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terça-feira, 28 de abril de 2009

O Dia em que a Terra parou


The Day the Earth Stood Still - USA 1951, 2008

Já cantava o saudoso Raulzito - Essa noite eu tive um sonho, de sonhador, maluco que sou, eu sonhei, com o dia em que a Terra parou... Estão lembrados ? Pois fizeram uma refilmagem do clássico de 1951. Um remake reestilizado do Dia em que a Terra Parou, putz ! O filme é bom demais da conta, eu não gosto de filmes de ficção, acho que a realidade já é uma ficção, muito doida e muito doída também, uma miríade de problemas reais sem solução à vista, inventar mais problemas fictícios, é demais para mim, mas abro uma exceção. Também não gosto de filmes da realidade, aqueles excessivamente realistas, de guerras, sequestros e coisas tais, são deprimentes e acabam aniquilando as minhas já escassas utopias de um mundo melhor. Mas, este fime é bom, dirigido pelo Scott Derrickson. Acharam um ponto médio, digamos o Caminho do Meio entre a ficção e a realidade. Não tem aquele exagero de efeitos especiais em profusão do Independence Day, aquilo alí está mais para video-game do que filme.
Tive de assitir em DVD duas vezes para pegar a essência da coisa toda, uma no idioma do Camões e outra no de Shakespeare, para não deixar o inglês enferrujando à toa. O tema das naves invasoras é mais antigo que o Júlio Verne, mas sempre rendeu boas bilheterias. O alienígena Klaatu, que inicialmente pensei ser Cleto, viaja na maionese com aquele olhar sampaku, é interpretado por Keanu Reeves. Os sampakus sempre carregam o destino nos olhos e traz uma advertência e uma ameaça desde os tempos dos Últimos dos Samurais. E ele enfatiza: - Se continuarem estragando o meio ambiente e gastando energia deste jeito adoidado, pegaremos todos os bichos e levaremos nesta moderna e estilosa Arca de Noé. Ameaçam dar um fim nesta daninha e perniciosa raça humana, que não obedece nem as Leis de Lavoisier.
Juntamente com o robôt Gort, viajaram por 200 milhões de milhas para chegar à Terra e mandaram uma mensagem a todos os seus representantes: se continuarem constituindo uma ameaça a outros planetas (com a criação de foguetes,- mísseis - uma ameaça que existiria em breve), todo o planeta deverá ser exterminado! Porém, assim que chegam à Terra – mais precisamente em Washington – as pessoas não parecem querer ouví-lo, e fazem de sua presença uma grande ameaça. Acuado, Klaatu (de aparência adaptada igual à dos terráqueos) vai conviver por um tempo com uma típica família de classe média americana, para decidir se vale a pena ou não tentar realmente salvar nosso planeta da destruição. No ponto de vista romântico, o filme é mais árido do que três desertos juntos, não saiu nem um beijo selinho entre o alienígena, com olhar sampaku do Keanu Reeves e a bela e solícita Jennifer Connelly... nada.

O robot Gort é muito poderoso, acho que foi todo construído com carbeto de tungstênio, este é phóda mesmo, tem um olhar 43 de Raio Laser que é um perigo total, inverte qualquer tentativa agressora mudando vetorialmente o sentido dos mísseis das nossas ultrapassadas aeronaves terrestres, transformando-as instantaneamente em nitrato de pó de traque, em milésimos de segundos. E veja bem, o olhar do Gort acompanha as primeiras e segundas intenções dos míseros terráqueos. O robot é virtualmente indestrutível e está programado para matar todos os incautos que ousarem atravessar o seu caminho. O robot é muito alto, estatura bem corpulenta, pode encarar qualquer Arnold Shartznegger da vida ou o da Califórnia mesmo, sem exitação.
A Terra acaba sendo invadida pelas sete pragas apocalípticas do Egito, mas nem foi preciso usar todas elas. Tem uma cigarrinha que é uma coisa, a danada se reproduz por mitose numa velocidade espantosa e vertiginosa, gerando zilhões de cigarrinhas por segundo. Em nuvens, vão destruindo tudo, não deixando pedra-sobre-pedra. As cigarrinhas também são feitas de carbeto de tungstênio e roem tudo, até brocas adiamantadas, com uma velocidade espantosa roem vidros, placas de aço, cimento, aço maciço, concreto de estádios, pontes e viadutos e tudo o que o leitor possa imaginar estará roído pelas tais cigarrinhas, que tem a missão de ensinar as Leis de Lavoisier para os mediocres terráqueos.
O enredo é bom, mas na parte romântica, o robot Gort teve a melhor interpretação do filme. Eu ainda acho que o estiloso Clark Kent e a bela e sensual Lois Lane são imbatíveis no ciber-romance, depois do horário, faziam tremer o prédio do jornal Nova Yorquino "Daily Planet".

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