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terça-feira, 3 de junho de 2008

Água clorada aumenta risco de defeitos de nascimento, diz estudo


Estudo diz que a exposição ao Cloro causa problemas específicos e comuns. Gestantes que consomem água clorada têm um risco maior de dar à luz bebês com problemas no coração, lábio leporino e defeitos no cérebro, sugere um estudo realizado com crianças em Taiwan. De acordo com os pesquisadores da Universidade de Birmingham, na Grã-Bretanha, a exposição pré-natal aos derivados do cloro, conhecidos como trihalometanos e que se formam no contato com a água, pode dobrar as chances de crianças terem defeitos de nascimento. Para chegar aos resultados, os cientistas analisaram 400 mil crianças chinesas e compararam o nível de exposição aos derivados do cloro com a presença de 11 dos defeitos de nascimento mais comuns. Segundo o estudo, a exposição a 20 microgramas de trihalometano por litro de água provocou um aumento de 50% a 100% nas chances de as crianças nascerem com três defeitos considerados comuns: lábios leporinos, anencefalia (cérebro nasce sem o encéfalo) e septo ventricular (furos no coração).

Mecanismos
Apesar de terem analisado água clorada com diferentes concentrações de cloro (alta, média e baixa), os cientistas não encontraram nenhuma relação entre o nível de exposição e a prevalência de um defeito específico. Entretanto, os pesquisadores afirmam que a exposição maior do que 5ug/L aumenta de maneira significativa os defeitos mencionados no estudo. "Os mecanismos biológicos que fazem os derivados do cloro causarem defeitos nos bebês ainda são desconhecidos", explica Jouni Jaakkola, principal autor do estudo.
"No entanto, nossas descobertas não apenas reforçam a teoria de que a água clorada pode causar defeitos de nascimento, mas sugere que a exposição aos derivados do cloro pode ser responsável por defeitos comuns e específicos", afirmou. De acordo com Jaakkola, apesar dos benefícios da clorificação da água, é necessário que mais pesquisas sejam desenvolvidas para avaliar os efeitos colaterais desse processo. A pesquisa sobre o impacto da exposição ao cloro na gravidez está publicada na edição de junho da revista científica Journal of Environmental Health.

Comentários sobre a matéria :

A medida que aumenta a matéria orgânica e a quantidade de agentes patogênicos na Água Bruta, ou seja, a água que alimenta a Estação de Tratamento de Água, as ETA's, maior é a quantidade de reagentes químicos que são adicionados no processo, isto é : mais Cal Hidratada e e Sulfato de Alumínio para corrigir o pH e como agente Floculantes, maior manutenção nos Filtros de Carvão Antracito (manutenção mais frequentes) , e principalmente maior adição do Cloro na forma de Hipoclorito de Sódio ou gás Cloro, porém comprovadamente, este Cloro reage com a Matéria Orgânica residual e forma os Trihalometanos, substâncias da Química Orgânica que são carcinogênicas, a partir de certos limites. Também a adição do Flúor, como agente para evitar cáries, deverá ser cuidadosamente controlado para evitar sua fixação nos ossos. Casos comprovados já foram estudados de Fluorose em regiões onde há ocorrência da Fluorita, o Fluoreto de Cálcio, que libera o Flúor na forma iônica nas águas subterrâneas. Como alternativa da utilização do Cloro, como agente bactericida temos o Ozônio, que possui uma enérgica ação Oxidante sobre os Microorganismos Patogênicos, eliminando-os de forma muito eficiente, que após algum tempo de sua ação, não deixa gosto nem odor. O estudo acima, realizado na Universidade de Birmingham, na Grã-Bretanha, é muito importante, e demonstra claramente que, a medida que o nível de poluição nas águas aumentam, mais aperfeiçoado deverá ser o processo operacional das ETA's, caso contrário estaremos operando as ETA's de forma muito semelhante ao processo químico das ETE's, as Estações de Tratamento de Esgotos, tamanha quantidade de impurezas, junto com Coliformes Fecais, que aportam na ETA e deverão ser abatidos pelo processo convencional. É necessário enfatizar que o Ozônio possui uma ação muito mais eficiente do que o Cloro, oriundo do gás Cloro e do Hipoclorito de Sódio, sem os seus inconvenientes. O Ozônio já está sendo utilizado no tratamento das águas de Londres , Paris e Amsterdan, além de muitas outras cidades. Todas estas cidades possuem um excelente índice de potabilidade de suas águas tratadas, que são totalmente recuperadas dos esgotos, e recicladas de forma adequada, utilizando modernos processos de Engenharia Química.

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