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quarta-feira, 18 de março de 2009

O Estado Estacionário - Tempus Fugit -


Hoje, dia 18 de Março de 2009, início da Lua Minguante, notamos que o aguaceiro de ontem no município de São Caetano, São Paulo, está diretamente relacionado com as queimadas nos cerrados e desmatamento da floresta amazônica. É preciso ser categórico, estas chuvas todas deveriam estas caindo copiosamente sobre a Amazon rainforest mas derrubam as florestas tropicais sem respeitar as análises de sua influência sobre o clima, queimadas nos cerrados sem se importar com o efeito estufa. E, as cidades cada dia mais impermeabilizadas com cimento, concreto e asfalto, so poderemos esperar por novos dilúvios. É preciso adotar uma nova Filosofia Experimental nestes fatos, buscar correlações. A Filosofia tem a importante missão de buscar respostas para nossas inquetações cotidianas, não somente ficar estudando antigos textos helênicos entre outros mais recentes. A filosofia é uma ciência viva, do aqui e agora, não apenas ficar estudando as filosofias que já foram feitas. Os cientistas do INPE o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais deveriam ocupar o tempo que corre de forma inexorável, tal qual escorre a areia da ampulheta, para inventar novos empregos "ad hoc" para solução da crise ambiental . Afinal de contas, o tempo corre, lépido quando precisamos de tempo, e bem de vagarinho, bem de mansinho quando precisamos de rapidez, segundo afirma o Martinho da Vila.
Mas os velhos empregos, da velha economia estão em extinção, assim como o Mico Leão Dourado ou o Papagaio da Cara Roxa. Mas meu amigo, não adianta ficar aí na poltrona esperando ser chamado para se alistar nas tropas do General Motors, são ínfimas possibilidades de ser chamado. Outro dia, assisti no programa Roda Viva o presidente da GM do Brasil e Mercosul o Mr. Jaime Ardila dizer que vai dispensar os funcionários temporários, e nem sequer mencionou sobre a possibilidade de novas contratações, em resumo, disse também que quando precisarem de mais gentes ele chamará, mas, por enquanto o manpower está muito bom.
Thomas Malthus, como nós sabemos, era criticado primeiramente porque ele assumia que a população e os recursos cresciam de acordo com algumas leis muito simples da matemática. Mas seus críticos não falavam sobre o erro fatal de Malthus (que aparentemente permanece sem noticias). Este erro é que implica na suposição que a população pode crescer além de qualquer limites ambos em numero e tempo, contanto que este não crescesse muito rapidamente. Malthus morreu sendo execrado pela direita, centro e esquerda. A plebe ignara, junto da Igreja odiavam Thomas Malthus porque ele era contra o único lazer ao seu alcance, que era amar e procriar, e a Igreja repudiava as idéias de controle da natalidade. Os fidalgos, junto com o pessoal da direita, que precisavam de mão de obra farta e barata, também eram contra as idéias e o pessoal de centro, professores, escritores, profissionais liberais, artistas e alguns intelectuais ruins, que ficavam com o pensamento da maioria para garantir o seu, de forma muito gelatinosa, também execravam Malthus, o Maldito de todos...
Todavia, Malthus não era tão ruim assim, foi um grande matemático, e demonstrou ser impossível agradar a Gregos e Troianos, bem como Pernambucanos e Alagoanos, nem Palmeirenses e Corinthianos, impossível, suas considerações na matemática vão bem além do razoável, quanto à cinética de 1ª Ordem na Equação Diferencial das Populações, assunto que veremos em outra ocasião mais oportuna. Em termos conceituais Malthus estava muito a frente de sua geração.

Mas, um erro essencialmente similar ao de Malthus tem sido cometido pelos autores dos Limites do Crescimento, mas os autores da linha não matemática, são ainda mais articulados "Projeto para Sobrevivência" tanto quanto diversos escritores mais primitivos do assunto. Porque tal como Malthus, eles têm se posicionado exclusivamente em provar a impossibilidade do crescimento, eles foram facilmente iludidos por um simples, agora muito difundido, porém falso silogismo: Desde que o crescimento exponencial num mundo finito direcionado ao disastre de todos os tipos, a salvação ecológica estará no estado estacionário. Herman Daly sempre reinvindica que a economia sem crescimento, no estado estacionário, é, entretanto uma necessidade. Mas, sem dúvidas, é um ponto de vista muito complexo de ser defendido politicamente, todos querem crescer, crescer e se multiplicar, algo que está ficando inexeqüível na escala exponencial da taxa de natalidade atual, em resumo, quanto mais gente, mais gente se multiplicando, de forma exponencial (!). Não 1,2,3,4... mas 10, 100, 1000, 10.000..., 1.000.000.
Esta visão de um mundo bem aventurado, em que a população e os capitais estocados permanecem constante, uma vez já foi exposto através do talento incomum por John Stuart Mill, estava até recentemente em esquecimento. Por causa desta espetacular renovação deste mito da salvação ecológica, esta idéia está bem no ponto para justificar variadas e lógicas dificuldades com a Entropia. O erro crucial consiste em não ver que não somente o crescimento, mas também o crescimento zero, ou mesmo num estado de declínio em que não converge em direção do extermínio, tal qual ocorreu com os dinossauros, não podem existir num ambiente finito. O erro talvez permaneça de não compreender e também confundir o que significa estoques finitos e razão de fluxos finitos, os gráficos elaborados por economistas muitas vezes mostram uma incongruência e sugerem uma incongruência nas dimensionalidades. E ao contrário do que alguns defendem o estado estacionário, esta situação não ocupa uma posição previlegiada em relação vis-à-vis às leis da Física, em resumo é impossível enganar as leis básicas da termodinâmica. Isto poderá ser comprovado matematicamente através do montante dos recursos naturais realmente acessíveis na crosta terrestre, a população, e o montante de recursos naturais exauridos medidos durante um ano, considerar a média de longevidade, poderá se obter a máxima duração da espécie humana na terra, a menos que o homem passe para um estágio muito primitivo de catação de frutos silvestres, sementes e coquinhos, o que é algo totalmente indesejável, abdicar das facilidades do progresso tecnológico seria fazer os relógios voltarem para traz, uma utopia insana. Os proponentes da salvação através do estado estacionário precisam admitir que tal estado somente poderá ter uma duração finita caso contrário eles estarão desejosos de se associarem ao Clube dos Sem Limites uma vez que consideram os recursos naturais como inexauríveis ou quase como o Grupo de Meadows fazem de fato. Alternativamente, eles precisarão explicar o quebra-cabeças de como funciona uma economia estacionária por um longo período de tempo, todos recursos num determinado instante tendem ao fim caso não seja adotada uma forte cultura dos 4R´s: - Reciclar, Reusar, Reduzir e Rejeitar.


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