-se da comunicação celular, que cria o máximo de problemas para as populações urbanas. Em primeiro lugar, em Moscou as pessoas estão constantemente em movimento e muitas vezes eles têm que falar com os celulares andando. Em segundo lugar, estão as estações base dos celulares as operadoras em geral. Em Moscou, não há lugar para construir torres para transmissão, explica. Então eles estão fixados sobre os telhados dos prédios. Em alguns casos, quatro ou cinco deles em um único lugar. Se as antenas forem posicionadas em um ângulo errado, os transmissores enviam radiações nocivas para os apartamentos dos prédios vizinhos.
Cada apartamento em Moscou é um denso campo magnético. Na maioria dos prédios em áreas residenciais as pessoas dormem próximas a subestações de energia elétrica que estão nos terrenos ao lado. Se forem colocados e montados em violação das regras, o campo magnético da subestações podem repercutir tanto quanto apartamentos vizinhos.
Dentro dos limites da cidade, diz o jornal, há 1.140 quilômetros de linhas elétricas de alta tensão. As autoridades mantêm promessas para substituí-los por cabos subterrâneos, mas este programa será prorrogado até 2025. A área sob a alta tensão é muito forte e construção de habitações perto delas é proibida. Existe uma forma de proteger-se dos campos elétricos? Especialistas no Centro de Segurança eletromagnética aconselham todo mundo a colocar aparelhos elétricos (por exemplo, despertadores a energia elétrica) longe da cama. Não mantenha seu celular sob o travesseiro nunca. Ao ligar para um número de seu celular, não colocá-lo imediatamente no ouvido. Basta olhar para o display e aguarde a conexão se completar. O momento em que o telefone estabelece o contacto com um outro assinante a radiação é a mais forte. O Chefe do Laboratório do Instituto de Física Geral da Academia Russa de Ciências, Vladimir Bingi, é citado pelos escritores russos semanalmente na Literaturnaya Gazeta como dizendo que a Technogenia do campo eletromagnético em muitos países já ultrapassaram o ruido de fundo natural, chamado de background, centenas ou mesmo milhares de vezes. A curto prazo fatores são uma coisa tolerável. O corpo humano pode lidar com elas.
É muito pior quando quando somos confrontados com a exposição sistemática e contínua, disse ele. Neste sentido, a vida na floresta ou no interior parece perfeita. As árvores e arbustos altos aliviam consideravelmente o campo electromagnético, pois funcionam como uma espécie de uma tela de proteção. Há um bem estar e ninguém tem nada a se queixar, disse Lyudmila Alexandrova. Nas cidades do interior haverá um motivo a menos para pegar um celular e fazer uma chamada telefonica para um amigo, pois as distâncias são muito próximas e pode-se falar pessoalmente ou usar os telefones fixos.

Fonte ITAR-TASS World Service 10/06/2009, por Lyudmila Alexandrova
" Electrical pollution makes life ever less livable for city dwellers "

segunda-feira, 8 de junho de 2009

A Sociedade em Transe

Toda sexta-feira à noite começa o shabat para a tradição judaica. Shabat significa 'contra ritmo' em hebraico. Um conceito que propõe descanso ao final do ciclo semanal de produção, inspirado no descanso divino no sétimo dia da Criação. Muito além de uma proposta trabalhista já conquistada em grande parte das sociedades do planeta, o shabat entende a pausa como fundamental para a saúde de tudo que é vivo. A noite é uma pausa que foi perdida há muito tempo na sociedade que vira turnos. Até hoje nunca encontrei uma pessoa sequer, realmente adaptada ao regime de turnos. O que se observa é uma adaptação forçada pelas contingências da vida moderna e dos processos contínuos da Economia Linear que não podem parar. Para a grande maioria o mês passa rápido, porém menos rapidamente que o salário. Para uma minoria em que o salário dura mais que o mês, não há tempo para desfrutar este excedente de ganhos. Quando se percebe o ano já passou. Do jeito que vivemos não tardará muito, o milênio já se foi.
O dia de não trabalhar não é o dia de se distrair literalmente, "tornar desatento". É um dia de atenção, de ser atencioso consigo e com sua vida. A pergunta que se fazem as famílias no descanso: - O que vamos fazer hoje ?
É marcada muitas vezes por ansiedade. Muitos sonham com uma longevidade de 120 anos quando não sabem o que fazer numa tarde de domingo. O tempo por não existir faz mal a quem quer controlá-lo. Quem ganha tempo, por definição sempre perde. Por outro lado, quem mata tempo, fere mortalmente um princípio do capitalismo. O que envelhece as pessoas é a ilusão de fazer do tempo uma mercadoria ou um artigo. A pausa é que dá o sentido à caminhada, a pausa é que traz a surpresa e não o que vem depois.
Onde não há pausa, a energia vital lentamente se extingue. Para um mundo no qual funcionar 24 horas por dia ainda não é o suficiente; onde o meio ambiente e a terra pedem uma pausa; onde nós mesmos não suportamos mais a falta de tempo. Quando tudo é urgente, tudo é para ontem, o shabat se torna uma necessidade do planeta. A terra viva, segundo a teoria Gaia, nós e nossas famílias precisamos da pausa para revigorar as energias. Prazer, vitalidade e criatividade dependem destas pausas que estamos negligenciando. Hoje o tempo de "pausa" é preenchido por diversão alienante. O lazer não é feito de descanso, mas de ocupações para não deixar de consumir. A própria palavra "entretenimento" indica o desejo de não parar. É a busca de algo que nos distraia para que não possamos estar totalmente presentes.
Estamos cansados mesmo quando descansando. A incapacidade de parar é uma forma neurótica em que o tempo é dinheiro. O lazer massificado baseado em pacotes turísticos, com tempo cronometrado para visitação nos museus, paradas programadas para fotos, visitas programadas para monumentos, filas para a roda gigante, filas para o trem bala, longas esperas em aeroportos, minuciosos check-in. Longas filas para aproveitar experiências pouco interativas. Fim de dias com gosto de vazio; um divertimento que não é nem ruim nem bom. Dias prontos para serem esquecidos, não fossem as fotos e a memória de uma expectativa frustrada que ninguém revela para não dar o gostinho ao próximo, este é o lazer pós-moderno.
O novo milênio traz um mundo em que as metrópoles viraram um grande shopping. A Internet e a televisão não dormem. As bolsas de valores do Ocidente e Oriente se revezam fazendo do ganhar e perder, das informações e dos rumores, uma atividade neurótica e incessante. Hoje não se consegue parar a não ser que seja no fim. Mas as paradas estão para toda caminhada e por todos os processos. No pensamento linear o tempo utilizado em manutenção de máquinas e aviões é considerado um tempo perdido, que deverá ser minimizado continuamente, porém este é o tempo de descanso das máquinas. Matematicamente, tudo o que é minimizado continuamente, no limite, tende a desaparecer.
Este paradoxo do capitalismo torna-se perigoso quando tratamos de manutenções de aeronaves, por exemplo. A manutenção preventiva dos aviões envolve operações bastante sofisticadas, envolve conceitos de Engenharia de uma máquina que não pode falhar, porque não pode parar durante a operação. A competitividade cada dia mais exacerbada motivada pela insana ganância da Economia Linear proporcionou contínuo aumento da utilização dos transportes aéreos. Empresas aéreas recém criadas com ascensão e quedas meteóricas, cujos prêmios que recebem da mídia perdulária são proporcionais aos acidentes aéreos. Já é hora do ANAC , A Agência Nacional de Aviação Civil, tomar ações com os freqüentes acidentes envolvendo aviões de linhas comerciais, são muitas panes, no curto prazo, faltam respostas claras. No mundo, a maioria das empresas aéreas são deficitárias, elas apresentam o que se chama a falha do mercado. Neste caso, é imprescindível a ação firme do governo nas ações que forem necessárias. O mercado não tem a virtude de se auto-regulamentar, num ambiente de extrema competitividade. As empresas aéreas precisam oferecer tarifas competitivas, qualidade nos serviço de bordo, pontualidade nos horários, pagar bons salários, garantir horários de descanso dos pilotos e comissários, manter as manutenções das aeronaves em dia e gerar bons lucros para a satisfação dos acionistas, são muitos objetivos para serem atingidos simultâneamente. Certamente a pausa para o descanso das aeronaves na manutenção não está sendo obedecida. Quanto às reivindicações trabalhistas, são desprezíveis no mundo globalizado onde há excesso de mão de obra. Todos estes fatos fazem parte do medonho cotidiano pós-moderno, na chamada "sociedade de mercado". Portanto, sejamos realistas, quem tem maior importância, maior poder decisório, nas operações das empresas aéreas? O Gerente Financeiro ou o Gerente de Manutenção ? Dentro da Economia Cíclica é imperioso que seja o Gerente de Manutenção, porque este deverá saber a hora de parar os aviões para a manutenção, independentemente dos compromissos contínuos das vendas de passagens, se uma sonda pitot precisa ser trocada, pare o avião, até o serviço de manutenção ser realizado corretamente. Mas,
sem acostamentos para fazer manutenções nas rotas aéreas, a vida nas empresas parece fluir mais rápida e eficiente quanto mais justos forem os horários entre os voos e as escalas. Porém, manutenções negligenciadas, falhas humanas dos pilotos e dos controladores de vôos devido à falta de pausas para a manutenção humana e das máquinas são desastrosas.
Enquanto os passageiros estão dormindo, entretidos com seus jornais, assistindo filmes, fazendo refeições ou tomando drinques existem milhares de componentes eletrônicos, mecânicos, elétricos e hidráulicos trabalhando de forma integrada com os fatores humanos, sociais, econômicos; interações bastante complexas entre homens e máquinas em vários níveis de responsabilidades e complexidade. Uma simples sonda medidora de velocidade do tipo "pitot" pode congelar e colocar um grande Airbus A320 com 228 pessoas no fundo do oceano.
Nos Airbus, milhares de informações são trocadas entre os diversos computadores de bordo com as torres de controle terrestres, entre GPS com os satélites. As falhas são inerentes às maquinas, portanto para se elevar o padrão de segurança dos transportes aéreos o tempo de manutenção das máquinas e o tempo de descanso dos funcionários deverá ser rigorosamente obedecido pelas empresas e revisado pela ANAC, mas não é o que se verifica no cotidiano; as falhas humanas e mecânicas têm aumentando significativamente. Os erros acontecem num tempo infinitesimal, porque os olhos não têm muito tempo para ver e recorrer à memória para recuperar o que a retina apreendera e reavaliar as informações. O futuro está tão rápido que se confunde com o presente. Para exemplificar esta velocidade espantosa nas tomadas de decisões, citamos o futuro trágico do avião da Air France que ocorreu em 31 de Maio de 2009. O piloto do avião Airbus A320 teve apenas 4 minutos para avaliar e processar uma informação errada dos medidores de velocidade Pitot, acabou desviando da rota de forma trágica, causando a morte de todos os 228 passageiros, na maioria executivos que iriam a Paris. Por outro lado, os pilotos russos exigem melhores condições trabalhistas. Segundo matéria publicada por ITAR-TASS World Service Russia, Sábado, 28 de Fevereiro de 2009 de acordo com a Aeroflot, mais de 160 comandantes e co-pilotos voando aviões de grande porte como A320 e Boeing-767 assinaram um recurso solicitando melhores condições de trabalho. Esses pilotos são os de maior procura. disse a fonte do jornal RBC Daily, acrescentando que os atendentes de voo podem participar no protesto, porque têm de conciliar-se com violações de normas trabalhistas. Não haverá greves, estas estão proibidas na legislação russa, disse outro representante da transportadora aérea Aeroflot, na condição de anonimato. No entanto, se as demandas dos empregados são ignoradas, várias dezenas de membros da tripulação que podem instantaneamente serem afastamentos do cargo no mesmo dia. Além disso, algumas aeronaves permanecerão em terra devido ao menor número de defeitos críticos, pois eles são um motivo suficiente para que o comandante da aeronave declarar que esta "não é operacional". Os funcionários da transportadora aérea reconhecem que as regras na Rússia sobre o tempo de voo, são regras obsoletas e devem ser revistas - que deverão ser mais rigorosas ainda, é claro. "Na Rússia, um piloto civil é autorizada a passar no ar não mais do que 80 horas por mês. Na Europa e países da América do Norte o limite é fixado em 100 horas por mês e 120 horas por mês, respectivamente," como afirmou no diário Vremya Novostei o Diretor-Geral Adjunto da Aeroflot, Lev Koshlyakov. Como será que anda estas regras de voo aqui no Brasil ? Esta notícia é omitida dos jornais e dos noticiários na TV.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

500mg de "Accountability"

Todo brasileiro deveria ser vacinado com uma dose de 500mg de accountability, após todas aquelas vacinas que são aplicadas na primeira idade, (tomei todas) deveriamos tomar uma dose de "accountability". Não sei se o Instituto Butantã já possui esta poderosa vacina ou mesmo a Fundação Oswaldo Cruz a Fiocruz, mas os seus sintomas, embora subjetivos são muito bem sentidos. Sim, bem sei que poderei ser acusado de abusar dos anglicanismos, a língua de Shakespeare, mas não há similar correspondente na problemática língua de Camões, a última flôr do Láscio que insistem em não deixar fenecer, embora haja sofrido tantas malditas reformas ortográficas. A falta da tal de accountability não é uma vacina contra a gripe suína, para inocular o temível vírus A(H1N1), embora este já tenha apanhado pernambucanos e alagoanos além de alguns Corinthianos.

Não, "accountability", não está na farmacopéia da Terra Brasilis, nem no herbanário do Zé Baiano. Deverá ser aplicada na matéria de Filosofia Experimental. É, aquela mesmo, que todos acham uma matéria inútil, que não serve para nada, que só cria confusão desde a antiguidade, prova irrefutável é que a maioria das estátuas de Filósofos gregos estão com o nariz quebrado. Mas, vou dar um exemplo do que a falta de accountability proporciona no nosso mesquinho e comezinho cotidiano.
Outro dia, precisei contratar um pintor, não peguei as dez referências necessárias e contratei um cara de caranuê que me pareceu confiável. Putz, o maledetto era um genuíno porco imundo no mundo das pinturas e das lambrecagens. Não começou no dia combinado, fez um orçamento muito caro, com falta de alguns materiais e excesso de outros, pediu adiantamentos fora do combinado. Trabalhava dia-sim-outro-no-bar, e já comprou um celular com o adiantamento e ficava a namorar. Pensei que poderia delegar a responsabilidade final da pintura da casa para o maledetto, e fui para uma feira de livros. Tinha mesa redonda (embora esta fosse retangular) para as costumeiras e insossas considerações, copos com água mineral, jornalistas, filmagens, fotógrafos e tele-coisas. Quando eu voltei dali, vi o serviço que havia sido feito na minha ausência, tive vontade de amassar a cara do sujeito com os jornais emplastados de tinta e massa plástica. Aliás, hoje em dia, uma das poucas utilidades dos jornais tem sido cobrir o chão nos processos pictóricos. O cara de caranuê me pintou os vidros, o varal de roupas, a cara do meu cão labrador, lambrecou os banheiros, e mais aquele bafo de cachaça. Tive de dispensá-lo no meio deste pitoresco processo pictórico e, eu mesmo terminar todo o serviço, não dá mais para se confiar nas pessoas, está faltando accountability nas relações humanas de forma ampla geral e irrestrita.

Pensei sobre a importância da imprensa nos dias atuais, as noticias são tragadas de uma forma tão rápida que as novas de hoje, são as velhas de ontem. O Senado e o Congresso estão acéfalos, eles não trabalham, ficam se enrolando em Comissões Internas de Ordem e Regimentos, muitas falcatruas, maracutaias, são as ziguiziras da democracia. Outro dia assisti na TV um Senador da ala ética, que dizia não saber que não poderia usar verbas para pagar passagem da namorada até Paris. Um papo das aranhas, era um sujeito que esqueci o nome, com uma cara de arenque defumado, disse que iria devolver os valores, ora pois...

Oh... Querem passear, namorar às margens do Rio Sena, ver o Arco do Triunfo. Este pessoal querem ajuda de custo até para tomar um capuccino na Place de La Concorde. O "Auxílio Capuccino"...Ora, Sancta Patientia, ganham bem, são de famílias abastadas, oriundos das antigas e eternas oligarquias, são todos sujeitos de boa lábia e de boa pecúnia também, mas precisam dar mais um beliscão no erário, é falta de accountability, não é sintomas da gripe suínas nem de resfriados porcinos. Já houve casos de Ministra que queria rezar lá em Buenos Aires, usando jatinhos 'Lear-Jet', custe-o-que custar, é demais. Serviço público pesadão, caro, ineficiente, cartorial e burocratizado ao extremo.

Em administração pública, via de regra o termo accountability está vinculado a uma delegação de poderes. Presumivelmente, o indivíduo ao qual se atribui reponsabilidade recebe autoridade comensurável, e mesmo que delegue responsabilidade e autoridade a terceiros, será ainda o responsável final perante seu superior. Se numa mesma frase encontrássemos os termos responsibility e accountability, poderíamos dizer que a primeira é responsabilidade primária e que a segunda é responsabilidade final. Mas, que nada, não se pode delegar, temos que ficar em cima do lance, custe-o-que-custar, e se cair na pequena área é penalty, aplicar as leis. O nosso lema, depois dos 4R's, Rejeitar, Reusar, Reciclar, Reduzir, e, temos o tal do Dura Lex Sed Lex, e pinturas só em Latéx, é claro.