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segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Ensaio sobre Mudanças Climáticas


It's raining again...
Raining cats and dogs !

Evangellista Torricelli (1608-1647) brilhante físico e matemático italiano, dizia que vivemos no fundo de um oceano de gases, uma visão bem interessante para simbolizar a atmosfera. Hoje em dia, as últimas pesquisas informam que esta atmosfera tem uma altura de 118km, o que respresenta um enorme volume gasoso em que a Terra está envolvida. Este volume tem uma grande capacidade de absorver os gases das atividades antrópicas, tais como gases dos escapamentos de veículos automotores, de todos os tipos e das fábricas, dos manguezais, dos vulcões, enfim o Dióxido de Carbono, Nitrogênio Oxigênio, Metano e Água são moléculas bastante abundantes na natureza.
Este volume de gases é muito significativo na modificação do relevo terrestre. A dinâmica externa geológica está constantemente mudando ao longo dos séculos e milênios. A cada 10.000, os processos supérgenos, aqueles que ocorrem na superfície terrestre, como o intemperismo físico causado por chuvas, raios, ventos, furacões, vendavais, sol, tsunamis, ressacas, avanços e recuos dos mares, entre outros corroboram estas alterações que apagam quase todos os registros antrópicos, existe o intemperismo químico também, causado pela ação das chuvas ácidas, o ácido carbônico, óxidos nitrosos, gases sulfídricos além de uma infinidade de poluentes emanados diáriamente pelas fábricas. Também as ações biológicas dos ácidos húmicos das plantas, dos microorganismos encontrados nos esgotos, os lixões, as lixívias e nos chorumes. Não é necessário elencar os agentes poluentes, porque eles estão presentes no nosso cotidiano e se apresentam naturalmente, expontâneamente invadem as nossas vivendas sem serem convidados. A questão da Física também dispensa detalhes, ela se apresenta por si só e seus resultados são televisionados diáriamente. Não vale a pena ficar explicando a Equação da Entropia, gastando Latins para quem não está interessado no assunto.
A atmosfera tem uma grande capacidade de absorver estas agressões cotidianas, mas chega um ponto limite em que as águas e a energia que são adicionadas diáriamente são transformadas em forma de chuvas intensas, vendavais, ciclones, tsunamis, que se tornam mais freqüêntes porque o nosso modelo de desenvolvimento é insustentável. As causas e os efeitos já são bem conhecidos, estão na ordem do dia, nos jornais, Internet e TV, e, a lei da ação e da reação, também são conhecidas.
O que fazer ?
1. "Fazer Nada!" Deixar tudo como está, para ver como é que fica. Esta sempre será uma opção, a mais cômoda, bem barata, exige quase que nenhum esforço mental, financeiro, ou de trabalho humano, apenas se lamentar com os efeitos. Apenas comentar que a natureza não sabe se defender, apenas se vinga das ações irresponsáveis do desenvolvimento daninho e pernicioso, mas que ninguém está afim de abrir mão de nada do que já foi conquistado, as boas comodidades oferecidas pela vida moderna.
2. "Ter um plano de ações identificando as causas dos efeitos. O Clima mudou de São Paulo a Istambul, passando por Senegal, Santa Catarina e Escócia, o do mês de setembro foi marcado por chuvas torrenciais, enchentes e outros fenômenos climáticos extremos um lembrete sobre a urgência da necessidade de se adaptar às mudanças climáticas.
3. "Certamente, as projeções feitas por modelos de computador sofisticados indicam um aumento na probabilidade de ondas de calor e na intensidade das chuvas, bem como um aumento no número de áreas que sofrem com secas, afirma o professor Richard P. Allan, do Centro de Ciência para Sistemas Ambientais da Universidade de Reading, na Grã-Bretanha."
4. Em 2007, o relatório do Painel Intergovernamental para Mudança Climática da ONU (IPCC, na sigla em inglês) já alertava que um aumento na "frequência (ou proporção do total da incidência de chuvas relativa à chuvas torrenciais) de 'eventos de forte precipitação'" era "muito provável", ou seja, mais de 90% provável.
5. Diante da relativa segurança dos cientistas de que as temperaturas vão subir nos próximos anos, a recomendação do IPCC – reiterada por cientistas ouvidos pela BBC – é se preparar para uma ocorrência cada vez maior deste tipo de eventos. Para uma cidade como São Paulo, construída em torno do Rio Tietê, a adaptação é ainda mais urgente.É preciso pensar no sistema de drenagem e na infra-estrutura da cidade, porque mais e mais eventos extremos devem acontecer. Pelo menos é essa a tendência que se pode ver hoje, afirmou à BBC Brasil o professor Bill McGuire, da University College London.
6. Para o meteorologista britânico Simon Brown, colega de McGuire no Centro Hadley, a unidade do Met Office, o Departamento de Meteorologia britânico, investimentos em adaptação são questão de bom senso. Se há uma vulnerabilidade natural para eventos naturais extremos relacionados ao tempo, e esses eventos extremos, diante do aquecimento global, vão se tornar mais frequentes, qualquer pessoa sensata se prepararia para isso, afirmou Brown. O especialista lembrou que cidades como Amsterdã, que fica abaixo do nível do mar e será muito afetada por outro provável efeito das mudanças climáticas, o avanço dos oceanos, já vem reforçando o seu complexo sistema de diques. Londres também se prepara, e já tem um plano que prevê reforços futuros na chamada "barreira do Tâmisa", um sistema de comportas capaz de controlar o nível da água do rio para evitar enchentes na capital britânica.
Adaptações
O financiamento para adaptação ao aquecimento global nos países mais pobres do mundo é um dos assuntos mais polêmicos em pauta para o encontro das Nações Unidas sobre o clima, que acontece em dezembro, em Copenhague. Em julho, o representante máximo da ONU para o assunto, Yvo de Boer, afirmou que US$ 10 bilhões por ano seriam "um bom começo" para que as negociações avancem. A previsão é de que países pobres como Bangladesh e pequenas nações insulares, com escassos recursos para se preparar para o futuro, sejam os maiores afetados pelo aquecimento global. Embora as catastróficas chuvas de semana passada na Turquia – que deixaram mais de 30 mortos – tenham sido as piores em 80 anos, segundo especialistas, não é possível associá-las diretamente às mudanças climáticas.
"É sugestivo, mas não podemos fazer associações diretas entre eventos individuais e o aquecimento global, mas a ciência é bastante clara : Quanto mais quente o ar ficar, mais umidade ele é capaz de transportar, o que facilita a ocorrência de chuvas torrenciais", afirmou Brown à BBC Brasil. Não concordo com esta vacilação de opinião do Mr. Brown, que é Metereologista e aparenta desconhecer os Fenômenos de Transmissão de Calor e Fenômenos dos Transportes, que fazem parte da cátedra da Engenharia Química. Podemos fazer associações diretas sim, entre a queima de todos os combustíveis fósseis nos dois últimos seculos, contabilizando todo o petróleo, carvão, madeiras florestais, coque de petróleo entre outros, e a quantidade de Massa e Calor que foi adicionada à atmosfera terrestre nos ultimos dois séculos. Toda combustão gera CO2 e H2O, além dos outros poluentes. Somente na fabricação de Cimento, a cada kilograma de cimento produzido temos 700 gramas de CO2 liberado, além da água ! Houve uma enorme transferência de Massa e de Energia de todo o petróleo que estava acomodado nas profundezas geológicas, em jazimentos que datam bilhões de anos e foram liberados na forma de CO2 e H2O, além de Energia Livre na forma de Calor. Houve uma mudança de estado sólido e líquido de baixa entropia para o estado gasoso com elevada Entalpia e conseqüente Entropia. O Automóvel à combustão, não é somente uma máquina que proporciona movimento, este deve ser visto como uma máquina que gera calor, seu rendimento mecânico liquido são apenas de 30 à 38% de energia motriz líquida aplicada em quantidade de movimento, o resto é dissipação térmica, som, atritos diversos e eventuais deformações momentâneas.

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