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segunda-feira, 30 de março de 2009

Aos amigos guerreiros

Sopram ventos, rolam águas
desde o tempo, dos combates
tão derradeiros e tão primeiros.
Valeu a pena?
Claro: a alma não é pequena
meu caro amigo leitor :
Na memória da Utopia
'inda ressoa o poema de Fernando Pessoa...
Olhe o Teorema de Coriolis
Abram as tampas das pias!
Porque a História continua linda, nua e crua,
de Max Planck a Karl Marx,
de Keynes a Kant,
dos ensinamentos de Buda,
aos poemas de Neruda.
Arte e Literatura,
desfazem nós contras e prós da ciência dura, pura.
Antigos mitos ainda sussurram ao coração da Modernidade
Velhos ritos, da Filosofia:
A nova Racionalidade da Filosofia Experimental
Unindo a Razão e a Emoção
Resgata de escombros a liberdade,
Amigos :
Levantem os ombros e lute pela nova Utopia
São os guerreiros ritmos
de uma nova canção !

Cemitério espanhol recicla cinzas em jardim aromático



Anelise Infante De Madri para a BBC Brasil

A prefeitura de Barcelona inaugurou, no maior cemitério da cidade, um espaço em que as cinzas de defuntos cremados são usadas como adubo de um jardim de ervas aromáticas. A ideia por trás do que as autoridades estão chamando de "o cemitério mais ecológico do mundo" é permitir que as cinzas possam ser recicladas no mesmo recinto em que família recordam seus entes queridos. Cada cliente terá a opção de depositar as cinzas em uma urna biodegradável ao lado da planta ou de enterrá-las diretamente para que sirvam de adubo de uma planta aromática, escolhida entre três espécies: alfazema, alecrim e sálvia. Ao lado de cada planta no chamado Jardim dos Aromas haverá uma placa de identificação do falecido. A família tem direito de levar algumas mudas para casa quando a erva crescer. O novo espaço foi inaugurado no sábado (28 de março) dentro do cemitério municipal de Montjuic.
Jardim dos Aromas

Familiares podem escolher entre urnas biodegradáveis ou enterrar diretamente as cinzas
O projeto do jardim surgiu da preocupação com o aumento do número de cremações na cidade. Segundo a prefeitura, em 2008 foram 6.782 serviços nos seis fornos crematórios municipais.
Na nota à imprensa o diretor do departamento de cemitério de Barcelona, Jordi Carnes disse que "depois da cremação muitas pessoas têm o hábito de espalhar as cinzas de seus finados em lugares que nem sempre são adequados". "Por isso pensamos em um espaço ecológico". Uma área com 620 metros quadrados onde caberiam aproximadamente 700 mudas de plantas para defuntos. O novo serviço custará 350 euros (cerca de mil reais) por dois anos. A partir do terceiro ano, a taxa de manutenção será de 35 Euros (aproximadamente R$ 100,00). O contrato inclui a semente, plantio e cultivo da erva escolhida, além da lápide indicativa com os dados do defunto. O que está proibido é deixar recordações ao lado da erva medicinal. Nada de velas, fotos, objetos pessoais ou flores.

quinta-feira, 26 de março de 2009

Crematorium

Hoje, 26 de Março de 2009, um mês longo e aziago. A Lua Nova, indica a necessidade de renovar velhos costumes, isso significa REJEITAR alguns costumes neste mundo problemático, dentro da nossa política ambiental dos 4R's. Neste mês tivemos acidentes aéreos variados, um deles, um bimotor com sete passageiros, aterraram num cemitério nos Estados Unidos. Se neste local tivesse um gramado, quem sabe o pouso não seria tão forçado assim e talvez um sobrevivente ao menos. Mas achei a aterrissagem, assim, diretamente no cemitério, uma forma muito radical de sair desta para uma melhor, quem sabe para uma outra encadernação.
O Rock, sinceramente, gostaria de saber como está o rock`n´roll na Rússia, me parece que esta banda "Crematórium" é muito poderosa por lá. Todavia, o assunto de hoje é os "Crematórios" de facto, sou contra os enterros convencionais de pessoas falecidas em cemitérios também convencionais. Acho uma cerimônia muito triste, complicada e cara demais, lápides, jazigos, placas de granito, muito bronze, gavetas, sem falar que é um terreninho em que o metro quadrado é o mais caro do mundo. E as pessoas, aturdidas pelas emoções momentâneas, não percebem os valores exorbitantes, escorchantes, que são cobrados pelos serviços corvinos e além disso tem os graves "problemas ambientais" que os cemitérios proporcionam, à comunidade. Estes, são de difícílima solução, trataremos o complexo assunto - por partes -, como fazia Hannibal Lecter.

O defunto, após a decomposição das sua matéria orgânica, retorna ao seu estado de sais minerais, e neste processo de decomposição e de transição celestial, ou mesmo infernal, há liberação de um líquido viscoso, nojento e nauseabundo, chamado de "chorume", que pode percolar (ver dicionário, rápido!) até o lençol freático e contaminar a nossa preciosa água potável. E este chorume emana de todos os defuntos, independente de suas classes sociais, das qualidades ou virtudes ou dos seus vícios. O chorume também independe do volume das lágrimas que foram derramadas (ou não!) pelo defunto ou defunta no seu dia derradeiro. Eu sei que o assunto é chato e insalubre, mesmo, mas é necessário tratá-lo com rigor. Análises geoquímicas já comprovaram que muitos, a maioria dos cemitérios não tem EIA-RIMA (ver no Google!) nem monitoramento dos lençóis freáticos que são poluídos de forma desnecessária e inconveniente, com bactérias, vírus e vibriões de tipos diversificados. Eu uso da ironia nas minhas crônicas, mas este assunto é muito sério, me desculpem mas não sei tratar destas coisas sem uma pitada de humor. Consigo achar engraçado até a peça Hamlet de Shakespeare, uma vez mais, me perdoem, é algo de nascença.

Mas, voltando aos cemitérios, a tranformação dos antigos e saturados cemitérios em parques temáticos, Áreas Verdes de convívio familiar é uma das propostas da nova Economia Cíclica que poderá se estabelecer um dia. - Imagine um enorme cemitério cheio de concretos, cruzes, credos de bronze, gavetas, mármores e granitos, sendo demolido nos grandes centros urbanos para dar lugar à uma área verde, é uma idéia saudável, mas segundo o Karl Marx, o que as grandes revoluções nunca conseguiram debelar, foi a teimosia e a ignorância do espírito humano. Indubitávelmente, esta idéia é boa, mas num regime democrático, as resistências são enormes, bem sei o terreno pantanoso onde estou pisando. A questão cultural precisa ser trabalhada, o que restaria para as pessoas como lembrança daquele local onde jazia os restos mortais dos seus entes queridos? Talvez uma placa de granito ou em bronze fundido com a reciclagem de todos os bronzes da demolição e uma lista dos nomes, tal e qual os monumentos aos soldados desconhecidos. Uma coisa que não é do meu métiè, isso é a praia dos Arquitetos, certamente teriam idéias melhores do que as minhas, eles tem formação apropriada para isto. Mas, a evolução humana exige a quebra de antigos paradigmas, e este é um deles. O que fazer com os saturados cemitérios ? Primeiramente, teria que haver um abaixo assinado de todos os que possuem uma fração, que não é nada ideal, cessando os direitos daquele espaço e doando-os em prol da comunidade.
O Estado, nesta proposta 'Socialista' administra esta transição, pois este assunto é eminentemente político e religioso, depois vem a área técnica de demolição, de elaboração de projetos, inclusive com a participação dos antigos proprietários em assembléia, uma parte mais fácil, creio eu. Não sei se estou viajando muito, mas somente vejo benefícios nisso tudo. Em pesquisas nas edições das Testemunhas de Jeová, na Biblia não há nada explícito de como devem ser tratados os corpos, nem contra as cremações, os Budistas e Hinduístas são praticantes da cremação. Mas existem outras religiões, e não desejo me meter nesta árida seara, necessáriamente este assunto deverá ser tratado de forma democrática, em sintonia com as lideranças políticas e religiosas. Mas, o Estado deverá tomar uma atitude de coordenação no tema.

Certamente estas áreas estão sendo mal aproveitadas de forma "Ecológicamente Incorreta".
A medida que a população humana se aproxima dos sete bilhões temos que se preocupar com os seres viventes, com a qualidade de vida das novas gerações chegantes. E nas grandes cidades há falta de áreas disponíveis para novos parques, jardins e praças. Assim, a tecnologia moderna, oferece a opção dos "Crematórium", eu vejo com muito bons olhos este processo de cremação, algo bastante simples, útil e rápido. Lembre-se que do "pó viestes e ao pó retornarás", somos feito do pó das estrelas, que segundo Kepler não estavam em órbitas correta, e entrou em colisão com outra estrela, então já começamos errando e errantes neste Universo sem fim. Acho que não estamos só neste Universo sem fim, e acredito na imortalidade da alma tal como Imanuel Kant, já cantava em seus devaneios na Crítica da Razão Pura. "Mas o que haverá nesses Mundos se não são habitados? Nós ou eles somos os senhores do Universo? E terão sido feitas todas estas coisas só para o homem? São perguntas sem respostas...

Mas não vamos entrar na anatomia da melancolia dos enterros e funerais, tema funesto num mês detestável que já teve sexta feira 13 com acidentes aéreos variados. Os sais minerais dos seres humanos podem fornecer um excelente fertilizante, com altas concentrações de Cálcio, Fósforo, e o Potássio, entre outros, um excelente adubo para a lavoura. Aos mais sofisticados e cheios de não-me-toques, podem guardar as cinzas dos seus antepassados num fino vaso de porcelana chinesa, da dinastia 'Ming'. Os mais modestos numa porcelana mais popular, comprada na Casa China ou usar as cinzas para adubar um pé de laranja lima, cujos frutos eram os mais doces e predilectos do saudoso fornecedor das cinzas. Em resumo, cada um faz das cinzas dos seus entes queridos o que melhor lhe convier. Os de temperamentos mais quentes podem jogá-las ao sopé dos Vulcões Mauna Loa, Mauna Kea ou até dentro da cratera do Kilauéa, sempre muito ativo lá no Hawaii. Os mais reservados e de temperamentos frios, quiçá nas proximidades das cordilheira dos Andes ou na cadeia do Himalaia? Ou mesmo na Serra do Mar se preferir, só não vale o problemático cemitério de Jàcárépàgüá lá no Rio. Este é um dos que deveriam ser demolidos, com certeza. Tem também o Atol de Mururoa, que não deixa de ser uma opção muito requintada, um jazimento do seus pós lá nos mares da Polinésia Francesa, onde habitam aquelas nativas lindas, dançando o ula-ula com os seios à mostra (pontudos como mísseis balísticos inter-continentais), que tal ? Muito marketing poderá ser criado neste tema, até um jazimento na Lua para os defuntos de excelente pecúnia, se quiserem pagar uma viagem até o Mar da Tranquilidade, é garantia de um funeral muito chic e sui generis.

Os fornos de cimento poderiam ser testados neste processo de extinção dos corpos. Os fornos de cimento precisam de muitas kilocalorias, possuem uma entrada chamada de "caixa de fumaça", o morto, bem embalado, seria colocado em um equipamento muito semelhante a uma catapulta, então vapt-vupt e estará lá na zona de queima com 1450ºC. Para os parentes do defundo, apenas uma pastilha de Raio-X, com o marketing das empresas envolvidas, é claro que o capitalismo não perderia uma oportunidade destas, também forneceriam a dosagem dos óxidos do cimento fabricado naquele horário da postagem, coisa que poderá ser calculado com precisão. Todos os óxidos CaO...%, Fe2O3...%...SiO2...%, Al2O3... TiO2...%...Na2O...%, K2O...% analisados no Raio-X para serem relembrados nas horas de saudosismo, é uma lembrança muito sublime.

Sem dúvidas, as fábricas de cimento tem feito vários serviços sociais, para compensar a sua forte colaboração com o efeito estufa no aquecimento global, é bom lembrar que para cada kilograma de cimento produzido, setecentas gramas de dióxido de carbono são liberados na atmosfera (somando o CO2 da descabonatação com o do Carvão ou do Coque). Já reciclaram nestes fornos, pneus, sobras industriais, resíduos tóxicos orgânicos de diversas procedências , até maconha e cocaína já foram incinerados nestes fornos, não custaria fazer um teste deste tipo. Lembrem-se: 'O que a modernidade mais valoriza depois do pó branco, é o pó cinzento'.
Como o perplexo leitor pode observar, as opções do que fazer com o pó são várias, o estimado Keith Richard do Rollings Stones cheirou as cinzas do seu pai misturada com cocaína, e achou muito bom, outros podem apenas colocar as cinzas em uma horta de produtos orgânicos, não sei se estas opções dariam um bom marketing, mas tem gosto para tudo neste vasto mundo. Pois é...

E para finalizar esta prolixa crônica, um poema de Cecília Meireles, que considero um resumo de uma verdadeira cosmologia, uma teologia condensada, a revelação do nosso lugar e do nosso destino:
No mistério do sem-fim, equilibra-se um planeta.
E, no planeta, um jardim, e no jardim um canteiro:
no canteiro, uma violeta, e sobre ela, o dia inteiro,
entre o planeta e o Sem-Fim, a asa de uma borboleta.

quarta-feira, 25 de março de 2009

Economia Cíclica para uma Vida Melhor

"Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma"
Antoine Laurent Lavoisier (1743-1794)


Um dos primeiros registros sobre a reciclagem pode ser encontrado na Doutrina de Buda no ensinamento Dhammapada Atthakathã. As antigas escrituras do Budismo, segundo Bukkio Dendo Kyokay, apresenta-nos uma passagem onde há uma preocupação com a conservação dos materiais. Certa vez, Syamavati, a rainha consorte do Rei Udayana, ofereceu quinhentas peças de roupa à princesa Ananda, que as aceitou com grande satisfação. O Rei, tomando conhecimento do ocorrido e suspeitando de alguma desonestidade por parte de Ananda, perguntou-lhe o que iria fazer com estas quinhentas peças de roupa.
Ananda repondeu-lhe:
- "Ó meu Rei, muitos irmãos estão em farrapos e eu vou distribuir estas roupas entre eles".
Assim estabeleceu-se o seguinte diálogo :
- Faremos lençóis com elas.
- Faremos fronhas.
- Faremos tapetes com elas.
- Usá-lo-emos como toalhas de pés.
- Usá-la-emos como panos de chão.
- Sua alteza, nós os cortaremos em pedaços, misturá-los- emos com o barro e usaremos esta massa para rebocar as paredes das casas...

O texto do Zen Budismo mostra-nos que o atentado contra a matéria é impossível. Não se pode destruir tudo, sempre haverá um resto a ser considerado. O que é lixo para alguns poderá ser algo valioso para outros. Devemos, portanto, usar com cuidado e proveitosamente, todo artigo que a nós for confiado, pois não é nosso e nos foi confiado apenas temporariamente.
O acúmulo de lixo em áreas urbanas é um dos principais fatores responsáveis por inundações e desabamentos, além de constituir ameaça à saúde pública é fator de depreciação da auto-estima e da péssima imagem das cidades que não conseguem lidar adequadamente com a sua coleta e destinação final dos materiais. A má disposição dos resíduos industriais, alguns altamente poluentes, contamina o solo, o lençol freático e causa danos gravíssimos à saúde das populações.
É necessário diminuir o volume de lixo mudando a mentalidade sobre as embalagens baseada no desperdício, reduzindo e simplificando ao máximo os invólucros, desestimulando o uso intensivo dos plásticos e obrigando as empresas de bebidas e outras a assumirem sua parte de responsabilidade na reciclagem de latas e garrafas plásticas, acabando com a cultura dos descartáveis. Muitas embalagens são completamente desnecessárias, tais como a caixa que embala um tubo de pasta dental, não há necessidade, pois o tubo já é uma embalagem apropriada e suficiente. Assumir o lixo também como um problema cultural com um intenso trabalho de conscientização para obter mudanças comportamentais e implementar projetos de coleta comunitária, compra do lixo em comunidades carentes, onde ele constitui fator de risco, cooperativas de catadores, programas de separação e coleta seletiva para a reciclagem.
Considerar a reciclagem de componentes do lixo e dos entulhos um imperativo ambiental e um investimento no futuro, independentemente de ser ou não uma atividade deficitária em curto prazo; acabar com os vazadouros a céu aberto para a deposição final do lixo, substituindo-os por aterros sanitários ambientalmente administrados com reflorestamento, tratamento adequado do chorume e captação de gás metano, com reaproveitamento energético em aplicações várias, como olarias comunitária, fábricas de objetos de vidro entre outras opções integradas.
As usinas de reciclagem e compostagem são soluções aceitáveis, desde que sua tecnologia seja apropriada às nossas condições climáticas e de mão de obra. Já a introdução de incineradores é questionável pelos custos diretos e indiretos, riscos de poluição com Dioxinas e Furanos, e outros relativos a soluções de alta tecnologia transpostas fora do contexto climático, técnico e cultural onde foram concebidas, embora isso não deva ser tratado como um dogma para todas as situações.

O desenvolvimento sustentável através da Economia Cíclica é um caminho para combater a miséria e o desperdício. Isso significa gerar trabalho e empregos de forma intensiva na preservação e recuperação ambiental e desenvolver novos setores da economia baseada em tecnologias limpas e não poluentes. Estabelecer um mecanismo de ações políticas dos 4R´s: - Reciclar, Reusar, Reduzir e Rejeitar, em resumo, aplicar a Lei de Lavoisier.

segunda-feira, 23 de março de 2009

Ensaio sobre a Teoria do Caos

Miríades de carros, caminhões, onibus, vans, trens a diesel, navios, aviões a jato ou de hélice, moto, triciclos, cortadores de grama, todos os tipos de veículos, civil e militares, aciarias, petroquímicas, fábricas de cimento, fábricas aos milhares liberam dióxido de carbono e vapor de água além de outros poluentes. E como sub produto, calor, este calor é um valor muito grande e não poderia ser desprezado. Chamaremos a somatória de todo estes calores gerados de "Q" de 'Quentura' e este pacote de um Quantum de Calor que vale "Q"=10exp18 BTU (British Thermic Unit) A Economia precisa absorver certos conceitos e valores da Física, senão NO WAY.

Seu Carlos Hotmann morador de Cornélio Procópio no Paraná pode atestar o que significa esta tal de teoria do Caos. As pessoas leigas nos assuntos da Física Quântica e mesmo na Física Newtoniana imaginam que a Teoria do Caos e a Entropia são assuntos complexos que precisa de no mínimo um "pós-doc" para serem compreendidos. Não, nada disso, com exemplos cotidianos podemos exemplificar muito bem o que significa estes conceitos da Física e da Termodinâmica. Outro dia do mês de Fevereiro fez um baita calor em Cornélio Procópio, muito calor mesmo, a ponto de derreter o asfalto, e o pessoal andando e grudando o sapato no asfalto, exigindo dos transeuntes uma força vetorial "f" bem maior do que o seu peso "p" para se desgrudar do chão. O asfalto bem grudadinho na sola do sapato, fila nos bancos, meninos assediando por moedas nos semáforos. Seu Carlos chega em casa, o beijo selinho costumeiro na esposa e adentra na sala de estar com os sapatos asfálticos, no tapete imitação persa que havia recém chegado do Paraguai, mandalas clarinhas que lembravam um lindo caleidoscópio persa. O sangue sobe à cabeça de dona Lourdes quando olha as grossas manchas de piche no tapete de centro da sala de visitas. Maialle, traga a água-ráz, rápido, putz, escovações, o piche se transforma em uma grande mancha amarela, meio pardo meio encardido. É sóda, me traga água com sabão Hetero, seu inútil maledetto. Esfregações intensas e nada, a mancha parda está lá, fixa, irremovível. Ato seguinte, choro e ranger de dentes, a mulher manda o marido para o mais profundo dos infernos. O inferno tem várias camadas, segundo Dante Alighieri na sua Divina Comédia, o marido inapto foi enviado para a sétima das camadas, e mais alguns passos foram dados em direção ao derradeiro divórcio .
A pequena estória é uma ficção e qualquer associação com a realidade é mera coincidência. Este exemplo é para ilustrar o que acontece quando não se respeita o micro-clima local. Cortes maciços de árvores, impermeabilização de cidades, todos querem asfalto, asfalto e mais asfalto depois reclamam de tórridos calores africanos, enchurradas e chuvaradas diluvianas, raios que repicam no asfalto em busca de um ponto de terra para serem descarregados ou pelo menos uma cabeça desafortunada ou qualquer caminhante que desvairadamente desafia as chuvas, ou que moram nas encostas escorregadias à beira dos rios. Isso é um exemplo da Teoria do Caos, quando não se observa a Lei da Ação e da Reação da Física aplicada no meio ambiente. A quantidade de todos os "Q's" mencionado no paráfrafo anterior não é quantificado nas Análises Econômicas, mas o tapete persa danificado é, não só o tapete mas muitas casas completas, vidas preciosas que foram perdidas em Santa Catarina entre outros Estados. Tudo porque não estudaram, gazetearam aulas e não pegaram a matéria no xerox, a termodinâmica não é uma ficção como a pistola de Raio Laser do Flash Gordon que desintegra a matéria em energia, para quem não gosta da idéia de reciclagem. A matéria é energia condensada e energia é a matéria desintegrada, esta pistola resolve os problemas de lixo e de energia na razão E=mc2 , ao mesmo tempo... Um dia, quem sabe um dia teremos a pistola que os marcianos já tinham na Guerra dos Mundos de H.G. Wells em 1953 ? Você duvida que a termodinâmica e suas leis existem ? Se duvidar toque no coletor de escape do seu carro após uma boa viagem, e nunca mais vai se esquecer das leis da termodinâmica, aqui estão elas :
1ª Lei da Termodinâmica: A Energia é definida como a capacidade de realizar trabalho. A Lei da Conservação da Energia afirma que a energia pode ser transformada de um tipo para outro, mas não pode ser criada nem destruída. A luz é uma forma de energia, pois ela poderá ser transformada em trabalho, calor ou na energia potencial dos alimentos. ( 'Sumir' com a energia é impossivel, coisas do Mandrake).
2ª Lei da Termodinâmica: Lei da Entropia : do grego em trope do que está em transformação, nenhum processo em que implique uma transformação de energia ocorrerá espontaneamente, a menos que haja uma degradação de energia de uma forma concentrada para uma forma dispersa. A sociedade capitalista é altamente entrópica, gasta muita energia então como conseqüência temos poluição, muitos canos erodidos, lixos em decomposição, máquinas sucateadas, produtos sem serventia, como frutos da degradação de energia. É de grande importância a 2ª Lei da Termodinâmica, porque ela atua de forma sistêmica. Uma chapa de AÇO recém laminada tem alta utilidade e baixa entropia. Por exemplo uma chapa de um carro abandonado tem baixa utilidade e alta entropia. Um Ford "T" ou um Caterpillar "D8E" nunca poderão ser considerados lixo, precisam ir para a reciclagem, para serem refundidos. É preciso ter cuidado com a entropia do universo, em sistemas fechados, pois ela é crescente, como tentaremos explicar abaixo.
3ª Lei da Termodinâmica: Num cristal perfeito no zero absoluto, - 298K , há somente um estado microscópio possível: Cada átomo deverá estar no seu em um ponto no retículo cristalino e deverá ter uma energia mínima. Mas a segunda lei tem implicações exossomáticas, por exemplo: Digamos uma festa de rap no alto do morro do Alemão no Rio, comparada com uma caminhada numa praia deserta no arquipélago de Fernando de Noronha . Quanto mais movimento mais dissipação de energia e conseqüentemente maior é a Entropia. Nós vivemos na Superfície e é onde se encontra o maior valor do "Q" pelo seguintes fatos incontestáveis: A medida que se sobe existe um resfriamento adiabático, a Terra não tem um enorme "cano de escape" para lançar os seus dejetos gasosos, lixos e poluição no espaço sideral, não tem, é impossível. Portanto é um sistema fechado adiabático, e os seus processos de transformaçãos de todo o sistema Terra não ocorrem trocas térmicas com o exterior. Então, ocorre que, todo aquela quantidade imensurável de calor "Q" fica num ping-pong energético entre a Terra e a Tropopausa que fica entre 11.000 e 20.000 metros de altitude. Como a temperatura diminui 0,65ºC/100, a 11.000 metros a temperatura é de menos 56,5ºC e sabendo-se que a Tropopausa é isotérmica, dentro da mesma a temperatura será constante de menos 56,5ºC, muito frio.
Por outro lado, mirando o interior da Terra, no mundo de Julio Verne, a temperatura chega até 5000ºC, quanto mais ao centro mais quente, garantem as sondagens de petróleo, então não há a menor possibilidade de transmissão de calor da superfície para o centro da Terra, não existe troca térmica do mais frio para o mais quente. Assim todo o calor de origem antrópica fica empossado na superfície em que vivemos e a poluição fica na altura da camada de mistura que fica naquele plano onde estão as nuvens até as nuvens mais altas, aí é que os fenomenos metereológicos ocorrem, chamados de inversão térmica, e de tempos em tempos aqueles caudalosos temporais, que serão cada vez mais frequentes, pois estamos dentro de uma curva exponencial de fenômenos Entrópicos o S=k.ln(w), onde 'S' é a entropia, valor exponencialmente crescente, 'k' constante de Boltzmann e 'w' é o logarítimo neperiano do parâmetro de desordem do sistema, aí está o busílis da questão ambiental. Este ping-pong energético entre a Terra e a Troposfera só encontra estabilização nos oceanos que estão esquentando e nas Calotas Polares que estão derretendo. Moral da história : Tem que se plantar mais árvores, muito mais, do que se está cortando, reposição intensa, caso contrário vamos experimentar estes fenômenos todos no curto prazo. Ao invés da acumulação capitalista nos Bancos, acumulação de florestas que valem dinheiro onde for possível, e parar de cortar as florestas naturais como no Amazonas.
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1 Litro de Gasolina C8H18 com densidade 0,70 g/ml se obtém a liberação de -7,43 kcal/l
e a massa de gelo que teóricamente poderia ser fundida com este calor liberado seria de 89,28kg

P.S. Ver exercícios 6.34 e 6.35 do Capítulo 6. Termoquímica de Química Geral, um curso de nivelamento de Arigelinda Pereira da Costa e Paulo César Welerson de Albuquerque - UFRRJ


sábado, 21 de março de 2009

Ecologistas Russos, exigem a proibição da caça aos bebês focas os "casaco branco"

19/03/2009, 18,34 Por ITAR-TASS World Service Russia

Em ato público, Ecologistas Russos exigem a proibição da caça aos bebês focas de plumagens branca, os 'casacos brancos' como são chamados. Ecologistas Russos e o público em geral vê como uma grande vitória no governo russo a decisão de proibir a caça de focas da Groenlândia dos bebês com idade inferior a doze meses. No final de fevereiro de 2009, sob pressão das autoridades públicas, primeiro foi proibida a caça de focas na Groenlândia dos recém-nascido com idade inferior a 30 dias - vulgarmente conhecido como "casacos brancos". Agora, a proibição se aplica às focas 'casaco cinza' - focas bebês com menos de doze meses. A medida foi declarada pelo Yuri Trutnev, Ministro da Ecologia e dos Recursos Naturais, na quarta-feira. "Esta feroz perseguição, o massacre de animais indefesos, não são dignos de ser chamado caça, agora está proibida, é precisamente a forma como é tratada nos países mais avançados. Este é um grande passo em frente para a "manutenção da diversidade biológica da fauna silvestre da Rússia ", disse ele. A questão da proibição do exercício desta polêmica, foi levantada pelo primeiro-ministro Vladimir Putin, numa reunião de Gabinete. Ele considerou a caça de focas bebês como "ato sanguinário" e incumbiu o Ministério dos Recursos Naturais para um controle rigoroso da proibição da caça de focas na Groenlândia de bebês focas com idade inferior a um ano. Os anos de longa luta dos ecologistas que foram travados contra a caça cruel de focas bebês no norte da Rússia está perto de um triunfo. O veto da caça é na Groenlândia, mas eles podem dar à luz aos bebês apenas no gelo no Mar Branco alguns têm um outdoor como 'casa maternidade'. Focas têm sido caçadas por lá, de tempos imemoriais, mas até 1930 a população indígena desta zona marítima, os Pomors, tinham abatido apenas animais adultos. Os casacos brancos começaram a ser massacrados quando o Canal Branco do Mar Báltico começou a ser escavado durante a era de Stalin. A carne de jovens focas era o único meio de sustento para o enorme exército de prisioneiros que estavam cavando o canal. E os casacos brancos foram compradas para alguma finalidade de processamento de peles pelas cooperativas locais. Porém, bebés Focas ainda continuam a ser mortas aos milhares. As quotas em 1998 e em 1999 totalizaram 30.000 animais. Em 2000-2003-2004 quase duplicou. A técnica de caça é simples - um golpe fatal na cabeça do animal com uma pesada ferramenta tipo um gancho ou uma barra de AÇO. O diário Vremya Novostei afirma que o caminho para a aprovação da proibição deste tipo de caça não foi uma tarefa fácil. Nos últimos dias de fevereiro o Primeiro-ministro Vladimir Putin, recordou que "as organizações não-governamentais, em primeiro lugar as mais ecológicas, várias vezes levantaram a questão da proibição da caça das focas bebês." Em 25 de fevereiro de 2009 novas regras da pesca na bacia hidrográfica do Norte entraram em vigor. Foram proibidas a caça de focas e as fêmeas brancas, puderam ter o nascimento dos seus bebês lá. No entanto, a caça das focas machos, um pouco mais velhos, que acabam de perder as suas peles brancas em doze meses de idade - chamadas de casaco cinzento ou "graycoats", manteve-se admissível de 1 de Março a 1 Maio a sua caçada. Essa era uma lacuna jurídica para caçadores, que iniciou o recolhimento de focas casacos brancos, vivas no gelo e mantendo-as em cativeiros em zonas vedadas ou em zonas off-shore que eram chamados "quintais das focas", que parecia mais campos de morte de focas bebês. Lá os whitecoats foram deixados para morrer de fome. Assim como a car da pele foi alterada, eles foram mortos. Isso desencadeou uma onda de protestos de ativistas de proteção dos animais selvagens, e uma proibição definitiva sobre a caça de focas em doze meses até se materializou. O Fundo Internacional para o Bem-Estar Animal na quarta-feira, saudou o Ministério da Natureza, nas últimas declaração dizendo que as desvantagens nas novas regras de pesca para as zonas nórdicas foram eliminadas e o próprio documento foi apresentado ao Ministério da Justiça para registro. "Esta é uma grande vitória da vida selvagem que os defensores têm alcançado. A população de focas da Groenlândia, ao longo dos últimos dez anos tem reduzido em dois terços, "o diretor executivo do Conselho para os mamíferos marinhos, Iya Smelova, disse à Itar-Tass em uma entrevista. Ecologistas russos estão agora pressionando por medidas eficazes que faria as empresas norueguesas, que têm negócios na Rússia, para impedir a perseguição penal, também. Além disso, ativistas da proteção da vida selvagem querem navios mercantes e quebra-gelo 'icebreakers' para clara orientação dos viveiros de focas da Groenlândia. Representantes da IFAW afirmam que o abate de focas bebês é apoiado pelas autoridades norueguesas e empresas de pesca, que temem que uma excessiva população de mamíferos marinhos irá prejudicar consideravelmente o bacalhau e o arenque que são recursos do Mar de Barents. No entanto, peritos russos apontam para o abuso ilegal e maciço dos limites de captura estabelecidos para as variedades comerciais de peixes como o verdadeiro fator subjacente. Segundo o diário Nezavisimaya Gazeta, 80% das caçadas de focas na Groenlândia e na Rússia é subsidiado pelo governo Norueguês. Forçada a encerrar a sua próprias e única fábrica para o tratamento dos peles de whitecoats e graycoats, a Noruega "decidiu fazer o trabalho sujo, que, para eles, era feito pelos corpulentos russos", diz o governo, em notas publicadas na Gazeta Rossiiskaya. O fundo de Inovação da Noruega criou uma empresa chamada Ribber Skinn AS Arkhangelsk na Região, que tem contratado e navios adquiridos o "Rifled Carabinas". "A caça em viveiros, as viagens são organizadas com o cumprimento de cada regra de ciência militar - com o preliminar 'ar de reconhecimento' e sob o comando do capitães instrutores norueguêses ." Como a receita da população local irá sofrer para compensar a escassez da caça às focas, é uma questão a ser vista separadamente. Primeiro-ministro Vladimir Putin levantou-o no Gabinete da reunião, também. "É importante para compensar a queda nos rendimentos das pessoas que irão sofrer. Na primeira uma soma muito moderada foi mencionada, 6 milhões de rublos. Mas quando concordei com ele, a soma de repente cresceu para 48 milhões ", disse ele. Aqueles que fazem dinheiro com o massacre das focas estão furiosos sobre a proibição, é claro. "A proibição de caçar focas bebés é uma decisão populista por parte das autoridades e que continua a ser muito pouco clara no que ela invoca," o Regnum agência noticiosa cita um representante da comunidade Mar Branco como dizendo, Sergei Samoilov , a etnia indígena o Pomors. Samoilov, é o chefe de uma cooperativa de pesca, explicando que a proibição vai ser justificada apenas se oferecerem uma boa alternativaas as autoridades Pomors . "De tarde, os Pomors teve de aturar restrições sem fim das iniciativas pesqueiras" . Primeiro foi-lhes dito para não pescar salmão. Agora eles não estão autorizados a caçar focas bebês. Creio que em uma situação como esta, as cotas de pesca deverão ser aumentadas para permitir que as pessoas ganhem a vida. Hoje em dia, mantemos a caça das focas adultas, mas há o receio deste tradicional exercício também possa vir a ser proibido em breve", disse Samoilov.

quarta-feira, 18 de março de 2009

O Estado Estacionário - Tempus Fugit -


Hoje, dia 18 de Março de 2009, início da Lua Minguante, notamos que o aguaceiro de ontem no município de São Caetano, São Paulo, está diretamente relacionado com as queimadas nos cerrados e desmatamento da floresta amazônica. É preciso ser categórico, estas chuvas todas deveriam estas caindo copiosamente sobre a Amazon rainforest mas derrubam as florestas tropicais sem respeitar as análises de sua influência sobre o clima, queimadas nos cerrados sem se importar com o efeito estufa. E, as cidades cada dia mais impermeabilizadas com cimento, concreto e asfalto, so poderemos esperar por novos dilúvios. É preciso adotar uma nova Filosofia Experimental nestes fatos, buscar correlações. A Filosofia tem a importante missão de buscar respostas para nossas inquetações cotidianas, não somente ficar estudando antigos textos helênicos entre outros mais recentes. A filosofia é uma ciência viva, do aqui e agora, não apenas ficar estudando as filosofias que já foram feitas. Os cientistas do INPE o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais deveriam ocupar o tempo que corre de forma inexorável, tal qual escorre a areia da ampulheta, para inventar novos empregos "ad hoc" para solução da crise ambiental . Afinal de contas, o tempo corre, lépido quando precisamos de tempo, e bem de vagarinho, bem de mansinho quando precisamos de rapidez, segundo afirma o Martinho da Vila.
Mas os velhos empregos, da velha economia estão em extinção, assim como o Mico Leão Dourado ou o Papagaio da Cara Roxa. Mas meu amigo, não adianta ficar aí na poltrona esperando ser chamado para se alistar nas tropas do General Motors, são ínfimas possibilidades de ser chamado. Outro dia, assisti no programa Roda Viva o presidente da GM do Brasil e Mercosul o Mr. Jaime Ardila dizer que vai dispensar os funcionários temporários, e nem sequer mencionou sobre a possibilidade de novas contratações, em resumo, disse também que quando precisarem de mais gentes ele chamará, mas, por enquanto o manpower está muito bom.
Thomas Malthus, como nós sabemos, era criticado primeiramente porque ele assumia que a população e os recursos cresciam de acordo com algumas leis muito simples da matemática. Mas seus críticos não falavam sobre o erro fatal de Malthus (que aparentemente permanece sem noticias). Este erro é que implica na suposição que a população pode crescer além de qualquer limites ambos em numero e tempo, contanto que este não crescesse muito rapidamente. Malthus morreu sendo execrado pela direita, centro e esquerda. A plebe ignara, junto da Igreja odiavam Thomas Malthus porque ele era contra o único lazer ao seu alcance, que era amar e procriar, e a Igreja repudiava as idéias de controle da natalidade. Os fidalgos, junto com o pessoal da direita, que precisavam de mão de obra farta e barata, também eram contra as idéias e o pessoal de centro, professores, escritores, profissionais liberais, artistas e alguns intelectuais ruins, que ficavam com o pensamento da maioria para garantir o seu, de forma muito gelatinosa, também execravam Malthus, o Maldito de todos...
Todavia, Malthus não era tão ruim assim, foi um grande matemático, e demonstrou ser impossível agradar a Gregos e Troianos, bem como Pernambucanos e Alagoanos, nem Palmeirenses e Corinthianos, impossível, suas considerações na matemática vão bem além do razoável, quanto à cinética de 1ª Ordem na Equação Diferencial das Populações, assunto que veremos em outra ocasião mais oportuna. Em termos conceituais Malthus estava muito a frente de sua geração.

Mas, um erro essencialmente similar ao de Malthus tem sido cometido pelos autores dos Limites do Crescimento, mas os autores da linha não matemática, são ainda mais articulados "Projeto para Sobrevivência" tanto quanto diversos escritores mais primitivos do assunto. Porque tal como Malthus, eles têm se posicionado exclusivamente em provar a impossibilidade do crescimento, eles foram facilmente iludidos por um simples, agora muito difundido, porém falso silogismo: Desde que o crescimento exponencial num mundo finito direcionado ao disastre de todos os tipos, a salvação ecológica estará no estado estacionário. Herman Daly sempre reinvindica que a economia sem crescimento, no estado estacionário, é, entretanto uma necessidade. Mas, sem dúvidas, é um ponto de vista muito complexo de ser defendido politicamente, todos querem crescer, crescer e se multiplicar, algo que está ficando inexeqüível na escala exponencial da taxa de natalidade atual, em resumo, quanto mais gente, mais gente se multiplicando, de forma exponencial (!). Não 1,2,3,4... mas 10, 100, 1000, 10.000..., 1.000.000.
Esta visão de um mundo bem aventurado, em que a população e os capitais estocados permanecem constante, uma vez já foi exposto através do talento incomum por John Stuart Mill, estava até recentemente em esquecimento. Por causa desta espetacular renovação deste mito da salvação ecológica, esta idéia está bem no ponto para justificar variadas e lógicas dificuldades com a Entropia. O erro crucial consiste em não ver que não somente o crescimento, mas também o crescimento zero, ou mesmo num estado de declínio em que não converge em direção do extermínio, tal qual ocorreu com os dinossauros, não podem existir num ambiente finito. O erro talvez permaneça de não compreender e também confundir o que significa estoques finitos e razão de fluxos finitos, os gráficos elaborados por economistas muitas vezes mostram uma incongruência e sugerem uma incongruência nas dimensionalidades. E ao contrário do que alguns defendem o estado estacionário, esta situação não ocupa uma posição previlegiada em relação vis-à-vis às leis da Física, em resumo é impossível enganar as leis básicas da termodinâmica. Isto poderá ser comprovado matematicamente através do montante dos recursos naturais realmente acessíveis na crosta terrestre, a população, e o montante de recursos naturais exauridos medidos durante um ano, considerar a média de longevidade, poderá se obter a máxima duração da espécie humana na terra, a menos que o homem passe para um estágio muito primitivo de catação de frutos silvestres, sementes e coquinhos, o que é algo totalmente indesejável, abdicar das facilidades do progresso tecnológico seria fazer os relógios voltarem para traz, uma utopia insana. Os proponentes da salvação através do estado estacionário precisam admitir que tal estado somente poderá ter uma duração finita caso contrário eles estarão desejosos de se associarem ao Clube dos Sem Limites uma vez que consideram os recursos naturais como inexauríveis ou quase como o Grupo de Meadows fazem de fato. Alternativamente, eles precisarão explicar o quebra-cabeças de como funciona uma economia estacionária por um longo período de tempo, todos recursos num determinado instante tendem ao fim caso não seja adotada uma forte cultura dos 4R´s: - Reciclar, Reusar, Reduzir e Rejeitar.


sexta-feira, 13 de março de 2009

Labrador Tubby é campeão de reciclagem



(Foto: South Wales Argus)


"Tubby esmaga as garrafas antes de entregá-las a sua dona"

Um labrador chamado Tubby ajudou a reciclar 26 mil garrafas de plástico em seis anos no País de Gales, segundo estimativas de sua dona, Sandra Gilmore. Em suas duas caminhadas diárias, o labrador recolhe, em média, seis garrafas encontradas no chão, antes de esmagá-las com a boca.
Tubby entrega todas as garrafas para sua dona, que mora no condado de Torfaen, sudeste do País de Gales, que as leva para serem recicladas. "Fico feliz de ele ter um nariz farejador para garrafas, e não ossos", disse o parlamentar local John Cunnigham.
"Ele desenterra as garrafas em qualquer lugar e se enfia embaixo de arbustos e até dentro d'água para pegá-las", disse a dona, de 51 anos. "Eu gosto de fazer a minha parte, reciclando o máximo que posso - o Tubby me ajuda a fazer um trabalho ainda melhor." "O Tubby deve ser o cão reciclador mais dedicado e verde das redondezas", completou. Gilmore acredita que seu cão de estimação é atraído pelas garrafas por causa do barulho que elas fazem quando ele as esmaga.
Apesar de elogiar a reciclagem de Tubby, Gilmore diz que o hábito, às vezes, pode ser irritante.
"Muitas vezes sobrou algum líquido no fundo das garrafas que ele traz para casa, e ele se espalha por toda a parte", afirma.

Considerações Matemáticas

Nasci em 21 de Dezembro de 1957, solstício de verão no Hemisfério Sul, nasci pequeno, e fui crescendo com o passar dos anos. A massa inicial de 3,4kg foi multiplicada muitas vezes nestes anos todos. Acho que o humor, a ironia, e uma dose de picardia é fundamental para conseguir sobreviver no mundo de hoje. Não suportaria viver num mundo tão tacanho, tão mesquinho, repleto de pessoas de visão bem curta, sem estes elementos. Acredito que a humanidade tenta resolver problemas complexos com armas primitivas, os problemas do século 21 exigem pistola de raio laser como a do Flash Gordon e muitos insistem em debelar as mazelas com um machado de pedra do neolítico, como a dos Flintstones. Então as discussões ficam bastante díspares, muito difíceis mesmo.
Em primeiro lugar, poucas, muito poucas pessoas estão dispostas a estudar matemática, física e química a fundo, que é a base das análises dos problemas ambientais.
Os problemas das crises que enfrentamos no capitalismo, são de grande complexidade sistêmicas, ligados a uma boa dose de safadeza, também sistêmica. Na época em que Karl Marx se debruçou sobre os problemas do capitalismo, como as lutas de classe, a concentração capitalista. O mundo era infinitamente mais simples que hoje. Não havia a variável ambiental, tão aflitiva, que vem nos preocupando e nos deixa impotentes diante dos fatos. A hipótese do homem tentar controlar a natureza foi um engôdo, as ciências estão cheias de meias verdades, mentiras completas e poucas certezas, estes fatos fazem multiplicar as religiões as seitas, e credos no misticismo. Uma vez que o homem não encontra coisas firmes e sólidas para acreditar, nem nas ciências, passa a acreditar em verdades não tão claras assim. Mas, a história atesta que é preciso crer em alguma coisa. A fé precede a razão, e não é função das ciências colocarem os homens contra as religiões. O segredo das grandes vontades, como dos grandes talentos não é outro senão a intuição da incógnita. Quando o espirito tem consciência de sua ignorância, ele sente a necessidade de a debelar. Todos os nossos sistemas industriais e financeiros estão fundamentados em modelos lineares e na combustão geradora de dióxido de carbono e vapor de água como subprodutos, além de uma infinita variedade de outros poluentes. Para sair destes modelos lineares e passar para um modelo cíclico, exige um conhecimento de matemática um pouco mais refinado. Todos entendem o modelo linear porque a função linear, a equação da reta é a mais simples de ser compreendida, porém não é a única. Existe as variáveis cíclicas, as funções multivariáveis, as funções de variáveis complexas, entre muitas outras que podem ser encontradas no livro maravilhoso de Algebra Linear do estimado Professor Barsotti e no Cálculo Diferencial e Integral o Piscounov, em russo se preferir emoções mais fortes. Solicite ao seu livreiro "Дифференциальное и интегральное исчисление, том 1 и 2 Пискунов, Москва" é realmente emocionante. Existe outros modelos matemáticos mais complexos e mais refinados para a interpertação dos fenômenos que nos afetam diáriamente. Basicamente, o que mais aflige a humanidade, em termos matemáticos, são :
1) Apego aos Sistemas Lineares como se não houvessem outros sistemas, outras curvas. A Economia anda uma curva atrás dos acontecimentos, mais difícil do que interpretar a atual situação financeira, é interpretar uma interpretação dos economistas sobre a atual situação financeira... Economistas falam muitas abobrinhas do tipo assim: - Agora a bolsa subiu, a bolsa abaixou, agora o dólar subiu, agora o dólar abaixou, os juros subiram, os juros abaixaram, por causa disto e mais aquilo, sancta patientia, se tudo o que sobe um dia desce, então usem uma função senoidal.
Muito raro se encontrar alguma análise bem feita, sínteses então, impossível. As vezes aparece as 'crises' em NY, como a do Mr. Bernard Madoff que fez desaparecer algo como US$ 50 bilhões neste tal sistema piramidal, este sim é doido e os que confiam nele, - mais doidos ainda. Gostaria de ler uma análise detalhada deste sumidouro de dinheiro e porque este esquema demorou tanto tempo para ser descoberto. Cadê os economistas neoliberais de plantão? Sumiram todos ? Este sujeito Madoff não deveria ir para a cadeia, mas deveria trabalhar de fato, fazer um estágio de reeducação de uns 10 anos numa mina de Carvão na China ou na Sibéria, remunerado de acordo com o salário local... Parace coisa do Mandrake, sumir com o dinheiro do povo. Um Cacciola aqui, um Banco 'Marka' ou 'Fonte Sindan' que ninguém mais dá noticias, acolá, e lá nave vá. Ninguém dá explicações de nada. Aonde está o dinheiro? Segundo Tomasi de Lampedusa, o gattopardo comeu! É phóda minha gente, como dizia Heródes, ou tu estudas ou tu te phódes, (sempre escrito com 'pH' para ficar quimicamente correto). Quererem tampar o Sol sem a peneira, anseiam que tudo suba continuamente para satisfazer os insanáveis raciocínios lineares? Ora pois, vamos produzir riquezas reais, chega de ficção ...
2) Os Economistas desconhecem os perigos, as armadilhas das Funções Exponenciais. Estamos dentro de uma função exponencial na taxa de natalidade que acompanha muito de perto a taxa de aumento de CO2 na atmosfera e as modificações climáticas. São curvas bem perigosas, temos que abaixar a velocidade, caso contrário podemos capotar, isso leva a consequências de múltiplas complexidades, podes crer. Na vida deve-se ler pouco e reler muito, há uns poucos livros totais, talvez uma dúzia, que nos salvam ou que nos perdem de uma vez. É preciso relê-los, sempre e sempre, com obtusa pertinácia de tempos em tempos. E, no entanto, o leitor se desgasta, se esvai, em milhares de livros mais áridos do que atravessar os três maiores desertos, o Sahara da Arábia e Gobi juntos. Mas, na vida real, bom mesmo é a Álgebra, isto sim, nada como a Álgebra Linear e seus acessórios, Cálculo Diferencial e Integral, Cálculo Numérico, Vetorial, e as Funções de Variáveis Complexas, são os compendios anexos da Álgebra. Nada se compara ao sabor da Álgebra. Nem sexo, football, drogas, rock'n'roll, surf ou paixões arrasadouras, nada se compara. Porém não se deve exagerar na dose, no máximo oito horas diárias de estudos para se atingir o nirvana no término do curso, se a posologia não for obedecida, o incauto estudante do curso poderá acabar num sanatório... Só.

3) Muitos acreditarem demais na Algebra Booleana, na vida cotidiano isso pode ser observado na entrevista com o Bispo do Recife se ele era a favor ou contra o aborto. O que o jornalista esperava que ele respondesse ? Precisamos avançar o sistema na terceira hipótese, ou 3ª via se preferir, nada de 'Byte On' ou 'Byte Off' nestas questões cabeludas, muito complexas mesmo.
Se o Bispo é contra o aborto, então, ato contínuo : - Porque o jornalista não perguntou, se os bons Hospitais das Pontifícias Universidades Católicas, as 'PUC's, não poderiam assistir a menina de nove anos até o parto e lhe oferecem um condição mais humana neste triste episódio?
Esta familia da menina, vive numa condição sub humana, infra-dignitatem, e a Igreja com a sua portentosa riqueza, poderia oferecer uma vaga nas suas creches. O Bispo agiu como um burocrata religioso, não como um Ser Humano. O repórter poderia propôr e discutir a assistência da menina até o parto e a entrevista tomaria outro rumo, seria bem mais profícua a todos.
A Algebra Booleana, formulada por George Boole, só oferece duas opções Gate On ou Gate Off, e todo o mundo da informática está baseado neste fundamento. Todavia, o pensamento booleano é enfadonho, radical, difícil de ser metabolisado se aplicado nas questões sociológicas.
- Nem tudo poderá ser resolvido na análise do "pão-pão" ou "queijo-queijo", os mineiros, neste assunto deram uma importante contribuição; acharam uma síntese, no "pão de queijo"!

Italianos são condenados por manter brasileira e bebê em quarto

Italianos são condenados por manter brasileira e bebê em quarto
Guilherme Aquino - De Milão para a BBC Brasil

A Justiça da Itália condenou nesta quinta-feira um homem e sua mãe a dez meses de reclusão por manterem uma jovem brasileira e sua filha de um ano em um quarto sem aquecimento por meses durante o inverno.

Obs.: Ver Lei de Imigração, como o bom exemplo da lei adotada no Egito, onde o pretendente a futuro conjuge, deverá depositar a quantia de US$ 80 mil em nome da futura esposa para garantir a estabilidade financeira da mesma no seu retorno se a união não for bem sucedida.
A quantia fica retida no Banco Nacional do Egito e sómente poderá ser sacada após dois anos de união estável. Este procedimento na liberação de vistos de saída do país, para se casar no exterior, práticamente erradicou o problema de tráfico de mulheres no mundo Islãmico. O problema de tráfico de mulheres brasileiras para se casarem ou se prostituirem no exterior é grave e o Estado tem se mostrado omisso, sem adotar nenhuma medida preventiva.

terça-feira, 10 de março de 2009

Reciclando a Matéria Plástica


Na foto acima, observamos a evolução das garrafas de Coca-Cola de vidro desde 1899 até a garrafa PET em 1994. - E na reciclagem, como ficamos ?


Relembrando o acidente da REPAR Refinaria Petrobrás de Araucária no Paraná em Julho de 2000, quando foram despejadas toneladas de petróleo nos Rios Iguaçú e Bariguí no Paraná. Observou-se que durante a limpeza do vazamento foi notória a quantidade de garrafas PET de dois litros que foram encontradas no lixo ribeirinho dos rios atingidos. Um efeito da nociva Economia Linear. Os refrigerantes vendidos em embalagem PET têm sido causadores de transtornos ambientais formidáveis nas enchentes de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Minas Gerais. Acredito que se faz necessário uma ação governamental firme, obrigando as empresas de refrigerantes promover a reciclagem dos mesmos ou buscar aplicações para este vasilhame PET que tem uma durabilidade extraordinária na natureza, até se biodegradarem em formas inócuas.
É importante salientar o trabalho realizado pela empresa de embalagens Longa Vida, da empresa Tetrapak, buscando soluções para a reciclagem de suas embalagens cartonadas, que tem uma durabilidade extremamente longa no meio ambiente, um exemplo que precisa ser maximizado e seguido por outras empresas. A embalagem Tetrapak é feita de papelão e finas lâminas de alumínio, entremeadas de polipropileno em quatro camadas consecutivas; quando reciclada é possível fazer vários produtos, desde coberturas de casas até réguas e pequenos objetos de alta resistência mecânica.
Em todo o país estima-se que sejam reciclados apenas 15% desse tipo de embalagem. As embalagens não retornáveis tipo PET são um sério problema que exije ação governamental bem objetiva, uma vez que os fabricantes e os engarrafadores não apresentaram medidas de sustentabilidade de seus produtos de forma satisfatória. É necessário investir mais em ações ambientais efetivas ao invés das fúteis e caras campanhas publicitárias, a empresa Coca-Cola poderia liderar este segmento, de reciclagens do plástico PET. O plástico tipo PET e muitos outros não são biodegradáveis. A cada ano se consome no mundo 100 milhões de toneladas, das quais 75% se convertem em Lixo, automaticamente vão sobrecarregar os lixões, logo após seu uso. Dos plásticos, de 92 a 93 % não são recicláveis. A indústria do Plástico utiliza produtos químicos perigosos, muitos contém metais pesados tais como Chumbo e Cádmio. A fabricação dos plásticos e sua posterior queima em lixões libera na atmosfera substâncias tóxicas, tais como as Dioxinas, Dicloro-Etanos e os Furanos além de outros gases que são Cancerígenos. Portanto devemos consumir a menor quantidade possível de plásticos e reutilizá-los sempre que for possível. Comprar alimentos sem vasilhames - ao natural – para diminuir a quantidade de lixo proveniente das embalagens, é uma boa medida preventiva. Os Plásticos mais comuns são o Polietileno de baixa e alta densidade utilizado em sacos e garrafas de leite e bolsas plásticas. O Polietileno Tereftalato o PET das Garrafas de refrigerantes, bem como o PVC (Poli Vinile Cloride) que é utilizado em Tubos, recipientes de alimentos e filmes plásticos são recicláveis. Também os plásticos especiais que são fabricados os CD's, este tipo de plástico, poderia ser utilizado como matéria prima para a fabricação de Cartões de Crédito.
Quanto ao Polipropileno (Raphia), o Poliestireno (Isopor), o Acrílico (Polimetacrilato de Metila), o Teflon (Poli Tetra Flúor Etileno) e outras Fibras Plásticas tais como o Nylon, Poliamida, Poliéster, Rayon, Acetatos, Dralon, Lycra, Orlon não são recicláveis com as tecnologias existentes.

Somente uma fração ínfima, menos de 3% dos materiais plásticos são reciclados, o restante vai direto para os lixões. Portanto são necessárias pesquisas orientadas neste segmento em busca de soluções práticas, para buscar novos processos de reciclagem. Uma das mais importantes lutas ambientais é tentar resolver o grave problema de despejo de garrafas de plástico duro, as embalagens PET em cursos d’água e noutras áreas inadequadas, provocando inundações e ambientes propícios para o desenvolvimento de doenças como a dengue e a leptospirose. A visão sistêmica destes problemas ambientais somente é possível através da Economia Cíclica, onde os ciclos produtivos se alternam com os ciclos de reciclagem. O Brasil comercializa 12 bilhões dessas embalagens por ano, reciclando de 16% a 20% do total, algo em torno de dois bilhões por ano. No Estado do Rio de Janeiro, estima-se que são produzidas 1 bilhão de embalagens por ano, sendo coletadas cerca de 220 milhões, o que é muito pouco. É preciso mais dinamismo neste setor. Devemos incentivar a substituição dos sacos plásticos que são desperdiçados em Supermercados por sacolas resistentes e duráveis. Este objetivo não é fácil de ser atingido, mas tem que haver perseverança aos novos hábitos de enviar as garrafas plásticas para a reciclagem e para outras aplicações cabíveis.

O apoio dos grandes fabricantes de refrigerantes e das redes de supermercados é fundamental para solucionar, com a sua logística, os graves problemas ambientais causados pelas embalagens. A nossa política Verde, a rejeição sumaria dos refrigerantes de empresas que não estejam compromissadas de forma clara e inequívoca com o meio ambiente é uma medida ambientalmente correta e faz parte dos 4's, ou seja : Reciclar, Rejeitar, Reusar, Reduzir, o uso de materiais e de energia.

Analisar as campanhas ambientais com lentes de aumento para verificar se não há somente um objetivo publicitário e mercadológico, ou se a reciclagem está sendo eficaz. Temos visto muitas certificações da ISO 9.001 e ISO14.001 servirem apenas para gerar publicidade e propaganda. Existem poucas campanhas ambientais que estão realmente buscando resultados práticos, prevalece a avidez por publicidade, incentivando o consumismo voraz e alienante, além da mesquinheza no pagamento do kilograma do material colado para a reciclagem. Os índices de reciclagem praticados no Brasil ainda são muito baixos, exceto para as latas de alumínio. Uma grande aplicação para a Matéria Plástica Reciclada seria a fabricação do "dinheiro plástico", como veremos em outra matéria neste Blog.

sábado, 7 de março de 2009

O Papel (Higiênico) de Keines na Economia Sustentável

Há um século, uma pessoa comum gerava apenas uma pequena quantidade de informação em sua vida, talvez um monte de cartas e um álbum de fotografias. Agora somos inundados por informações desde a mais tenra idade, como o leitor pode ver na foto acima. Por outro lado somos responsáveis pela escrita de milhares de documentos em papel, originais e fotocópias, uma miríade de blogs que se multiplicam diuturnamente como larvas.
Porém, no momento sagrado e sublime que o cidadão está no banheiro, ao invés de ficar olhando para a decoração do azulejo, poderá ler um briefing de notícias da companhia em que trabalha, uma resenha poética, ou até mesmo fazer um curso de alguma língua estrangeira moderna, em módulos, daquelas que não estão em extinção, é claro. Observe que na foto, as latas de batatas Pringles tem múltiplas utilidades de armazenamentos, isto se chama de Eco-Design e podem virar até caleidoscópios!
A informática democratizou o acesso à informação, porém o volume de papel utilizado pelo homem do século XXI, individualmente, é muitas vezes superior do que era utilizado no início do século XX. Talvez um dos maiores desperdícios da sociedade de consumo esteja no uso do papel. Sempre que possível devemos utilizar a impressão em ambos os lados. Pode-se fazer livretos de notas com a face em branco, forrar livros, fazer cadernos escolares para as crianças que estão no pré-escolar e jardim, mas não o lixo imediato. O incentivo de artes como o Origami, ensina as crianças o valor dos materiais. A maioria dos papéis, quando livres de Cloro, são biodegradáveis em um curto período de tempo. Porém, se queimados, liberam dióxido de carbono, em alguns casos liberaram dioxinas ou dicloro-etanos e furanos que são gases tóxicos. A natureza tem a capacidade de promover a degradação de sua matéria orgânica até componentes inócuos, tais como sais minerais, adubos naturais que são reincorporados em novos ciclos vitais. Por outro lado, as atividades dos catadores de papéis, papelões e aparas em nada mudaram em relação à idade média. Diariamente observamos carrinhos de catadores de papéis com tração humana com até 80kg de papéis, ou em carroças puxadas por cavalos, disputando o espaço urbano das ruas entre os carros. Uma cena paradoxal do século XXI, afinal, Curitiba é considerada uma Capital Social, o segundo maior pólo de fabricação de automóveis do Brasil. O novo e o arcaico convivem de forma nada harmoniosa, causando muitos acidentes e transtornos no trânsito bastante tumultuado de uma Cidade que cresceu muito além de suas capacidade, com a chegada das indústrias automobilísticas. Porém o comércio de papéis, como o de outros meteriais que vão para a reciclagem tem sofrido uma queda acentuada nos seus preços devido a crise que passamos, podendo agravar as questões ambientais urbanas.
O comércio de papel reciclado é o segmento mais pobre das pessoas que vivem da catação do Lixo. O valor pago é bastante baixo se comparado com outras catações como vidros, plásticos, metais e latas de alumínio. O preço de um kilograma de papel chega a ser multiplicado sete vezes desde o momento que sai do carrinho até chegar nas usinas de reciclagens. No meio do caminho ficam os donos dos depósitos, geralmente próximos às favelas, os aparistas, grandes comerciantes que compram o material dos depósitos, prensam, enfardam, e repassam para as usinas de reciclagem.
Esta atividade tem oferecido condições muito precárias, sub humanas, a um grande número de pessoas na Metrópole Ambiental. Em Curitiba, segundo a Prefeitura Municipal, o número de "carrinheiros" cadastrados chega a 3000. O pouco lucro com a venda do papel não é o único prejuízo do catador. As viagens que realizam, atravessando a cidade com o carrinho, causa sérios danos à sua saúde. Estes catadores estão expostos às doenças de pele causadas pela sujeira e poluição, correm grande risco de serem atropelados, de terem doenças respiratórias e musculares. Quando adultos tornam-se vítimas precoces de doenças da velhice, como reumatismos, pneumonias etc. As crianças e adolescentes, bastante franzinos, desde muito cedo tem limitações no desenvolvimento, devido ao excesso de peso que carregam durante todo o dia, sem freqüentar as escolas.
Todas estas famílias acabarão sobrecarregando o SUS, o Sistema Único de Saúde, e o INSS a Previdência Social, apesar de nunca terem contribuído com um centavo sequer, por viverem na economia informal. É imperioso identificar esses indivíduos através de uma Associação de Classe, desenvolver um plano de ação social, com propostas reais além do marketing televisivo, cada dia mais abusivo, algo que funcione de fato. Uma cooperativa de serviços, com alojamentos, banheiro, sala de refeições, oferecer equipamentos de proteção individual e subsidiar esta atividade. É preciso organizar este segmento social que se mostra cada dia mais intenso. O governo precisa fomentar Usinas de Reciclagem até o ponto de sustentabilidade deste segmento, para tirar do mercado informal estes trabalhadores que são verdadeiros heróis da reciclagem, e sem eles, a situação ambiental estaria mais crítica do que já está...
Apesar de retirar das ruas de Curitiba mais de 600 toneladas de lixo reciclável por dia e movimentar um negócio de R$1,5 milhão de reais por mês, não são reconhecidos como garis, caracterizando um apartheid social. Os catadores de papel, cujo trabalho evita o colapso da coleta de lixo nas grandes cidades, buscam um reconhecimento profissional. Querem se organizar para sair da penúria e ter direitos mínimos, como o INSS e a aposentadoria. São muito pobres, moram geralmente em favelas e raramente ganham mais do que R$15 por dia. Trabalham todos os dias, sem direito a férias, feriados ou Fundo de Garantia. Se pararem por 24 horas, seja por doença, chuvas, ou qualquer outro motivo, podem ficar sem ter o que comer. A iniciativa das prefeituras em promover coletas seletivas e os Programas do Lixo que não é Lixo são fundamentais.
A coleta seletiva de papéis, algumas empresas tem apresentado propostas promissoras. A coleta das Listas Telefônicas antigas, substituídas pelas novas, foi uma iniciativa inteligente neste segmento. O papel jornal também poderia ser coletado sistematicamente pelas Distribuidoras de Jornais, uma vez que voltam com as caminhonetes vazias após as entregas. O grande desafio será aliar os desafios culturais às demandas de novas tecnologias. Algo bastante difícil de ser praticado, se não houver investimentos em novas tecnologias nas Indústrias de Papéis. O uso dos materiais de origem reciclada, ao invés de material virgem, exige que maior valor seja agregado a este segmento, com investimentos na melhoria da qualidade dos produtos finais.
Quem prefere utilizar um papel higiênico feito de papel reciclado, um pouco cinzento, ao invés de um branquinho e perfumado feito com material virgem? Os norte-americano sempre gostaram de um bom papel higiênico, de preferência com mais de uma folha (bem macia), a chamada multi-ply, e acolchoada, ou seja, quilted. Os ambientalistas apontam para o fato de que esse tipo de papel higiênico ultra-macio, espesso e suavemente perfumado é mais perigoso para o meio-ambiente do que um trator Caterpillar D8H. Porém muitos defendem a questão ambiental com a paixão de um novo cristão, ficam estarrecidos com o desmatamento contínuo das florestas.
É preciso lembrar que para cada 60kg de papel reciclado, evita-se o corte de uma árvore.
A mudança cultural diante dos materiais é um grande desafio, certamente se continuarmos com os velhos procedimentos obteremos os mesmos resultados (ruins!) de sempre. É, isso mesmo, como já dizia o Lord Keynes, aquele do well faire state. A grande dificuldade não está em abraçar as novas idéias, mas em escapar das velhas. O estado do bem estar social deve oferecer um bom papel higiênico reciclado para a sua população, uma vez que as indústrias não tomam a iniciativa neste segmento, além de abaixarem o preço do material reciclado de uma forma aviltante.
Este papel higiênico reciclado seria vendido de forma subsidiada, com isenção de impostos, para escolas, repartições públicas, prefeituras, hospitais, forças armadas, entre outras unidades de consumo do Governo. Dois papéis higiênicos, que já sairam de linha, poderiam ser relançados na forma de 'Reciclados', o 'Pacu' com um desenho de um peixe no pacote, e o papel 'Sudameris' que também era o nome de um banco, saiu de linha, após uma gestão temerária.
Mas, a Economia Cíclica tem respostas para a crise, com uma visão holística, onde o sub produto de uma empresa é matéria prima para outra.

Reflorestamentos como atividades sustentáveis

A madeira é matéria-prima fundamental para a indústria de papel e celulose, a indústria moveleira, da construção civil e também para a geração de energia em atividades como a panificação e a indústria cerâmica, entre outras aplicações. Além disto, os reflorestamentos tem influência direta no ciclo hidrológico, promove a estabilidade nos taludes nas encostas dos morros. Exerce proteção contra a ação dos ventos e diminuição da poluição sonora e atmosférica. Os reflorestamentos podem ser uma importante atividade produtiva e sustentável como política de assentamentos para o Movimento dos Sem Terra e como uma atividade para preservar as florestas naturais e recuperar as áreas que já foram degradadas. Os reflorestamentos têm a função de diminuir a poluição atmosférica através da descarbonização da atmosfera, absorvendo o dióxido de carbono e liberando o oxigênio, purificando o ar através da fotossíntese, absorvendo parte da poeira e dos sólidos em suspensão. Também absorve parte dos raios solares, melhorando o micro-clima com o sombreamento. As áreas reflorestadas promovem a melhoria da saúde física e mental da população e ambientação à permanência dos pássaros. No Brasil, segundo relatório O Estado do Mundo do Instituto Worldwatch , mais de 90% das emissões de CO2 são provenientes das queimadas das florestas. A floresta Amazônica tem um papel fundamental em fixar mais de 500 milhões de toneladas de CO2 a cada ano. Porém, a área devastada na Amazônia já equivale ao tamanho do território da França. Apesar de todas estas importâncias ambientais e sociais, o mau planejamento provocará escasseamento da madeira no Paraná e noutros Estados do Brasil. O consumo de madeira superará a capacidade de corte nas áreas de reflorestamento. A crise poderá se estender por até dez anos, causando prejuízos econômicos e sociais num setor que gera 150 mil empregos diretos somente no Estado do Paraná. O aumento de custos pode fazer com que muitas empresas fechem ou reduzam suas produções, com conseqüências imediatas para o nível de empregos no campo. A razão da escassez está na falta de Planejamento e de investimento de longo prazo. Entre 1987 e 1995, os governos federal e estadual reduziram os incentivos ao reflorestamento. Nesse período o consumo foi maior que o plantio, em 95 os incentivos voltaram. Naquela época, plantava-se uma árvore para cada três derrubadas, e já era possível prever um colapso na produção de madeira. Atualmente, no Paraná esta diferença já foi equacionada, cortam-se anualmente 28 mil hectares de área reflorestada enquanto que o plantio fica entre 34 mil e 40 mil hectares por ano. O problema consiste em que as novas áreas florestais precisam de um tempo para crescer que varia conforme a finalidade da madeira. O corte para a indústria moveleira pode ser feito de 15 a 20 anos após o plantio. Portanto, as árvores que começaram a ser plantadas depois de 95, só estarão prontas para o corte em 2010 e 2015. O único setor da economia que depende da madeira mas que não deverá ter problemas é a indústria de papel e celulose, uma árvore para ser transformada em papel precisa de apenas 6 anos de desenvolvimento. A indústria papeleira está bem preparada, estima-se que hoje 90% dos reflorestamentos da Região Sul do Brasil são de propriedade da indústria de papel. Atualmente, a área ocupada por reflorestamento no Paraná é de 570 mil hectares, onde o plantio de pinus corresponde a 80%, e outras madeiras somam apenas 8%. Segundo informações do Programa Nacional de Florestas PNF do Ministério de Meio Ambiente existe uma projeção de déficit da matéria-prima em todo o país na última década. O PNF foi criado em 2000. Hoje articula a política nacional de investimentos para o setor florestal, sendo que a expansão de áreas reflorestadas e o incentivo do uso sustentável das matas nativas foram considerados prioritários. Vale ressaltar nessa postagem do Blog "Ecologia Urbana" que a geração de empregos requer visão de longo prazo e um planejamento eficiente nas indústrias de base. Na Economia Cíclica, as atividades das indústrias madeireiras devem andar pari passu com as atividades de reflorestamentos, dentro de uma visão sistêmica.

quarta-feira, 4 de março de 2009

Você quer ser um milionário ?

- Cada uma que aparece... Ouça a música "Money" do Pink Floyd, lendário álbum The Dark Side of the Moon, ainda é uma obra surpreendente, ouça enquanto meditamos sobre o dinheiro, a Índia e quem quer que seja um milionário, hoje em dia. Ficamos aqui pensando sobre a idolatria pelo dinheiro na Índia, leiloando os pertences do grande Mahatma Ghandi, tudo se transformando em dinheiro. O panteísmo secular indiano possui mais de 36 mil deuses, além da trindade mais forte e evidente do Hinduísmo, o supremo Brahma e seus filhos Shiva e Vishnu...Vamos analisar a música e alguns fatores da nova débàcle do capitalismo do século 21, muitas das respostas estão na sabedoria dos vedas contidas no Bhagavad-Gita, como ele é.

-Money, get away. Get a good job with more pay and you're O.K. Money it's gas Grab that cash with both hands and make a stash, new car, caviar, four star daydream, think I'll buy me a football team;

-Money get back l'm alright Jack keep your hand off my stack, Money is a hit, Don't give that do goody good bullshit l'm in the hi.fidelity first class travelling set, And l think need a Lear jet;

-Money it's a crime Share it fairly, but don't take a slice of my pie, money so they say; It's the root of all evil today. But if you ask for a rise it's no surprise that they're giving none away;


- Acompanharam a letra da música ?


O homem inventou duas coisas bem poderosas para serem idolatradas - Deus e o Dinheiro -, porém nestes últimos séculos somente o segundo, passou a ser lembrado. Existe até campanhas na Europa, na Itália e Inglaterra para incentivar o povo no ateismo de forma total e contumaz. Assim, o dólar norte americano com o lema "in god we trust" ficaria mais adequado aos tempos no lema "in gold we trust". Uma letrinha faz muita diferença nos significados, não é mesmo? Mas, sem mais trocadilhos, o tempo é de idolatria absoluta ao dinheiro. Uma coisa absurda, como conseqüência, criou-se uma sociedade de mercado. A economia de mercado levou a uma sociedade de mercado, hedonista, esnobe, pernóstica e principalmente muito boçal. O homem tem existido na terra por mais de cinco milhões de anos, vivendo como caçador e de catações de frutos silvestres, coquinhos, etc, por milhares de anos. Apenas há um milhão de anos iniciamos a agricultura com manejos sistemáticos. O arado de sílex aparece há uns 10 mil anos, só no final do período Neolítico, só.
O homem utilizou o escambo, o sistema de trocas, por um longo tempo até que apareceu uma moeda que facilitasse as transações, mas podemos afirmar que foi somente há uns duzentos anos atrás, que o dinheiro se tornou um valor estabilizado e tornou-se distribuído sobre uma grande área do planeta Terra. Coincidentemente no mesmo tempo, teve início a grande destruição ambiental, que coincide com a Revolução Industrial, o aumento da população e dos teores de CO2 na atmosfera e consequênte nas mudanças climáticas. As destruições ambientais tomaram escalas jamais vistas, escalas logarítmicas. Mas qual a função do dinheiro nesta dura agressão ambiental ? Novamente, vamos integrar por partes. O capitalismo por ser baseado em Sistemas Lineares é um modelo essencialmente instável, que vive em constantes crises e convulsões, ataques cardíacos, e quem desejar maiores detalhes das suas mazelas, deverá ler O Capital do Karl Marx (nova ortografia para o "Carlos Marques"), pois este assunto já está maceteado em demasia, já rendeu um déjà vú danado. Voltemos ao Poder do Dinheiro: No passado, a principal riqueza era os alimentos e a capacidade de se estocar alimentos era limitada, a logística tinha limites tecnológicos e monetários. Estes fatores mantiveram a população da Terra estável por milênios. Desde que inventaram o dinheiro, esta ordem foi subvertida, começaram a imprimir dinheiro, estocá-lo em pilhas infinitas. A impressão de valores ficou muito maior do que a geração de riquezas reais ou mesmo das riquezas plebéias (o trabalho!).
Mais tarde, com o advento da Internet, acelerou ainda mais o processo de trasferências irreais de valores, não há dinheiro nem valores de fato, apenas uma nuvem de elétrons aplicando e retirando dinheiro de bolsas de valores pelo mundo todo, e neste sentido o dinheiro ilegal, oriundo das engenhosas pirâmides, papéis duvidosos, do narcotráfico, dos roubos, do lenocínios, das falsificações acabou sendo misturado com o dinheiro legal da produção do comércio dos bens e serviços e artes. Uma coisa muito doida mesmo, que somente pode ser escrita desta forma. Uma vez que o dinheiro está globalmente distribuido, possibilita as pessoas adquirirem qualquer objeto de consumo em diferentes partes do mundo. Esse fenômeno acelera de forma fantástica o fenômeno da Entropia que já foi discutido amplamente neste Blog, e possivelmente mal compreendido pela maioria dos meus escassos leitores.
O amigo leitor poderá ver o que se pode fazer com a acumulação capitalista, o poderoso dinheiro, na música do Pink Floyd, o dinheiro permite desde comprar uma empada com mais azeitonas e camarões do que as habituais ou até mesmo um Lear Jet "brand new". Porém o consumismo exacerbado tem um prêço, alto, muito alto, o preço da existência da espécie humana.
O dinheiro é o todo poderoso. E tudo o que é muito poderoso também é perigoso. Nosso grande equívoco em relação ao todo poderoso dinheiro foi criar um sistema que permite o acumulo de riquezas de forma infinita, linear. Uma vez que a economia virtual tem se expandido infinitamente, uma vasta quantidade de dinheiro impresso , mais rapidamente do que a velocidade de recuperação dos recursos naturais e da biodiversidade. O ambiente tem a capacidade de se regenerar em muitos aspectos, desde que seja dado um tempo para isso. Com efeito, podemos observar nos reflorestamentos, se o plantio e o crescimento das árvores tiver uma velocidade maior do que o corte das florestas naturais e artificiais teremos florestas sustentáveis, caso contrário teremos desertificação, crises energéticas e em última análise, mudanças climáticas devido ao efeito estufa por falta de árvores para estabilizar o clima com a evapotranspiração, formação de nuvens e chuvas nas cabeceiras dos rios, é o ciclo das águas, são coisas da meteorologia, da física, que não se pode fugir destas realidades.
Uma vez que a economia nos Sistemas Lineares tende continuamente se expandir, crescer em velocidades maiores que a recuperação ambiental,estaremos destruindo a Terra de forma irreversível até um ponto final, um alvo que é a exaustão de todos os recursos naturais disponíveis. De fato, o capitalismo é um sistema autofágico, e para muitas civilizações passadas baseadas na economia monetarizada, entraram em colapso após uma grande expansão econômica. Caso da civilização pré-Colombiana dos Maias, na América Central, os Reis queriam construir muitos palácios, exigiam uma enorme fabricação de Cal, ainda não havia o Cimento, até destruirem completamente as florestas para alimentar os fornos de cal, com carvão vegetal, a civilização entrou em decadência, foram extintos por inanição, dentro dos seus enormes palácios, são histórias reais.
Uma possivel solução para se controlar os fluxos de capital seria a adoção de cartão de crédito de forma ampla e generalizada ao invés do dinheiro, e este crédito seria lastreado em bens e serviços, riquezas naturais que estariam disponíveis somente na quantidade préviamente estipulada pelo limite de crédito condicionado à algum tipo de atividade ou commoditie ambiental em caso de grandes montantes. Commodities ambientais seriam, água potável e seu tratamento, ar puro, terras agricultáveis, madeiras, minerais, serviços de reciclagens, metais e energia. entre outros. Por exemplo, se um milionário possui dinheiro para comprar um Laer-Jet, o seu "crédito" para aquisição somente estaria liberado se seus investimentos em madeiras (ou qualquer outro commoditie ambiental) já estivessem disponível para ser sacado, no caso as madeiras já estariam disponíveis para serem cortadas, após a sua maturidade atinjida de seis a oito anos e o seu limite de crédito seria elevado até o valor de um avião Lear-Jet. Caso contrário o capitalismo se torna totalmente insustentável, matemáticamente impossível. É preciso deixar bem claro neste parágrafo que existe um problema de cinética no capitalismo, o tempo de se ganhar uma dada quantia "x" na bolsa de valores é muito menor do que o tempo "y" de recompor uma floresta, um rio, purificar o ar contaminado, recuperar uma área degradada. A economia segue numa velocidade muito mais alta do que os commodities ambientais para se recuperarem, alguns como as biodiversidades nem se recuperam mais. A saída é o crédito lastreado em commodities ambientais e o estado estacionário defendido por Herman Daly, que veremos em outro momento. Por exemplo, vamos considerar uma hipotética empresa Concessionária de Energia Elétrica, com Usinas Hidroelétricas, tal qual a Copel ou a Cemig, são empresas bem administradas e lucrativas. Mas o fator de sustentabilidade do seu negócio, a venda de elétrons na forma de eletricidade, está intrinsecamente ligada à estabilidade do clima, é preciso chover nas cabeceiras dos rios para encher os reservatórios e fazer girar as turbinas com o seu potencial hidráulico, caso contrário, "NO WAY", usinas paradas, apagões, crises, licitações urgentes e caríssimas de Usinas Termoelétricas entre outras asneiras. Estas empresas precisam investir em reflorestamento, recuperar grandes áreas que já foram devastadas e dar uma ocupação para este pessoal do MST nos viveiros de mudas, nos plantios e manejos, com urgência. É preciso criar opções para esta gente toda e novas florestas para repôr as que foram destruidas, mas a preocupação maior tem sido a salvação dos Bancos quebrados, uma miríade de dinheiro para a salvação de Bancos. Hoje 4 de Março de Março de 2009, Lua Crescente e o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama vem crescendo a ajuda aos Bancos, com mais 30 bilhões o grupo AIG American, poderosa seguradora que não estava assegurando nada de neres, ora pois, isso são bancos ou são tamboretes ? Segundo o pensamento indígena "Banco bom nunca quebra", já citava um índio Cherokee, sentado no seu tamborete inquebrável.

O Poema do Último Peixe...
(Pensamento Indígena)
Só depois das florestas destruídas
dos rios e mares poluídos
do último peixe morto
perceberemos então
que o dinheiro
não se come!