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domingo, 19 de abril de 2009

O Ministério das Situações de Emergência

Sempre que possivel, gosto de dar uma espiada nas notícias da Rússia na agência oficial a ITAR-TASS, porque o noticiário Ocidental gosta de boicotar as boas ações que ocorrem por lá. Todas as agências de notícias gostam de criticar o que deu errado no Socialismo Soviético, mas nada falam do que deu certo. Seguramente, os russos tem maneiras de solucionar os problemas ambientais e gerenciar os acidentes de forma bastante eficientes. O Presidente Dmitry Medvedev junto com o Primeiro Ministro Vladimir Putin, vem conduzindo o cenário político e econômico, ambiental e social na Rússia muito bem, na minha modesta opinião. Eu acredito que o Socialismo nunca morrerá como um modelo orientador das ações politicas. Não me refiro àquele velho Socialismo do Estado Comunista, que vai comprando todas as empresas, estatizando tudo, isso não funciona mais, já foi muito experimentado e não deu certo, mas um Estado que possa ajudar, oferecer um apoio aos cidadãos em Situações de Emergência. Os Russos tem um Ministério das Situações de Emergência que funciona bem. Acho este, muito importante nas ações que vem tomando nas estepes e nas tundras Siberianas, um Ministério bem aparelhado e ativo sempre que necessário. As emergências ambientais, além dos atentados, dos crimes, dos grandes acidentes envolvendo as rodovias, ferrovias, gasodutos, sequestros, entre outras piratarias fazem parte do cotidiano da mundialmente chamada "moderna sociedade de consumo".

Voltando a cena para a Terra Brasilis, outro dia ouvi an passant que o nosso Senado conta com cinqüênta "desfibriladores cardíacos" para atender emergências de AVC e ataques cardíacos. Um exagero, se fizermos um estudo de análise das probabilidades, mesmo em situações extremas, tais como um cataclismo, um golpe de estado, um terremoto (muito pouco provável), não haveria utilidade para todos estes desfibriladores serem usados simultâneamentes. E mesmo que houvesse uma causa fatal para usar os cinqüênta desfibriladores em Senadores enfartados, existe seus Suplentes que certamente já estariam a postos - imediatamente - para garantir a democracia na Terra Brasilis. Por outro lado, se cada Senador levasse um destes desfibriladores para o seu Estado de origem e doasse ao Departamento de Defesa Civil, junto com uma palestra de uso correto, com orientação de médicos e para-médicos seria algo muito útil. Esta ação seria uma forma de começar a equipar os Departamentos de Defesa Civil, que são diretamente vinculado às Casas Civil e subalternos aos Governadores. Isto serviria como um "catalisador" para as reações em cadeia de um Ministério das Situações de Emergência. Precisamos se aparelhar para estas situações, os acidentes ocorrem sem aviso prévio, é preciso ter conhecimentos de Logística e gente capacitada para tais situações. Ainda assim, sobrariam vinte e três desfibriladores para serem emprestados para o Congresso e outros Palácios, é muita coisa.
No Brasil temos problemas crônicos quanto à definição da função do Estado Brasileiro. Este se estabeleceu de uma forma Cartorial, temos uma visão muito burocratizada das funções do Estado, o que não se verifica nos países Europeus, Estados Unidos, Rússia entre muitos outros. Todos os país que já foram colônias, tendem a manter o status quo dante. É muito difícil do Estado ser reformatado, quando já começou como colônia, por uma razão muito simples: Os cargos burocráticos, ocupados pelas elites, os grupos hegemônicos dominantes, não tem interesse que esta situação de pachorrenta Permanência Burocrática mude, logo mantém os seus cargos e seus procedimentos, porque os cartórios são extremamente rentáveis e muitos deles, hereditários. Aqui no Estado do Paraná, quando o donatário Gabriel de Lara recebeu do imperador Dom João VI a Capitania Hereditária de Paranaguá, já trouxe na primeira viagem a Guaraqueçaba e região uma leva de apaniguados e nipotes para ocuparem os Cartórios, para serem criadas as taxas, os impostos e as alcavalas. A extorsão do fisco chegou bem antes dos Postos de Saúde, das Escolas, Creches, e de outros aparelhamentos necessários para um "Estado Servidor", e não um "Estado Senhor", muitas vezes comandando uma pesada burocracia, de forma pedante e arrogante, quase fascista.

Quanto ao mundo das idéias, a tendência tem sido manter o Cartel de Abrantes, como dantes.
O Lorde Keines, sempre dizia que o difícil não é abraçar as novas idéias, mas escapulir das velhas. Sujeito muito ladino este Lorde Keines, ganhou muito dinheiro especulando com a moeda indiana, as Rúpias no cambio com a Libra Esterlina, o que lhe conferiu o título de 'Barão'. Após a primeira guerra mundial, Keines previu acertadamente o estabelecimento do radicalismo na Alemanha, o Nacional Socialismo, ou "Nazismo", escrevendo o seu famoso livro "How to pay for the War", onde se refere às regiões perdidas da Alsácie e Lorraine na França como espólio de guerra, onde a Alemanha saiu economicamente muito quebrada da primeira guerra mundial, e sugeria um socorro à situação para evitar o Nazismo. Este foi um dos grandes méritos do Lorde Keines, antes de participar da reunião de Bretton Woods. Keines também sabia aplicar métodos avançados de matemática na Economia, em seu livro Tratado das Probabilidades, sua principal obra.

Por outro lado, no Brasil a Casa do Conto em Ouro Preto, Mariana e Diamantina em Minas Gerais, em que era confiscada a quinta parte da produção do Ouro e dos Diamantes, para serem enviadas à Corôa Portuguesa, dalí nasceu o Estado Cartorial e confiscador, estas são nossas raízes tributárias ao invés do estado fomentador do desenvolvimento e do apoio social. Observe que o estado chega com seus tributos e taxas, bem antes de oferecer qualquer coisa ao cidadão. O estado brasileiro é essencialmente Tributário e Cartorial, é enorme onde deveria ser pequeno e ágil, e muito pequeno e fraco, onde deveria ser grande e eficiente, no caso da Saúde, da Segurança Pública e Educação. Com as novas emergências ambientais, o Estado deverá saber enfrentar situações críticas, que exigem ações de Logísticas Avançadas e se aplica em estudos de caso para serem melhor enfrentados, do que o eterno amadorismo e despreparo em situações de calamidade pública. Os Estados devem encarar as calamidades públicas como um problema que vai se intensificar. Não por achar que o catastrofismo seja uma boa linha de raciocínio político, mas devido aos fatos e das Leis da Fisica, das Ações e das Reações e das Leis da Termodinâmica, que não poderão ser revogadas, jamais. Achar que estas catástrofes ambientais vão parar e poderemos recontruir as casas nos mesmos locais de perigos ambientais, é uma inocente e perigosa utopia, deveríamos estar melhor preparados para as próximas que possivelmente virão, e principalmente melhorar as técnicas construtivas, visando minimizar as tragédias.

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